O ministro da Saúde de
Moçambique, Armindo Tiago, garante que nenhum moçambicano residente na China
foi infetado pelo novo coronavírus. Três casos suspeitos de contaminação no
território moçambicano deram negativo.
"A informação que existe,
através da embaixada moçambicana na China, indica que, até agora, não há
[nenhum] moçambicano que tenha sido diagnosticado ou confirmado com
coronavírus", afirmou Armindo Tiago.
O governante falava em
conferência de imprensa no final da sessão semanal do Conselho de Ministros, na
qual fez um ponto de situação sobre o grau de preparação
de Moçambique face ao surto.
Mesmo entre os moçambicanos
residentes na cidade que é o epicentro do novo coronavírus, Wuhan,
não foi diagnosticada a doença, acrescentou Armindo Tiago.
O ministro da Saúde avançou que o
Governo moçambicano não vê uma "necessidade imperiosa de repatriar os
moçambicanos" residentes na China, até porque a Organização Mundial de
Saúde (OMS) não recomendou essa medida.
O governante assinalou que as
autoridades moçambicanas estão a fazer o levantamento de cidadãos do país que
vivem na China.
Centro de trânsito no Aeroporto
de Maputo
Em termos de preparação para o
diagnóstico e tratamento da doença, as autoridades moçambicanas montaram um
centro de trânsito no Aeroporto Internacional de Maputo para casos suspeitos e
centros de isolamento nos principais hospitais do país.
Por outro lado, Moçambique vai
reforçar a quantidade de reagentes para o teste do novo coronavírus, através da
compra de mais produtos e de uma oferta da OMS.
A China elevou hoje para 426
mortos e mais de 20.400 infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por
um novo
coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan,
capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.
A primeira pessoa a morrer por
causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong
Kong, há mais casos de infeção confirmados em mais de 20 outros países.
A OMS declarou na quinta-feira
uma situação de emergência
de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de
medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.
Deutsche Welle | Agência Lusa
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