Turista é a primeira pessoa
infectada com coronavírus em Cabo Verde
Cabo Verde confirmou, na
quinta-feira, o primeiro caso de covid-19 no país, um turista de nacionalidade
inglesa, de 62 anos, que se encontra “clinicamente estável”, segundo um
comunicado enviado à Lusa pelo Ministério da Saúde cabo-verdiano.
“Infelizmente, recebemos hoje,
pelas 22h30 [mais uma hora em Lisboa], o resultado do primeiro caso positivo do
teste de covid-19”, refere o comunicado, assinado pelo ministro da Saúde,
Arlindo do Rosário.
O documento acrescenta que o
cidadão inglês chegou à ilha da Boa Vista no dia 09 de Março e ao fim de sete
dias "iniciou
um quadro respiratório, com tosse e febre”.
“O paciente encontra-se, à hora
deste comunicado, clinicamente estável e a receber todos os cuidados
necessários, para evitar novos contágios e promover a sua total recuperação”,
lê-se.
Outros cinco casos suspeitos, nas
ilhas de Santiago, do Sal e de Santo Antão “deram resultado negativo”, segundo
o Ministério da Saúde.
“Nestas circunstâncias, o Governo
de Cabo Verde quer garantir aos cabo-verdianos que todas as medidas de gestão
deste novo momento, em que Cabo Verde tem confirmado um caso positivo, foram
activadas e que contamos com o cabal cumprimento por parte dos cidadãos e das
instituições, para
travarmos a propagação do coronavírus nas nossas Ilhas”, acrescenta o
comunicado.
Face ao risco da pandemia de
covid-19, desde quinta-feira, por decisão do Governo cabo-verdiano, e pelo
menos até 09 de abril, estão proibidas as ligações aéreas oriundas de 26
países, incluindo Portugal e Brasil.
O Governo avançou ainda com um
plano de contingência com fortes medidas de protecção e restrições, como o
encerramento dos bares e restaurantes às 21h00, proibição de visitas a lares e
aos centros onde estejam pessoas de terceira idade e aos estabelecimentos
prisionais e às visitas aos hospitais e outros estabelecimentos de saúde.
Estas medidas, que incluem ainda
a antecipação para 23 de Março do início das férias escolares da Páscoa, vão
estar em vigor por um período de pelo menos 30 dias.
Público | Lusa
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