Desde o início do surto, morreram
409 pessoas no país e foram infetadas 13 956, segundo o boletim da
Direção-Geral da Saúde. Esta quinta-feira, aumentaram 6,2% o número de novos
óbitos face a ontem e 7,6% os novos casos. Internamentos diminuíram,
recuperados aumentaram.
Nas últimas 24 horas,
registaram-se, em Portugal, mais 29 mortes e 815 casos confirmados de infeção
pelo novo coronavírus. O que representa um aumento percentual de 6,2% nos
óbitos de 7,6% nos infetados. No total, o país tem agora 13 956 infetados, 409
mortes e 205 recuperados, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da
Saúde (DGS), desta quinta-feira (9 de abril). Já o número de pessoas internadas
diminuiu, pela primeira vez. Encontram-se menos 38 doentes nos hospitais e
menos 4 nos cuidados intensivos.
Esta a semana, a taxa de
crescimento de novos casos no país tem rondando os 5%. Quarta-feira estava nos
5,6%. O que significa uma redução em comparação com a semana anterior. A
Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, admitiu mesmo uma "estabilidade na
curva real e na projetada", esta quarta-feira, pedindo, no entanto,
cautela na forma como se olha para os números e na aplicação rigorosa das
medidas de contenção.
Depois de oito dias sem sofrer
evolução, o número de recuperado tem agora aumentado todos os dias. Nas
últimas 24 horas, registaram-se mais nove pessoas curadas.
Estão internados 1173 doentes
(menos 38 que ontem), destes 241 estão em unidades de cuidados intensivos
(menos 4 que na quarta-feira). A ser tratados em casa, encontram-se 87,2%
das pessoas, indicou o secretário de estado da Saúde, António Lacerda Sales,
durante a conferência de imprensa diária.
Quanto às vítimas mortais, a
atualização dos dados não revela grandes diferenças: 87% eram idosos com mais
de 70 anos. A taxa de letalidade do país está agora nos 2,9%, informou António
Lacerda Sales.
Aguardam resultados laboratoriais
3801 pessoas e mais de 24 mil estão a ser acompanhadas pelas autoridades de
saúde para vigiar possíveis sintomas. Até ao dia de hoje foram feitos mais de
130 mil testes, assume o secretário de estado da Saúde, que anunciou que "mais
de um milhão testes" chegarão a Portugal, esta sexta-feira, bem como
outros equipamentos de proteção individual: "Amanhã chegarão milhões de
máscaras cirúrgicas e centenas de milhares de equipamentos foram encomendados.
Estamos a proteger os nossos profissionais de saúde".
Açores registam primeira morte
O boletim da DGS assinala ainda,
esta quarta-feira, a primeira morte no arquipélago dos Açores. Trata-se de um
doente com 90 anos que se encontrava internado em Ponta Delgada depois de ter
sido infetado por um profissional de saúde, confirmou a Autoridade de Saúde
regional à agência Lusa. Neste momento, só no Alentejo e na Madeira ainda não
há registo de vitimas mortais.
A região do norte continua a ser
a mais afetada pelo novo coronavírus: tem hoje 8102 casos confirmados e 224
mortes. A nível nacional, segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo (3451
infetados, 72 mortes), o centro (1905, 104), o Algarve (260, 8), o Alentejo
(com 94 casos), Açores (91 e uma morte) e a Madeira (53).
A nível municipal - uma lista que
não tem sofrido grandes alterações nos primeiros lugares nos últimos dias -
Lisboa continua a ser o concelho com maior número de infetados (797). Depois, o
Porto (776), Vila Nova de Gaia (631), Gondomar (587).
1,5 milhões de infetados no mundo
A pandemia da covid-19 já conta
com mais de 1,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo dados
oficias, atualizados às 11:30, desta quinta-feira. Morreram 88 965
pessoas e recuperaram 332 870.
Os Estados Unidos da América são
o país com maior número de infetados (435 160). Seguem-se Espanha (152 446 - 5756 nas últimas 24 horas) e Itália (139 422). Portugal
é o 15.º país desta lista.
760 064 dos casos mundiais
localizam-se na Europa, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Continente onde foi hoje aconselhado, pelo Centro Europeu de Doenças, o uso
generalizado de máscaras para a população em locais fechados e com
muita gente, de forma complementar às medidas de etiqueta respiratória e de
distância de segurança.
Em termos de mortes, Itália é
onde se registam mais óbitos (17 669), depois em Espanha (15 238) e nos Estados
Unidos (14 797).
Recomendações da DGS
Para que seja possível conter ao
máximo a propagação da pandemia, a Direção-Geral da Saúde continua a reforçar
os conselhos relativos à prevenção: evite o contacto próximo com pessoas que
demonstrem sinais de infeção respiratória aguda, lave frequentemente as mãos
(pelo menos durante 20 segundos), mantenha a distância em relação aos animais e
tape o nariz e a boca quando espirrar ou tossir (de seguida lave novamente as
mãos). E acima de tudo: fique em casa.
Em caso de apresentar sintomas
coincidentes com os do vírus (febre superior a 38º, tosse persistente,
dificuldade respiratória), as autoridades de saúde pedem que não se desloque às
urgências, mas sim para ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24) ou para a
unidade de cuidados primários mais próxima.
Rita Rato Nunes | Diário
de Notícias
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