Francisco Louçã referiu que
"a sessão que está prevista para o 25 de abril resulta de uma atividade
essencial da vida do Parlamento". Já sobre o Dia do Trabalhador e o 13 de
maio, o fundador do Bloco de Esquerda mostra algumas reticências.
O Conselheiro de Estado Francisco Louçã admitiu,
esta sexta-feira, no seu espaço de comentário político semanal na SIC
Notícias, concordar com as cerimónias do 25 de abril no Parlamento,
mas mostrou algumas reticências quanto às comemorações do Dia do Trabalhador e
dia 13 de maio.
"A sessão que está prevista
para o 25 de abril resulta de uma atividade essencial na
vida do Parlamento. O debate sobre se isto é adequado ou não é um pouco
absurdo. A comparação que o CDS faz com um ato privado, que não é do
Estado, que é uma cerimónia religiosa da Páscoa, não tem sentido", disse o
comentador, lembrando que apenas dois partidos votaram contra essa cerimónia e
que têm apenas uma razão para tal.
"O CDS e Chega não
gostam sequer da ideia do 25 de abril e, portanto, encontraram aqui
um pretexto para mostrar às suas direitas muitos extremadas que são mais fiéis
representantes dos seus ideais", atirou.
Já sobre as manifestações do
Dia do Trabalhador e o 13 de maio, em Fátima, o fundador do Bloco de
Esquerda mostrou-se mais reticente. "O 1 de maio ou 13 de maio devem
ser acautelados nas condições que permitam a garantia da segurança das
populações", explicou.
Quanto ao 13 de maio,
Francisco Louçã relembrou que as recomendações da Organização Mundial
de Saúde (OMS) e Direção-Geral da Saúde (DGS) são que se evite aglomerados
de pessoas nos próximos meses e, na sequência disso, missas em lugares fechados
e com muitas pessoas.
Já quanto ao Dia do
Trabalhador, o bloquista deixou aos dirigentes das confederações
sindicais uma dica: um manifestação em modo 'caravana' com veículos.
"O maior foco de infeção e
de vida das pessoas são os lares"
Outros dos assuntos que Francisco Louçã comentou,
esta sexta-feira, foi o facto de existirem muitos casos de infeção de Covid-19
em lares de idosos. De acordo com o antigo deputado, "é preciso olhar com
mais atenção" para estes números pois "só nos últimos dois meses é
que se começou a perceber que o maior foco de infeção e de vida das
pessoas são os lares".
"Os lares em que uma parte
importante da população idosa é muito mal cuidada, claro que há exceções,
lares com qualidade, mas em geral os lares têm poucas condições para o
atendimento das pessoas e perante esta doença menos condições ainda
oferecem", garantiu.
Regras especiais de confinamento para
os mais idosos? "Inaceitável"
Francisco Louçã considerou
hoje ser "inaceitável" que algumas pessoas proponham regras especiais
de confinamento para os mais idosos quando se entrar em maio e
terminar o Estado de Emergência.
"O tratamento em geral da
população mais idosa foi tema de um debate que é este: será que deve haver
regras especiais de confinamento para dos mais idosos, diferentes da
população em geral quando entrarmos em maio? Isso seria evidentemente
inaceitável! Deve haver regras de prevenção, deve haver atenção por parte das
pessoas, devem proteger sobretudo as partes da população que são mais
vulneráveis, mas não pode haver uma limitação que impeça uma senhora de 70 anos
ou um homem de 80 anos de se movimentar na cidade como qualquer outro cidadão
porque não há discriminações em termos de idade", recordou.
Notícias ao Minuto | Imagem: ©
Global Imagens
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