Beijing, 17 mai (Xinhua) -- Em
todo o mundo, a pandemia da COVID-19 está causando perda significativa de
vidas, prejudicando os meios de subsistência e ameaçando o desenvolvimento e a
prosperidade do mundo.
Como a solidariedade e a
cooperação são as armas mais poderosas para combater a pandemia, a China vem
impulsionando a cooperação internacional de forma aberta, transparente e
responsável desde o início da crise sanitária sem precedentes.
Ao defender a visão de construir
uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, a China vem
fornecendo atualizações sobre a COVID-19 em tempo hábil, compartilhando sem
reservas suas experiências em resposta a epidemia e tratamento médico com a
Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade internacional, fortalecendo a
cooperação em pesquisa científica e prestando assistência a todas as partes da
melhor maneira possível.
MOVIMENTO EFETIVO E SEM
PRECEDENTES
Diante de uma epidemia crescente,
o Comité Central do Partido Comunista da China ordenou em 22 de janeiro que a
Província de Hubei, o epicentro do surto na época, impusesse um controle
abrangente e rigoroso sobre o fluxo populacional de saída, um movimento sem
precedentes, mas eficaz na história moderna chinesa.
O diretor-geral da OMS, Tedros
Adhanom Ghebreyesus, disse que as sérias medidas de lockdown não só protegeram
o povo chinês, mas também impediram a disseminação do vírus para outros países.
"A China lançou talvez o
esforço mais ambicioso, ágil e agressivo da história para contenção de
doenças", disse um relatório divulgado no final de fevereiro pela Missão
Conjunta OMS-China sobre a COVID-19, composta por 25 especialistas de oito
países e da própria OMS.
"Por causa dessa estratégia,
se não fossem os esforços da China, o número de casos fora da China teria sido
muito maior", disse ele em uma reunião do Conselho Executivo da OMS em
Genebra.
Após uma viagem de campo de nove
dias a Beijing e outras províncias chinesas, a equipe de especialistas
China-OMS concluiu que as respostas sem precedentes da China ao surto da
COVID-19 produziram resultados notáveis no bloqueio das transmissões do vírus entre
humanos, impedindo ou pelo menos atrasando centenas de milhares de casos.
O povo chinês está na linha de
frente da defesa na luta contra a pandemia, e fez enormes contribuições e
sacrifícios para salvaguardar a saúde e a segurança das pessoas em todo o
mundo, que merecem o respeito de todos os países, disse Ivica Dacic, presidente
do Partido Socialista da Sérvia.
DEFENSOR DO MULTILATERALISMO
O presidente chinês Xi Jinping,
em seu discurso na Cúpula Extraordinária dos Líderes do G20, em março, propôs
que uma reunião dos ministros da Saúde do Grupo dos 20 (G20) fosse convocada o
mais rápido possível para melhorar o compartilhamento de informações,
fortalecer a cooperação sobre medicamentos, vacinas e controle epidêmico e
cortar as infecções transfronteiriças.
Ele também propôs uma iniciativa
de assistência à COVID-19 do G20 para melhorar o compartilhamento de
informações e a coordenação de políticas e ações com o apoio da OMS.
Em uma conversa por telefone com
o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, na sexta-feira, Xi disse que a China
apoia firmemente as Nações Unidas e a OMS no cumprimento de seus devidos papéis
na cooperação internacional contra a pandemia da COVID-19.
No mesmo dia, ele instou a
comunidade internacional a intensificar o apoio à luta da África contra a
pandemia de COVID-19. Atualmente, há 75.498 casos de COVID-19 em 53 países
africanos, com 2.561 mortes, segundo dados da OMS.
A China, além de pagar suas
contribuições à OMS pontual e integralmente, recentemente doou um total de US$
50 milhões para a entidade em apoio à resposta pandémica.
Além disso, as equipes médicas
chinesas realizaram cerca de 400 sessões de treinamento na África para
compartilhar suas experiências de combate à epidemia e treinaram 20 mil
profissionais de saúde locais, destacou na segunda-feira o conselheiro de
Estado e ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi.
Até meados de maio, o governo
chinês forneceu suprimentos antiepidémicos para mais de 150 países e
organizações internacionais, realizou mais de 120 videoconferências com mais de
160 países e organizações internacionais e enviou 21 equipes de especialistas
médicos para 19 países.
INTERCÂMBIO TÉCNICO
Desde o início do surto, a China
compartilhou prontamente com o mundo não só as informações críticas, como toda
a sequência do genoma do vírus, mas também suas experiências terapêuticas e de
diagnóstico.
O país também estabeleceu
mecanismos de comunicação estreita de nível técnico com organizações
internacionais como a OMS, a União Europeia, a União Africana e a Associação
das Nações do Sudeste Asiático.
A partir de 3 de janeiro, a China
começou a informar os Estados Unidos sobre o surto do novo coronavírus e as
medidas de resposta regularmente. Quando uma equipe de avaliação de
especialistas da Comissão Nacional de Saúde da China identificou um novo
coronavírus em 8 de janeiro, os chefes dos Centros de Controle e Prevenção de
Doenças da China e dos EUA conversaram por telefone para discutir os
intercâmbios e a cooperação tecnológicos.
Ao realizar intercâmbios técnicos
oportunos com a comunidade internacional, como a OMS, os Estados Unidos e
países da Europa, Ásia e América Latina, cientistas e especialistas em saúde
chineses trabalharam com seus homólogos globais para compartilhar seus
conhecimentos sobre o vírus, para ajudar os países a desenvolver kits de teste
e adotar medidas de resposta.
Cientistas e líderes políticos
chineses têm feito esforços para ajudar o mundo a entender o vírus e conter sua
disseminação, disse Fabrizio Pregliasco, pesquisador do Departamento de
Ciências Biomédicas da Saúde da Universidade de Milão.
A China dá "um excelente
exemplo de compartilhamento da experiência 'peer to peer'", disse Maria
van Kerkhove, líder técnica do Programa de Emergências de Saúde da OMS, acrescentando
que a OMS quer mais interações diretas desse tipo.
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