segunda-feira, 18 de maio de 2020

O que a China fez para impulsionar cooperação internacional contra COVID-19


Beijing, 17 mai (Xinhua) -- Em todo o mundo, a pandemia da COVID-19 está causando perda significativa de vidas, prejudicando os meios de subsistência e ameaçando o desenvolvimento e a prosperidade do mundo.

Como a solidariedade e a cooperação são as armas mais poderosas para combater a pandemia, a China vem impulsionando a cooperação internacional de forma aberta, transparente e responsável desde o início da crise sanitária sem precedentes.

Ao defender a visão de construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, a China vem fornecendo atualizações sobre a COVID-19 em tempo hábil, compartilhando sem reservas suas experiências em resposta a epidemia e tratamento médico com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade internacional, fortalecendo a cooperação em pesquisa científica e prestando assistência a todas as partes da melhor maneira possível.


MOVIMENTO EFETIVO E SEM PRECEDENTES

Diante de uma epidemia crescente, o Comité Central do Partido Comunista da China ordenou em 22 de janeiro que a Província de Hubei, o epicentro do surto na época, impusesse um controle abrangente e rigoroso sobre o fluxo populacional de saída, um movimento sem precedentes, mas eficaz na história moderna chinesa.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que as sérias medidas de lockdown não só protegeram o povo chinês, mas também impediram a disseminação do vírus para outros países.

"A China lançou talvez o esforço mais ambicioso, ágil e agressivo da história para contenção de doenças", disse um relatório divulgado no final de fevereiro pela Missão Conjunta OMS-China sobre a COVID-19, composta por 25 especialistas de oito países e da própria OMS.

"Por causa dessa estratégia, se não fossem os esforços da China, o número de casos fora da China teria sido muito maior", disse ele em uma reunião do Conselho Executivo da OMS em Genebra.

Após uma viagem de campo de nove dias a Beijing e outras províncias chinesas, a equipe de especialistas China-OMS concluiu que as respostas sem precedentes da China ao surto da COVID-19 produziram resultados notáveis no bloqueio das transmissões do vírus entre humanos, impedindo ou pelo menos atrasando centenas de milhares de casos.

O povo chinês está na linha de frente da defesa na luta contra a pandemia, e fez enormes contribuições e sacrifícios para salvaguardar a saúde e a segurança das pessoas em todo o mundo, que merecem o respeito de todos os países, disse Ivica Dacic, presidente do Partido Socialista da Sérvia.

DEFENSOR DO MULTILATERALISMO

O presidente chinês Xi Jinping, em seu discurso na Cúpula Extraordinária dos Líderes do G20, em março, propôs que uma reunião dos ministros da Saúde do Grupo dos 20 (G20) fosse convocada o mais rápido possível para melhorar o compartilhamento de informações, fortalecer a cooperação sobre medicamentos, vacinas e controle epidêmico e cortar as infecções transfronteiriças.

Ele também propôs uma iniciativa de assistência à COVID-19 do G20 para melhorar o compartilhamento de informações e a coordenação de políticas e ações com o apoio da OMS.

Em uma conversa por telefone com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, na sexta-feira, Xi disse que a China apoia firmemente as Nações Unidas e a OMS no cumprimento de seus devidos papéis na cooperação internacional contra a pandemia da COVID-19.

No mesmo dia, ele instou a comunidade internacional a intensificar o apoio à luta da África contra a pandemia de COVID-19. Atualmente, há 75.498 casos de COVID-19 em 53 países africanos, com 2.561 mortes, segundo dados da OMS.

A China, além de pagar suas contribuições à OMS pontual e integralmente, recentemente doou um total de US$ 50 milhões para a entidade em apoio à resposta pandémica.

Além disso, as equipes médicas chinesas realizaram cerca de 400 sessões de treinamento na África para compartilhar suas experiências de combate à epidemia e treinaram 20 mil profissionais de saúde locais, destacou na segunda-feira o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi.

Até meados de maio, o governo chinês forneceu suprimentos antiepidémicos para mais de 150 países e organizações internacionais, realizou mais de 120 videoconferências com mais de 160 países e organizações internacionais e enviou 21 equipes de especialistas médicos para 19 países.

INTERCÂMBIO TÉCNICO

Desde o início do surto, a China compartilhou prontamente com o mundo não só as informações críticas, como toda a sequência do genoma do vírus, mas também suas experiências terapêuticas e de diagnóstico.

O país também estabeleceu mecanismos de comunicação estreita de nível técnico com organizações internacionais como a OMS, a União Europeia, a União Africana e a Associação das Nações do Sudeste Asiático.

A partir de 3 de janeiro, a China começou a informar os Estados Unidos sobre o surto do novo coronavírus e as medidas de resposta regularmente. Quando uma equipe de avaliação de especialistas da Comissão Nacional de Saúde da China identificou um novo coronavírus em 8 de janeiro, os chefes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças da China e dos EUA conversaram por telefone para discutir os intercâmbios e a cooperação tecnológicos.

Ao realizar intercâmbios técnicos oportunos com a comunidade internacional, como a OMS, os Estados Unidos e países da Europa, Ásia e América Latina, cientistas e especialistas em saúde chineses trabalharam com seus homólogos globais para compartilhar seus conhecimentos sobre o vírus, para ajudar os países a desenvolver kits de teste e adotar medidas de resposta.

Cientistas e líderes políticos chineses têm feito esforços para ajudar o mundo a entender o vírus e conter sua disseminação, disse Fabrizio Pregliasco, pesquisador do Departamento de Ciências Biomédicas da Saúde da Universidade de Milão.

A China dá "um excelente exemplo de compartilhamento da experiência 'peer to peer'", disse Maria van Kerkhove, líder técnica do Programa de Emergências de Saúde da OMS, acrescentando que a OMS quer mais interações diretas desse tipo.

Sem comentários:

Mais lidas da semana