Macau, China, 01 jun 2020 (Lusa)
-- As receitas do jogo em Macau caíram 93,2% em maio, em relação a igual
período de 2019, quando já se registavam fortes restrições nas fronteiras da
capital mundial dos casinos para conter a pandemia da covid-19.
Se em maio de 2019 as operadoras
que exploram o jogo no antigo território administrado por Portugal tinham
arrecadado 25,95 mil milhões de patacas (2,63 mil milhões de euros), agora a
receita bruta mensal ficou-se pelos 1,76 mil milhões de patacas (cerca de 198
milhões de euros).
Os dados hoje divulgados pela
Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ) indicam também uma descida de
73,7% nos cinco primeiros meses do ano, num período em que casinos estiveram
fechados durante pelo menos 15 dias em fevereiro.
O montante global gerado de
janeiro a maio de 2020 foi de 33 mil milhões de patacas (3,72 mil milhões de
euros), menos 92,68 mil milhões de patacas (10,44 mil milhões de euros) do
registado nos cinco primeiros meses de 2019.
Os casinos de Macau fecharam 2019
com receitas de 292,46 mil milhões de patacas (cerca de 32,43 mil milhões de
euros).
Com os vistos turísticos da China
para Macau suspensos, o número de visitantes provenientes do interior da China
caiu em abril 96,3%, em termos anuais, chegando ao território apenas 11.041
visitantes, segundo os últimos dados oficiais.
Nesse mesmo mês, a ocupação
hoteleira em Macau foi 12,9%, 78,6 pontos percentuais em comparação com igual
período de 2019.
Nos quatro primeiros meses do ano
entraram em Macau pouco mais de 3,2 milhões de visitantes, menos 76,6% em
relação a igual período do ano passado.
Macau não regista novos casos há
quase dois meses e atualmente não existe qualquer caso ativo, depois de duas
vagas durante as quais foram identificadas 45 pessoas infetadas.
A nível global, segundo um
balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de
370 mil mortos e infetou mais de seis milhões de pessoas em 196 países e
territórios.
Mais de 2,5 milhões de doentes
foram considerados curados.
A doença é transmitida por um
novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro
da China.
MIM // JMC
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