O presidente norte-americano
reiterou as suas relações com um dos seus principais aliados na OTAN depois de ter ameaçado retirar parte das tropas dos EUA da Alemanha devido a insatisfações com
a política de Berlim.
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Donald
Trump, disse que a Polónia está disposta a pagar pela presença de tropas
adicionais dos EUA naquele país, e que os soldados destacados na Alemanha podem ser
transferidos para lá.
"Eles [a Polónia] perguntaram-nos se poderíamos enviar mais tropas, e que vão pagar por essas tropas
extra, provavelmente vamos transferi-las da Alemanha para a Polónia", disse
o presidente na Casa Branca, durante uma entrevista coletiva com o seu homólogo
polaco, Andrezj Duda.
Por sua vez, o presidente polaco afirmou que o seu país está preparado para receber mais militares dos EUA, acrescentando que pediu a Trump que não retirasse os seus soldados da
Europa por questões de segurança.
Tratado de armas nucleares com a Rússia
Trump, por sua vez, declarou que
espera dar-se bem com a Rússia, apesar da posição de Moscovo sobre o
destacamento de tropas norte-americanas na Europa.
"Nós também estamos trabalhando agora mesmo com a Rússia num tratado de armas,
que é uma coisa grande, especialmente armas nucleares. Acho que posso dizer que
[...] estamos indo muito bem nisso", disse Trump.
Na manhã de quarta-feira (24), o
representante especial dos EUA para o Controle de Armas, Marshall Billingslea,
afirmou que as conversas construtivas com seu homólogo russo em Viena, esta
semana, melhoraram a compreensão das questões de controle de armas entre os dois
países e identificaram áreas onde a cooperação é necessária.
A próxima sessão de negociações sobre estabilidade estratégica
EUA-Rússia poderá ocorrer no final de julho ou início de agosto em Viena, e a
China será também convidada, acrescentou o representante.
Os grupos de trabalho técnicos
norte-americanos e russos sobre controle de armas vão reunir-se nos próximos dias
em Viena, disse Billingslea.
Reação de Moscovo
A Rússia, por sua vez, está a acompanhar de perto os anúncios nos EUA sobre o
reposicionamento de parte do contingente norte-americano da Alemanha para a Polónia, e tomará "todas as medidas necessárias para assegurar os
interesses legítimos da defesa e segurança da Rússia", afirmou Aleksandr
Grushko, vice-ministro das Relações Exteriores russo.
"É claro que vamos analisar
isso, não só do ponto de vista das consequências militares para a segurança
regional, levando em conta os interesses legítimos da Rússia e dos nossos
aliados, principalmente da Bielorrússia", disse.
"Também [levaremos o anúncio
em conta] do ponto de vista do cumprimento das cláusulas do Ato Fundador
OTAN-Rússia [de 1997], que contém as obrigações da aliança de se abster de
destacar adicionalmente forças de combate significativas".
Grushko também referiu as ações
anteriores de Washington, que tem abandonado acordos internacionais
unilateralmente, incluindo o Tratado de Forças Nucleares de Alcance
Intermediário e o Tratado de Céus Abertos, mas também, antes disso, o
Tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa.
Anteriormente, Trump ameaçou
retirar tropas da Alemanha, justificando a sua decisão com o incumprimento por
Berlim da norma de destinar 2% do PIB para o orçamento da OTAN, e de estar
recebendo gás da Rússia, ao mesmo tempo que se quer "proteger" de
Moscovo.
Sputnik | © AP Photo / Czarek
Sokolowsk
*Texto corrigido de português do
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