Bloco de Esquerda não confirma
nem desmente que as deputadas Mariana Mortágua e Beatriz Gomes Dias tenham
recebido a oferta de proteção.
O Governo, que nas últimas horas
admitiu que existe um nível elevadíssimo de ameaça racista e de ódio em
Portugal, ofereceu proteção policial especial às três deputadas que foram
ameaçadas pela extrema-direita.
Duarte Cordeiro, secretário de
Estado dos Assuntos Parlamentares, confirma ao jornal Público que foi o
intermediário dessa oferta, mas remete qualquer esclarecimento para o
Ministério da Administração Interna.
O Bloco de Esquerda, em
declarações ao mesmo jornal, não confirma nem desmente que as deputadas Mariana
Mortágua e Beatriz Gomes Dias tenham recebido a oferta de proteção. A palavra
de ordem no Bloco é para não fazer qualquer comentário numa altura em que o
Ministério Público já abriu um inquérito crime a este caso.
Mamadou Ba, do SOS racismo e um
dos alvos das ameaças, já foi ouvido pela Polícia Judiciária na sequência da
parada da extrema-direita à porta da sede da instituição. Revelou que, na
quarta-feira, pediu proteção policial, mas ainda não teve resposta.
Os restantes ativistas que também
foram ameaçados pediram todos proteção da PSP, acrescenta o Jornal de Notícias.
Dois deles - Vasco Santos, do Movimento Alternativa Socialista, e Jonathan da
Costa, da Frente Unitária Antifascista -, citados pelo JN, dão conta da
apreensão que estas ameaças sem precedentes e confirmam que, apesar do pedido,
ainda não foram contactados pela polícia.
A Polícia Judiciária e as
Secretas já estão a investigar o caso. Com as medidas de proteção, a polícia
pode passar a estar mais presente nos bairros em que estas pessoas vivem ou
passar a dar proteção pessoal, mas há também a possibilidade de uma maior vigilância
aos suspeitos de serem os autores das ameaças.
TSF
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