Emmerson Mnangagwa apelidou
acusações de alegadas violações de direitos humanos pelo seu Governo de
"falsidades divisionistas". E disse que a sua administração está sob
ataque de opositores nacionais e estrangeiros.
O Presidente do Zimbabué disse
esta segunda-feira (10.08) que as críticas sobre as alegadas
violações de direitos humanos pelo seu Governo são "falsidades divisionistas".
Emmerson Mnangagwa classificou
ainda as alegações como "ataques injustificados” pelos seus "eternos
detratores, tanto dentro como fora da nossa fronteira", durante um
discurso no Dia dos Heróis em Harare, capital do país.
"As falsidades e as misturas
divisórias feitas por renegados e supremacistas que querem atacar os nossos
recursos naturais nunca vencerão. A verdade triunfará sobre as mentiras e o bem
sobre o mal", acrescentou ainda Mnangagwa, que substituiu Robert Mugabe após
um golpe de Estado de 2017.
As esperanças de que Mnangagwa
unisse um país polarizado e reanimasse uma economia abalada após a era Mugabe
caíram por terra. Tal como o seu antecessor, Mnangagwa acusa o Ocidente de
financiar a oposição para desestabilizar o país.
Grupos
de direitos humanos e advogados dizem que ativistas estão a ser
detidos, raptados e torturados depois de terem apelado a manifestações de rua a
31 de julho. Uma manifestação que o Governo exterminou ao destacar forças de
segurança.
O Movimento para a Mudança
Democrática (MDC), a principal oposição, afirma que cerca de 30 dos seus
membros fugiram de casa com medo de serem raptados ou detidos por agentes de
segurança do Estado.
Enviados da África do Sul
Estes acontecimentos no Zimbabué
levaram o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, a enviar para Harare
dois políticos veteranos, Sydney Mufamadi e Baleka Mbete.
Os enviados chegaram esta
segunda-feira (10.08) e esperam encontrar-se com Mnangagwa no final do dia,
segundo um funcionário do Governo.
Deutsche Welle | Reuters
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