terça-feira, 11 de agosto de 2020

Presidente do Zimbabué nega violações de direitos humanos


Emmerson Mnangagwa apelidou acusações de alegadas violações de direitos humanos pelo seu Governo de "falsidades divisionistas". E disse que a sua administração está sob ataque de opositores nacionais e estrangeiros.

O Presidente do Zimbabué disse esta segunda-feira (10.08) que as críticas sobre as alegadas violações de direitos humanos pelo seu Governo são "falsidades divisionistas".

Emmerson Mnangagwa classificou ainda as alegações como "ataques injustificados” pelos seus "eternos detratores, tanto dentro como fora da nossa fronteira", durante um discurso no Dia dos Heróis em Harare, capital do país.

"As falsidades e as misturas divisórias feitas por renegados e supremacistas que querem atacar os nossos recursos naturais nunca vencerão. A verdade triunfará sobre as mentiras e o bem sobre o mal", acrescentou ainda Mnangagwa, que substituiu Robert Mugabe após um golpe de Estado de 2017.

Ativistas detidos e torturados

As esperanças de que Mnangagwa unisse um país polarizado e reanimasse uma economia abalada após a era Mugabe caíram por terra. Tal como o seu antecessor, Mnangagwa acusa o Ocidente de financiar a oposição para desestabilizar o país.

Grupos de direitos humanos e advogados dizem que ativistas estão a ser detidos, raptados e torturados depois de terem apelado a manifestações de rua a 31 de julho. Uma manifestação que o Governo exterminou ao destacar forças de segurança.

O Movimento para a Mudança Democrática (MDC), a principal oposição, afirma que cerca de 30 dos seus membros fugiram de casa com medo de serem raptados ou detidos por agentes de segurança do Estado.

Enviados da África do Sul

Estes acontecimentos no Zimbabué levaram o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, a enviar para Harare dois políticos veteranos, Sydney Mufamadi e Baleka Mbete.

Os enviados chegaram esta segunda-feira (10.08) e esperam encontrar-se com Mnangagwa no final do dia, segundo um funcionário do Governo.

Deutsche Welle | Reuters

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