As baixas reformas levam mais de metade dos portugueses a querer «poupar» para a aposentação, ainda que não tenham condições financeiras para o fazer devido aos baixos salários.
Mais de metade dos portugueses (53%) não têm capacidade de «poupar para a reforma», de acordo com o estudo da Insurance Europe, que sinaliza que Portugal está acima da média europeia entre os que não o fazem.
Segundo os resultados do estudo europeu de pensões da Insurance Europe, ontem divulgado, os portugueses são os que têm mais interesse em poupar para a reforma, mas não dispõem de capacidade financeira.
Embora os trabalhadores já descontem ao longo da sua vida activa para a reforma através das contribuições para a Segurança Social, esta necessidade de fazer uma «poupança» é explicada pelos baixos valores das pensões de reforma.
Para além disso, Portugal é um dos países que tem a idade legal de acesso à pensão indexada à esperança média de vida. Aumentando a idade de saída da vida activa, tendo em conta a subida da esperança média de vida, desconsidera-se o direito à velhice e o facto de a generalidade dos trabalhadores passar mais de três ou quatro décadas a trabalhar, com o predomínio dos baixos salários.
Antes do surto epidémico de
Covid-19, segundo o INE, um milhão e 770 mil portugueses – 10,8% (525 mil)
dos trabalhadores com emprego e 47,5% dos desempregados – estavam no limiar da
pobreza. Entre 2009 e
Daí, o sublinhar da necessidade de lutar por salários dignos, considerando que, entre outros aspectos, estes repercutem-se nas reformas. Aliás, também por isso é importante a discussão, que está na ordem do dia, em torno da exigência e da necessidade do aumento do SMN.
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