terça-feira, 1 de dezembro de 2020

2401 infeções e 72 mortes devido ao coronavírus em Portugal

Portugal com o número mais baixo de casos em seis semanas

No dia em que Portugal passa 300 mil casos de covid-19 foram registadas mais 2401 infeções e 72 mortes devido ao coronavírus.

Com mais 2401 casos positivos, o país não registava um número de transmissões tão baixo desde 19 de outubro, dia em que foram registados 1959 casos. Há agora 75 008 casos ativos, menos 5606 do que na véspera.

Desde a primeira infeção de covid-19 registada em Portugal, em março, até às 300 mil no início de dezembro, é este o desenvolvimento da pandemia no país, que totaliza 300 462 casos positivos e 4577 mortes, revela o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.

Depois de no dia anterior se ter registado o máximo de pessoas hospitalizadas com covid-19, 3342, nas últimas 24 horas há menos 67 internados: são agora 3275.

Há a registar menos 4 doentes nas unidades de cuidados intensivos, num total de 521.

Na distribuição geográfica dos casos, a região norte continua a ser mais afetada, com mais 1300 novos casos, totalizando agora 157 785, e 43 óbitos, somando agora 2182.

A segunda região mais atingida, Lisboa e Vale do Tejo, conta 538 novos contágios e 11 mortes, perfazendo agora 99 061 casos e 1623 mortes.

Na região centro foram diagnosticadas mais 349 pessoas com covid-19 (são agora
30 025) e registados 13 mortos (583).

No Alentejo foram notificados mais 129 casos e 3 vítimas mortais, estando o total em 6287 e 119, respetivamente.

A região menos afetada do continente, o Algarve, está agora com 5351 casos e 51 mortes desde o início da pandemia, uma vez contabilizados mais 48 casos e 2 pessoas falecidas.

Nos Açores e na Madeira, depois de na véspera terem contabilizados 34 e 32 casos, respetivamente, registam agora 17 e 20, chegando a 1039 e 914 no total.

Autorização de vacina dentro de semanas

Nove meses depois do primeiro caso em Portugal, em plena segunda vaga, as farmacêuticas BioNTech e a Pfizer revelaram nesta terça-feira que solicitaram a aprovação regulamentar da UE para a sua vacina da covid-19, levantando a hipótese de que as primeiras doses possam ser administradas já em dezembro em território europeu.

A empresa alemã e a parceira norte-americana declararam ter apresentado um pedido à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) na segunda-feira, tendo solicitado uma autorização condicional de comercialização para a sua vacina. Se for aprovada pela EMA em curto prazo, a vacina poderá ser distribuída "na Europa antes do final de 2020", afirmaram as empresas numa declaração.

Mas este cenário não parece muito crível: a EMA anunciou esta terça-feira ter recebido os pedidos de autorização condicional de comercialização, esperando emitir uma decisão "dentro de semanas".

Na véspera a farmacêutica norte-americana Moderna solicitou a autorização para a utilização da sua vacina contra a covid-19, depois de ter sido confirmado uma eficácia de 94,1%. A empresa solicitou ao regulador norte-americano, FDA, bem como à Agência Europeia de Medicamentos a aprovação condicional da vacina.

Também na segunda-feira a UE fechou um quinto contrato, com a CureVac, para a distribuição de uma vacina, depois de ter chegado a acordo com a Moderna, AstraZeneca, Johnson & Johnson, Sanofi-GSK e Pfizer-BioNTech.

A Comissão Europeia autorizou a Hungria, de forma "limitada" e "temporária", a distribuir a vacina russa Sputnik V, que Moscovo garante ter uma eficácia de 95%. Bruxelas disse ainda que Budapeste terá de se responsabilizar totalmente por essa opção.

Plano de vacinação na quinta-feira

Por cá, o Governo vai apresentar na quinta-feira o plano nacional de vacinação contra a covid-19. Segundo o primeiro-ministro, a vacina deverá estar disponível em janeiro, e negou atrasos na preparação da logística. "Estamos bem a tempo", afirmou à Rádio Observador.

"Não vale a pena anteciparmos ansiedades quando já estamos suficientemente ansiosos", disse António Costa.

Certo é que a doença continuará nos próximos meses a propagar-se, pelo que o chefe do executivo, na entrevista à Rádio Observador, anunciou que o período festivo que se avizinha vai continuar a ter restrições. "Não vai poder ser um Natal normal." E já a passagem do ano acontecerá "com todas as restrições", e "não haverá seguramente festas de fim de ano".

O plano de confinamento para o Natal será anunciado no próximo sábado pelo Governo, na sequência de mais uma reunião do Infarmed, que terá lugar na quinta-feira, e a respetiva definição de medidas. No entanto, desta vez, as medidas a anunciar no sábado terão uma validade de um mês, até ao final das festas.

Numa altura em que os EUA e a União Europeia continuam a pressionar a China para que esta a cooperar totalmente com uma investigação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre as origens do vírus, a CNN revelou documentos oficiais das autoridades de saúde da província chinesa de Hubei que revelam um panorama diferente do que Pequim informou.

Além do número de casos em Wuhan ter sido maior do que o reportado oficialmente, os documentos mostram uma demora média de 23 dias para diagnosticar as infeções e uma burocracia ineficaz para combater o surto inicial.

Dos Estados Unidos, o país mais atingido pelo coronavírus, com 13,9 milhões de casos e mais de 274 mil mortos, uma investigação efetuada pelo Centro de Controlo de Doenças indica que em meados de dezembro o vírus já circulava no país.

Ao testar amostras de sangue recolhidas de 7389 dadores de oito estados norte-americanos, entre 13 de dezembro de 2019, e 17 de janeiro, os investigadores ds Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA descobriram que 84 no total, continham anticorpos específicos do SARS-CoV-2.

Diário do Notícias | Imagem: © Leonel de Castro//Global Imagens

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