domingo, 5 de julho de 2020

IMPÉRIO EQUIVOCADO…


Martinho Júnior, Luanda 

O Império da hegemonia unipolar tem feito sistematicamente cálculos equivocados sobre as potencialidades da revolução cultural chinesa, que perfez agora sete décadas de vida, numa altura em que, por seu turno, o Parido Comunista Chinês faz 99 anos!

Esses cálculos equivocados resultam do facto histórico da aristocracia financeira mundial, herdeira também dos impérios coloniais, jamais ter feito a descolonização mental que transversalmente tolda as artes e os engenhos do seu equívoco maior: o domínio construído palmo a palmo segundo os parâmetros de hegemonia unipolar conforme às incidências da IIIª Guerra Mundial contra os países do sul, “eternos” fornecedores de matéria-prima e mão-de-obra barata!

Em relação à China, a visão neoliberal em vigor desde a administração de Ronald Reagan, trouxe ainda mais equívocos para a aristocracia financeira mundial, que se acrescentaram aos equívocos anteriores, por que além do mais alimentaram uma falsa perspectiva “economicista”, a de que o mercado, com a deslocalização de tanta indústria, iria neutralizar a economia pública chinesa e isso iria subverter as vontades dominantes na China e mesmo o Partido Comunista Chinês, a favor do plasma da globalização neoliberal, integrando “formatadamente” a República Popular da China no “mundo livre”!...

Essa era uma nova versão que se inscrevia na necessidade de, para o império da hegemonia unipolar herdeiro do carácter e da cobiça dos impérios coloniais, haver sempre a necessidade dum inimigo para subjugar e maltratar, como o que te acontecido desde as “descobertas marítimas” dos séculos críticos, os séculos XV, XVI e XVII!

A força “soft power” da revolução cultural chinesa todavia, expõe agora esses equívocos desde os tempos em que padrão foi competição colonialista imposta a ferro e fogo pelas potências europeias de então, a que se juntaria os Estados Unidos com a projecção da política de portas abertas a fim de favorecer seus interesses, sem beliscar os interesses dos invasores ciosos de comércio estritamente favorável às potências coloniais (séculos XVI, XVII, XVIII, XIX e início do século XX)!

Com a política de portas abertas já sob a equação da revolução cultural (Deng Xiao Ping), a China absorveu sim tecnologias de origem “ocidental” como nenhum outro estado no mundo, mas em função da contradição com o sentido da história resultante do colapso que se prolongou entre o século XVII e o século XX, é dessa contradição histórica e não duma outra qualquer “ordem” imposta do exterior, que emerge a sua revolução cultural numa pluralidade capaz de impulsionar a essência do Não Alinhamento durante o século XXI, numa nova fórmula de extensiva emergência multilateral!

Portugal/UE | Pólvora seca e vespeiros


Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

O tempo para se adotarem políticas eficazes com vista à saída da crise escasseia e Portugal surge cada vez mais enredado em dois complicados bloqueios: primeiro, as anunciadas bazucas da União Europeia (UE) vão perdendo atualidade e correm o risco de se tornarem tiros de pólvora seca; segundo, a eficácia das bazucas nacionais depende das europeias e de se conseguir deslindar imbróglios que enredam algumas grandes empresas e setores da economia.

As ditas bazucas foram concebidas a partir de um cenário que nos apresentava uma recessão que batia no fundo, mas de que recuperávamos rapidamente com o regresso pleno ao trabalho. A partir dessa conceção, bastava "manter as luzes da economia acesas" durante o confinamento, através da continuidade da produção dos setores essenciais, da garantia de liquidez às empresas e de algum rendimento de substituição aos trabalhadores desempregados ou em regime de lay-off.

O que se está agora a desenhar é algo bem diferente. O regresso ao trabalho reacendeu o rastilho da pandemia, por razões que a semana passada aqui identifiquei. Configura-se, portanto, uma situação prolongada de confinamento parcial alimentado por picos de contágio mais ou menos ocasionais e localizados, e pelas múltiplas cautelas das pessoas. Daí resultam impactos socioeconómicos diversos, supressão prolongada de parte da capacidade produtiva e contínua perda de emprego.

As chamadas injeções de liquidez nas empresas e as garantias de rendimento de substituição não são sustentáveis durante muito tempo e, mesmo que fossem, a prazo confrontar-se-iam com limites à capacidade de oferta. Se somarmos a isto a pressão crescente para se reverter o financiamento público em nome da sustentabilidade das dívidas, temos o cenário montado para a tempestade perfeita: supressão de capacidade produtiva combinada com retração da procura.

Face a isto, os pacotes financeiros prometidos pela UE, que ainda nem sequer estão definidos nem aprovados, deixam de parecer tão avultados. Precisamos de modos de financiamento que não envolvam endividamento, e medidas que garantam o aprovisionamento, sobretudo em bens e serviços essenciais. As bazucas europeias não são uma coisa nem outra.

A armadura europeia vem tolhendo Portugal no seu processo geral de desenvolvimento. Essa armadura ajudou a enfraquecer serviços públicos fundamentais, mas é também fonte de condicionalismos impostos a algumas grandes empresas e setores da economia.

Hoje, quando se observa o que se passa na TAP, vemos que está ali um vespeiro onde é urgente, mas muito difícil, meter as mãos. As opções políticas e de gestão erradas, quando não criminosas, adotadas ao longo do tempo respaldaram-se, tantas vezes, em determinações da UE. Aconteceu o mesmo no vespeiro-mor que é o setor financeiro.

Há urgência na resolução de complicados imbróglios. O setor da saúde vem dando respostas no limite. Em breve bastantes empresas grandes e médias necessitarão de resgastes e imensas pequenas estão dolorosamente entregues à sua sorte. E não nos esqueçamos da Banca, setor onde, provavelmente, as desgraças irão culminar.

É inquietante ver o Governo demasiado sensível ao comentário mediático, técnica e politicamente muito pobre, a desvalorizar a inteligência coletiva e a continuar à espera, quando são já tão visíveis nuvens negras.

* Investigador e professor universitário

Portugal | Jerónimo acusa Marcelo de "contribuir" para "novo bloco central"


O secretário-geral do PCP acusou hoje o Presidente da República de estar a "contribuir" para colocar em marcha uma nova vida para um "novo bloco central de interesses políticos e económicos", e para "branquear o PSD".

"Estão a pensar dar uma nova vida ao chamado Bloco Central, que pode ser formal ou informal, mas que será sempre como o foi no passado, o bloco central de interesses políticos e económicos. É isso que está em marcha com o contributo do Presidente da República que se tem empenhado para branquear o PSD, a política de direita e as suas responsabilidades, visando promover a sua reabilitação política e reconduzi-lo para um papel de cooperação intensa com o PS", declarou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP falava no comício "Nem um direito a menos. Confiança e luta por uma vida melhor", evento que decorreu esta tarde na Praça D. João I, na Baixa do Porto, e onde leu um discurso de sete páginas.

Jerónimo de Sousa afirmou ainda que a "conjuntura é propícia para dar uma nova vida ao "bloco central".

"Um tempo que cheira a dinheiro fresco à boleia da epidemia. Anunciam-se milhões vindos da União Europeia que o povo português há-de pagar mais tarde e com juros e a sua distribuição pelo grande capital exige concertação e reposição mais estreita da velha cooperação".

Lisboa e Vale do Tejo com 77% das novas infeções nas últimas 24 horas


A região de Lisboa e Vale do Tejo registou 77% das novas infeções por covid-19 nas últimas 24 horas, com 254 dos 328 novos casos hoje contabilizados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

A região, contudo, continua pendente da verificação de dados relativos a 200 casos, ainda por incluir no total de casos confirmados referentes a testes realizados por um laboratório que em três dias desta semana não os registou no sistema para o efeito, estando a sua distribuição ainda a ser analisada pelas autoridades de saúde.

Lisboa e Vale do Tejo permanece como a região onde se regista o maior número de novos casos com 254 confirmados nas últimas 24 horas, o que representa um crescimento de 0,8%, para os 20.527 casos.

O total de óbitos registados na região aumentou 0,6%, para os 504, com as seis mortes contabilizadas nas últimas 24 horas.

A nível regional, o Norte registou nas últimas 24 horas 25 novos casos (7,6% das 328 infeções), o Centro 32 novos casos (9,8%), o Alentejo sete novos casos (2,1%) e o Algarve nove novos casos (2,7%).

No que diz respeito às regiões autónomas, só na Madeira se registam alterações, com mais um caso confirmado nas últimas 24 horas, aumentando o total para 93 casos.

A região de Lisboa e Vale do Tejo já contabiliza 20.527 casos confirmados e 504 mortes, o Norte tem 17.748 casos e 819 mortes, o Centro tem 4.189 casos e 248 mortes, o Alentejo tem 527 casos e 13 mortes e o Algarve tem 662 casos e 15 mortes.

Nas regiões autónomas, a Madeira tem 93 casos confirmados até ao momento e nenhum óbito registado e os Açores têm 151 casos e 15 mortes.

A distribuição do total de casos por concelho não foi hoje atualizada.

"Este relatório de situação não inclui a atualização da imputação de casos aos concelhos. A DGS está a realizar a verificação de todos os dados com as autoridades locais e regionais de saúde que ficará concluída durante os próximos dias", lê-se no boletim de hoje.

Os concelhos de Lisboa e Porto, assim como o de Braga, são os que contabilizam a maior percentagem de infeções no país, com a região de Lisboa a registar um crescimento contínuo nas últimas semanas.

Portugal contabiliza pelo menos 1.614 mortos associados à covid-19 em 43.897 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da DGS.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 530 mil mortos e infetou mais de 11,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Notícias ao Minuto | Lusa

Portugal | Efacec nacionalizada «provisoriamente»


Os recursos públicos são chamados a resolver os problemas da Efacec em nome da importância da empresa para o País. Mas logo o mais importante volta a ser privatizar o seu potencial lucrativo.

AbrilAbril | editorial

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou hoje o diploma do Governo que nacionaliza a empresa Efacec, justificando a decisão, entre outras razões, pela «natureza transitória da intervenção».

«Com vista à salvaguarda do interesse público nacional», o Estado é chamado a injectar recursos públicos nesta empresa, mas deve estar desde já garantida «a abertura simultânea de processo de reprivatização da posição agora objecto de intervenção pública».

O chefe de Estado considera ainda que «não se pode nem deve entender este passo como nacionalização duradoura, antes como solução indispensável de passagem entre soluções duradouras de mercado».

Os recursos públicos são chamados a resolver os problemas da Efacec em nome da importância da empresa para o País. Mas logo o mais importante volta a ser privatizar o seu potencial lucrativo. O Governo PS opta, mais uma vez, por manobrar uma solução para a Efacec que defende os interesses privados em detrimento do desenvolvimento do País, dos direitos dos seus mais de 2000 trabalhadores e das dezenas de pequenas empresas que dela dependem.

Imagem: Ângelo Ramalho, Presidente da Comissão Executiva da Efacec  / Manuel Araújo / Lusa

Pyongyang 'não vê necessidade' de negociações com Washington, diz diplomata norte-coreana


#Escrito e publicado em português do Brasil

Neste sábado (4), vice-ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte informou que o país não vê necessidade em dialogar com os Estados Unidos.

A vice-ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son-hui, afirmou que as negociações não funcionariam entre Washington e Pyongyang, portanto, não haveria uma mudança na política norte-coreana.

"Não sentimos qualquer necessidade de sentar cara a cara com os Estados Unidos, uma vez que estes não consideram o diálogo RPDC [República Popular Democrática da Coreia] – EUA como algo mais que uma ferramenta para enfrentar sua crise política", afirmou a diplomata em um comunicado transmitido pela agência KCNA.

Nesta quarta-feira (1), o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, afirmou que o presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, deveriam se encontrar antes das eleições dos EUA, em novembro, o que ajudaria a reativar negociações nucleares.

Há dois anos, em Singapura, os líderes se encontraram pela primeira vez, enquanto em 2019, no Vietnã, eles tiveram uma nova reunião.

Contudo, as negociações foram interrompidas após Trump afirmar que o mandatário norte-coreano falhou em não oferecer uma troca satisfatória de mísseis balísticos e armas nucleares pela retirada de sanções internacionais.

Sputnik | Imagem: © AP Photo / Lee Jin-man

Exercícios chineses no mar do Sul da China preocupam EUA, diz Pentágono


#Escrito e publicado em português do Brasil

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos demonstrou preocupação com a decisão de Pequim de realizar exercícios militares no mar do Sul da China ao longo desta semana.

De acordo com o Pentágono, a região onde as forças navais chinesas escolheram realizar suas atividades abrangem águas disputadas e, por esse motivo, tais ações são "contraprodutivas" para os esforços de redução das tensões e manutenção da estabilidade naquela área. 

"As ações da RPC [República Popular da China] desestabilizarão ainda mais a situação no mar do Sul da China. Esses exercícios também violam os compromissos da RPC na Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar do Sul da China, de 2002, para evitar atividades que complicariam ou escalariam disputas e afetariam a paz e a estabilidade", disse a Defesa norte-americana por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (2). 

Ainda segundo o Pentágono, esses exercícios são apenas o último exemplo de uma longa lista de ações organizadas por Pequim para fazer "reivindicações marítimas ilegais" e "prejudicar" países vizinhos no mar do Sul da China.

"As ações da RPC contrastam com seu compromisso de não militarizar o mar do Sul da China e a visão dos Estados Unidos de uma região do Indo-Pacífico livre e aberta, na qual todas as nações, grandes e pequenas, estão seguras em sua soberania, livres de coerção e capazes de buscar crescimento econômico consistente com as regras e normas internacionais aceitas."

Sputnik | Imagem: © AP Photo / Li Gang/Xinhua

O recado da Praça Vermelha


#Escrito e publicado em português do Brasil

"O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um apelo à unidade nacional para enfrentar os grandes desafios e ameaças com que o país se defronta. E enviou um sinal ao mundo, principalmente à superpotência americana, de que desempenha e pretende seguir desempenhando um papel de protagonista na cena internacional", escreve o dirigente comunista José Reinaldo Carvalho, editor da Página da Resistência 

José Reinaldo Carvalho* 

"É impossível imaginar o que teria acontecido no mundo se o Exército Vermelho não tivesse vindo em sua defesa". Pronunciadas em tom enfático perante 15 mil militares na manhã desta quarta-feira (24), em pleno verão moscovita, em uma Praça Vermelha engalanada, as palavras do presidente russo revestem-se de profundo significado.

O acontecimento é habitualmente comemorado a cada 9 de Maio, Dia da Vitória, mas neste ano foi adiada devido à pandemia da Covid-19. 

Putin pediu que o povo russo relembre os ingentes sacrifícios das gerações passadas durante a Grande Guerra Patriótica (1941-1945) e tenha sempre presente que foram os povos soviéticos os que pagaram o preço mais caro na luta contra o nazifascismo, a maior ameaça à humanidade na primeira metade do século 20. Ao exaltar a façanha da União Soviética, o líder russo enfatizou a importância de "proteger e defender a verdade" sobre aquela guerra. 

"Sempre vamos lembrar que o nazismo foi derrotado pelo povo soviético", disse Putin. "O povo soviético pôs fim ao Holocausto, salvou o mundo do fascismo".

O presidente observou que, depois de defender sua própria terra, os soldados soviéticos "continuaram a lutar". "Eles libertaram os Estados europeus dos invasores, puseram fim à terrível tragédia do Holocausto, salvaram o povo da Alemanha". 

Putin não deixou de frisar a importância da aliança antifascista e recolheu o ensinamento da história. "Apenas juntos podemos proteger o mundo de novas ameaças perigosas", asseverando que a Rússia está aberta ao diálogo e à cooperação com outros países. 

Submarinos russos no Atlântico ameaçam EUA e OTAN, escreve The Wall Street Journal


#Escrito e publicado em português do Brasil

Presença de submarinos russos no Atlântico é demonstração de força e determinação da Rússia em defender sua pátria, mas também é para projetar poder no Atlântico, segundo mídia.

A presença militar russa no Atlântico, que se manifesta através de grandes exercícios militares ou da instalação de um maior número de submarinos, em grande parte modernizados nos últimos anos, está "testando a OTAN" e os Estados Unidos, relata o jornal The Wall Street Journal (WSJ) na sua edição de 2 de julho.

Seria a presença militar da Rússia no Atlântico uma ameaça para os Estados Unidos e a OTAN? De acordo com o The Wall Street Journal, a resposta é definitivamente sim, dando como exemplo o final de 2019, quando dez submarinos russos participaram de exercícios militares no Atlântico Norte.

De acordo com o jornal, tratou-se de uma das maiores manobras russas na região desde o fim da Guerra Fria, envolvendo testes de armamento e de submersão a uma profundidade máxima e decorreram ao largo da costa norueguesa.

A Reforma Constitucional russa


#Escrito e publicado em português do Brasil

Bruno Veillard - Colaborador Voluntário | CEIRI em Jul 03

A Federação Russa declarou independência da União das Repúblicas Socialistas Soviética (URSS) em 12 de junho de 1990, todavia, sua conclusão ocorreu no dia 25 de dezembro de 1991. Nesse período, as atividades políticas ingressavam no regime de transição, no qual, o Tratado de Belavezha estabeleceu a extinção do Estado Soviético e a formalização da independência das ex-repúblicas soviéticas.

O Acordo de Belavezha possui uma característica de informalidade por ter sido assinado em confidência pela Federação Russa, Ucrânia e Bielorrússia, em 8 de dezembro de 1991, na cidade de Minsk, capital da Bielorrússia. É de responsabilidade do pacto a criação da Comunidade de Estados Independentes (CEI), que nasceu para incentivar a coordenação entre as ex-repúblicas da URSS, com a introdução da economia de mercado.

Após Mikhail Gorbachev resignar seu cargo, emerge na Rússia o governo de Boris Iéltsin, o qual é lembrado com pesar, pois os movimentos de liberalização econômica acarretaram consigo a alta da inflação e grande crise política e social. A oposição a Iéltsin cresceu, sobretudo no Soviete Supremo, Parlamento russo da época, pois o legislativo não concordava com as reformas liberais do momento. Como resultado, Boris Iéltsin dissolveu o Parlamento a partir da prisão de líderes oposicionistas e da explosão do edifício.

Diante do fato, a Federação russa ingressou em uma crise constitucional, visto que o legislativo acusou Iéltsin de violar a Constituição vigente pela dissolução do Soviete Supremo. A questão se agravou a ponto de deixar os russos à beira da guerra civil, e a situação foi controlada com a repressão dos opositores pelo Exército russo, sob controle do governo. Após a resolução da situação, Boris Iéltsin continua a implementar suas reformas econômicas e instaura a Constituição Russa de 1993, mediante aprovação em Referendo. 

Nos anos 2000, Vladimir Putin ascende ao poder, e governou o país em um primeiro mandato (2000 a 2008), sendo reeleito para seu segundo mandato (2012 a 2018) e um terceiro período que iniciou em 2018. O histórico do governo Putin possui diversas qualidades e ambiguidades.

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