domingo, 8 de novembro de 2020

Jerónimo fala em medidas "desproporcionais, incongruentes e desadequadas"

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, classificou hoje as medidas aprovadas pelo Governo no sábado como "desproporcionais, incongruentes e desadequadas", defendendo que o caminho deveria ser o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Num comício em Castanheira do Ribatejo (no concelho de Vila Franca de Xira), Jerónimo de Sousa referiu-se às medidas aprovadas no Conselho de Ministros extraordinário e que concretizam o decreto do estado de emergência que vigorará entre segunda-feira e dia 23 de novembro.

"As medidas adotadas pelo Governo na sequência da declaração do Estado de Emergência, aprovado esta sexta-feira na Assembleia da República, com o voto contra do PCP, afiguram-se não só desproporcionais, incongruentes e desadequadas como sobretudo não têm correspondência com as exigências colocadas no plano da saúde pública e da capacitação do SNS para enfrentar a epidemia de Covid-19, e para criar condições de proteção sanitária para que a vida nacional prossiga", defendeu.

Portugal | A emergência da defesa dos direitos

A questão que coloco não é se tem justificação ou não a declaração do Estado de Emergência para enquadrar constitucionalmente as medidas nela constantes, mas sim questionar as mesmas.

Duarte Caldeira | AbrilAbril | opinião

Ninguém tem dúvidas de que vivemos, em Portugal e no mundo, um momento particularmente desafiante quanto à resposta às múltiplas emergências criadas pela pandemia da Covid-19. Desde logo e em primeiro lugar no domínio da saúde pública. Depois no ponto de vista da economia e dos seus impactos, em especial na ameaça à preservação do emprego. Finalmente quanto à defesa dos direitos, liberdades e garantias, questionados pelo entendimento assumido pelo Governo e pelo Presidente da República, no contexto das decisões restritivas adotadas e validadas pela maioria da Assembleia da República, para enfrentar a pandemia e controlar os seus efeitos.

A declaração do Estado de Emergência está prevista no ordenamento jurídico nacional desde 1986 (Lei 44/86, de 30 de setembro) e visa dar escopro jurídico à gestão de situações de particular gravidade, nomeadamente «nos casos de agressão efectiva ou iminente por forças estrangeiras, de grave ameaça ou perturbação da ordem constitucional democrática ou calamidade pública».

As três declarações de Estado de Emergência, ocorridas desde março até à data, foram sustentadas na verificação de uma situação de calamidade pública em todo o território nacional. O mesmo acontece agora com a nova declaração de Estado de Emergência proposta pelo Presidente da República e aprovada na passada sexta-feira pela Assembleia da República, para vigência entre os dias 9 e 23 de novembro.

Covid-19 | 48 mortes em Portugal e 5784 novos casos

Mais 5784 infetados e 48 mortes por covid-19 em Portugal. Doentes internados disparam

Portugal registou, este domingo, 48 mortes por covid-19, para um total de 2896. O número de casos desceu para 5784, após dois dias consecutivos de novos máximos, mas o número diário de doentes internados disparou: são mais 102.

Após dois dias de máximos diários de casos, com 5500 na sexta-feira e mais de 6500 no sábado, este domingo foram assinaladas 5784 novas infeções, com o acumulado de 179.324 de doentes vítimas da infeção provocada pelo vírus da SARS-CoV-2.

A letalidade da doença mostrou-se particularmente agressiva esta semana, com novos e negros máximos de óbitos. Nas últimas 24 horas, segundo a DGS, morreram mais 48 pessoas por causas associadas à covid-19, para um acumulado de 2896 desde que a pandemia fez a primeira vítima mortal em Portugal, a 16 de março, 14 dias depois de serem conhecidos os primeiros casos.

Do total de infetados, 76. 647 correspondem a doentes ativos, dos quais 3702 foram registados até à meia-noite. Com mais 2034 recuperações, o total de recuperados sobe para 99.781.

Depois de, no sábado, o número de doentes internados ter descido, hoje volta a aumentar: há mais 102 pacientes nos hospitais portugueses (2522 no total). Nas Unidades de Cuidados Intensivos há mais 12 infetados para um total de 378.

Mais de 3900 novos casos na região Norte

Das 5784 novas infeções diárias, 3923 são no Norte, onde já foram registados, ao todo, 86.284. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com 1073 novos infetados, em 68.798, e depois a região Centro, onde há mais 590 casos, em 16.347.

O Alentejo soma mais 91 casos (em 3452) e o Algarve mais 74 (em 3441). O arquipélago da Madeira soma mais 13 infetados, com um total de 547, e nos Açores há mais 20 casos, em 455.

O boletim deste domingo da Direção-Geral da Saúde (DGS) dá ainda conta de 48 óbitos nas últimas 24 horas: 21 mulheres e 27 homens. Além do maior número de novos casos, o Norte registou igualmente a maior parte dos óbitos: 27. Em Lisboa e Vale do Tejo registaram-se 14, no Centro quatro, no Alentejo duas e no Algarve uma.

Três óbitos na faixa dos 50 anos

A grande maioria das vítimas (27) tinha 80 anos ou mais - 12 homens e 15 mulheres. Com 70 a 79 anos, morreram 13 pessoas (sete homens e seis mulheres) e ainda cinco homens na faixa etária dos 60-69 e três homens na faixa dos 50-59.

Mariana Albuquerque | Jornal de Notícias

Portugal | Governo decreta recolher obrigatório aos fins de semana

Medida vai vigorar entre as 23 horas e as 5 horas, nos dias úteis, e ao fim de semana das 13 às 5 horas em 121 concelhos.

O Governo decidiu decretar o recolher obrigatório, durante o estado de emergência que se inicia na segunda-feira e se prolonga durante 15 dias. A medida vai vigorar apenas nos 121 concelhos de maior risco e terá uma maior abrangência aos fins de semana, uma vez que se vai aplicar entre as 13 e as 5 horas, para conter o contágio familiar. Nos dias úteis, o recolher obrigatório será aplicado entre as 23 e as 5 horas.

A medida não foi, contudo, consensual no Conselho de Ministros deste sábado, que se prolongou por quatro horas e meia. Segundo apurou o JN, foi difícil chegar-se a um consenso por se tratar de uma medida que António Costa admite ser "muito dura" e "a mais restritiva das liberdades". Mas o primeiro-ministro está empenhado em "controlar" a pandemia, que continua com uma tendência crescente, ainda durante o corrente mês.

"68% dos contágios ocorrem em meio familiar", justificou António Costa, no final de uma reunião em que se aprovaram mais quatro medidas: o recurso ao setor privado de saúde; a medição da temperatura; o recurso aos testes rápidos em alguns serviços e nas saídas e entradas no país; e a mobilização de funcionários públicos e militares para rastreio e vigilância de confinamentos.

Quatro medidas que António Costa caracterizou assim: "Temos bem noção de que não é uma bala de prata e que são precisas medidas complementares". Daí o recolher obrigatório, que foi reclamado sobretudo pelos autarcas do Norte, onde a covid-19 está a ter maior incidência. Ainda este sábado só naquela região do país foram registados 3900 novos casos.

Sem alternativa

Até agora, os cidadãos residentes nos 121 concelhos considerados de alto risco estavam obrigados ao teletrabalho e tinham o dever de permanecer no domicílio, salvo exceções como saídas para as compras, idas ao médico, à farmácia ou levar os filhos à escola.

A partir de segunda-feira, com a entrada no segundo estado de emergência decretado desde o início da pandemia (o primeiro teve duas renovações), deixa de ser um dever dos cidadãos e passa a ser obrigatório permanecer em casa. "Se queremos mesmo que esta medida seja útil, temos que determinar que as pessoas estejam em casa", afirmou o primeiro-ministro, admitindo que a medida é "limitadora" para o setor do comércio e da restauração.

"Procuramos equilibrar o menor dano possível na economia mas há danos que não conseguimos evitar, sob pena de não conseguirmos controlar esta pandemia. Os dados são muito claros, demonstram que se nada fizermos vai ser pior para todos", concluiu.

Alexandra Inácio e Hermana Cruz | Jornal de Notícias | Imagem: EPA

Portugal | Os números e os velhos

Domingos De Andrade Jornal de Notícias | opinião

A cada algarismo corresponde um rosto, uma vida. São exatamente 42.439 os velhos identificados como vivendo sozinhos ou em situação de vulnerabilidade que ameaça a sua segurança.

A chamada Operação Censos Sénior 2020 da GNR regista uma pequena subida em relação ao ano passado, mas nem seria preciso essa oscilação para o tema nos inquietar. São milhares, demasiados, concentrados sobretudo nas zonas despovoadas do interior.

Sabemos como os nossos pais e avós têm sido os mais penalizados por esta pandemia. Não apenas porque o vírus é particularmente letal à medida que a idade avança, mas porque muitos se viram afastados das famílias, privados de companhias habituais nas férias do verão, empurrados para uma penosa solidão sem fim à vista.

Inicia-se mais um período de exigentes restrições e paira sobre o país o aviso de que dezembro poderá ter medidas agravadas, se a contenção imediata não der frutos. Os abraços continuam adiados, os fins-de-semana incertos, a aguardada reunião familiar no Natal em risco. É preciso o justo equilíbrio entre a proteção e o acompanhamento possível dos idosos, sem que as medidas restritivas sejam uma desculpa para o abandono. A assistência familiar tem estado em todas as exceções previstas por sucessivos pacotes de limitações e não é por acaso que até as visitas a lares foram flexibilizadas, reconhecendo-se o peso avassalador do isolamento na saúde mental dos utentes. A solidão corrói e mata, ainda por cima de forma silenciosa.

P.S. - Nos Estados Unidos jogava-se muito mais do que uma escolha entre dois candidatos, ou entre duas ideologias. Era uma escolha pela decência, pela tolerância, pelo respeito dos valores institucionais e democráticos. É por tanto que o trumpismo mostrou ser possível, banalizando a política do insulto e o alastrar dos radicalismos um pouco por todo o Mundo, que a mudança nos convoca a todos.

*Diretor

Chefe das forças armadas britânicas diz que risco de 3.ª guerra é real

Oficial indicou que existe preocupação em relação aos conflitos regionais que decorrem neste momento em vários pontos do globo.

O chefe das forças armadas britânicas afirmou que existe "um risco" de uma nova guerra mundial se os atuais pequenos conflitos mundiais subirem de tom, agregando mais países e mais armas. O general Nick Carter explicou, em entrevista à Sky News, que a crise económica global causada pelo novo coronavírus poderá espoletar novas ameaças de segurança, inclusive uma nova guerra.

O general afirmou, questionado sobre os perigos da crise global trazida pela pandemia, que existe preocupação em relação aos conflitos regionais que existem neste momento em vários pontos do globo, uma vez que podem escalar "até uma guerra aberta", algo que já aconteceu no período que antecedeu as duas últimas guerras mundiais.

Por causa da pandemia, o mundo está "um lugar muito incerto e cheio de ansiedade", disse o oficial, indicando que existe a possibilidade de escalada de tensão e, com isso, de "erros de cálculo". "Temos que nos lembrar de que a história poderá não se repetir, mas tem um ritmo, e se olharmos para o último século, antes das duas guerras mundiais, acho que é inegável que houve escalada, o que levou a erros de cálculo e que, em última instância, levou a uma guerra a uma escala que esperamos não viver de novo".

Questionado sobre se estava a afirmar que existe uma "ameaça real" de uma terceira guerra mundial, o general disse: "Estou a dizer que é um risco e que precisamos de ter consciência desses riscos".

Notícias ao Minuto | Imagem: © Peter Byrne - WPA Pool/Getty Images

EUA | APÓS O CARNAVAL ELEITORAL

Nos EUA, o objectivo supremo do Estado Profundo – derrotar Trump – parece ter sido alcançado.  

Pouco importa que a sua vitória tenha sido obtida com um candidato medíocre em estado pré-Alzheimer pois quem vai de facto governar é a CIA, a NSA, Sillicon Valley, o capital financeiro, o Pentágono e o complexo militar-industrial. O candidato do Partido Democrata promete ressuscitar as políticas de Obama.   

Mas convém não esquecer que Obama (o mesmo que ganhou um prémio Nobel da Paz) lançou sete guerras durante o seu mandato; deportou milhões de latino-americanos dos EUA e instaurou uma política de assassinatos selectivos com drones cujas vítimas eram por ele escolhidas às terça-feiras.

O importante é destacar que a decadência inexorável do império estado-unidense prosseguirá, com qualquer presidente. 

O seu apodrecimento é económico, social, monetário, político, militar e moral – não pode ser detido pelo sr. Biden.  O Estado Profundo é belicista e está em desespero.  Isso põe no horizonte a ameaça da guerra nuclear.

Resistir.info - 05/Nov/20

A eleição americana não é um reinício para melhores relações globais

Strategic Culture Foundation

Uma contradição acerca de eleição presidencial americana é isto: diante de toda a atenção intensa e comentários dos media por todo o mundo poder-se-ia esperar que o resultado talvez anunciasse imensas consequências. A realidade prosaica, contudo, é que haverá poucas consequências apreciáveis para as relações dos EUA com o resto do mundo.

Os Estados Unidos continuarão a conduzir-se como se estivessem acima do direito internacional, interferindo nos assuntos de outras nações, abusando da sua divisa fiduciária dólar e utilizando unilateralmente violência e guerra para impor seus objectivos quando consideram necessário.

Todo presidente americano ao longo do século passado se empenhou em todas estas práticas criminosas. Como poderíamos nós esperar qualquer diferença com uma mudança de rosto num sistema ditado pelo mesmo poder corporativo? Só quando o sistema de poder mudar fundamentalmente podemos esperar ver mudança significativa para melhor.

Parece que o contendor democrata Joe Biden reuniu bastantes votos para ganhar a Casa Branca contra o presidente republicano em exercício, Donald Trump. As idiossincrasias do sistema eleitoral americano significam que a contagem de votos se arrasta por vários dias para além da data oficial da eleição em 3 de Novembro. Dada a proximidade da corrida também haverá contestação legal dos resultados, especialmente a partir da campanha de Trump o qual bastante cedo fez afirmações dúbias acerca de fraude na votação.

Contudo, como observado acima, dificilmente importa quem finalmente vença na Casa Branca e em 20 de Janeiro inaugure o 46º mandato presidencial. Os quatro anos passados de Trump demonstraram amplamente que quaisquer esperanças de uma melhoria nas relações EUA-Rússia foram frustradas. Trump não só foi mantido refém por um ressuscitar de preconceitos anti-russos da Guerra Fria entre o establishment de Washington. Ele deu o seu próprio toque pessoal para a deterioração das relações bilaterais com políticas como a minagem das negociações para controles de armas bem como pelo ataque ao comércio energético russo com a Europa através do gasoduto Nord Stream.

Vitória de Joe Biden nas presidenciais preocupa Rússia

A vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos foi recebida com alguma preocupação pela classe política russa, depois de o candidato ter apontado Moscovo como a maior ameaça ao seu país durante a campanha.

Kremlin ainda não felicitou o Presidente eleito dos Estados Unidos e provavelmente vai aguardar a certificação oficial dos resultados eleitorais, refere a agência EFE, ao realçar que a relação entre Moscovo e Washington não augura melhorias.

"Vamos trabalhar com o chefe de Estado escolhido pelo povo americano", disse o presidente russo, Vladimir Putin, na véspera das eleições nos Estados Unidos, citado pela EFE.

Se há quatro anos os parlamentares russos saudavam a chegada de Donald Trump à Casa Branca com um brinde, hoje o clima é completamente diferente.

"Na campanha eleitoral, o democrata [Biden] apontou o nosso país como o maior inimigo dos Estados Unidos, por isso, dificilmente se pode esperar que um político russo aplauda os resultados das eleições americanas nesta ocasião", disse hoje o deputado russo Alexei Slutski, citado pela agência Interfax.

Discurso de vitória de Biden incluiu discreto tributo a filho que morreu

Beau Biden morreu em 2015, vítima de um tumor cerebral. O pai, Joe, fez questão de o lembrar numa das noites mais importantes da sua vida.

Quando Joe Biden acabou de fazer o seu discurso de vitória, no sábado à noite, depois de ter sido declarado presidente eleito dos Estados Unidos, a música que soava nos altifalantes era 'Sky Full of Stars', da banda Coldplay, enquanto se lançavam foguetes e confetis de celebração. O momento foi de júbilo, mas com uma nota triste, com especial significado para a família Biden.

"O presidente eleito fala tanto da alma do país, é uma das suas frases preferidas. Mas sua alma pessoal era o seu filho, que faleceu... O facto de ter estado a tocar Coldplay... Um amigo da família mandou-me mensagem para me dizer que era a música preferida de Beau", indicou a pivô Dana Bash, da CNN, que cobria o evento em direto (pode ver um excerto mais abaixo).

Beau Biden morreu em 2015, aos 46 anos de idade, depois de um longa batalha contra um tumor cerebral. Beau foi procurador-geral do estado de Delaware e serviu no exército e esteve destacado no Iraque em 2008 (na imagem, em Bagdad, com o pai, em 2009). No seu funeral, em Wilmington, Chris Martins, vocalista dos Coldplay, tocou a solo 'Til Kingdom Come', perante a família e amigos de Biden, onde se incluiu Barack e Michelle Obama.

"O dia em que a América disse não a Trump e ao fascismo"

Nas próximas décadas, os novos pais Jemma e Niels prometem contar ao filho, agora com três meses, "o dia em que a América disse não a Trump e ao fascismo".

Nas próximas décadas, os novos pais Jemma e Niels prometem contar ao filho, agora com três meses, "o dia em que a América disse não a Trump e ao fascismo".

Nas ruas de Nova Iorque, completamente ocupadas por apoiantes do democrata Joe Biden a celebrar a vitória contra o Presidente Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, Jemma e Niels levavam um bebé de três meses ao peito.

Jemma tem 32 anos e tornou-se mãe em agosto, durante a pandemia de covid-19, com alguns medos e preocupações, e com mais cuidados, com os quais aprendeu a viver.

O momento em que Trump regressa à Casa Branca após perder eleições

Donald Trump esteve a jogar golfe enquanto Joe Biden era anunciado como o presidente eleito norte-americano.

Os jornalistas captaram o momento em que Donald Trump chegou à Casa Branca depois de uma manhã passada a jogar golfe, este sábado, ao mesmo tempo em que Joe Biden era anunciado como o presidente eleito norte-americano.

O presidente incumbente é primeiramente fotografado no veículo presidencial, ao telefone, enquanto passa pelas dezenas de pessoas que se reuniram em frente à Casa Branca para celebrar a vitória do democrata Joe Biden.

O líder republicano, de 74 anos de idade, mostra-se cabisbaixo, depois do processo eleitoral ter chegado a uma conclusão, ainda que seja uma conclusão com a qual não concorda. Algumas horas depois, Trump recorreu ao Twitter para afirmar que venceu as eleições, indicando que teve 71 milhões de votos legais, "o maior número de votos de um presidente em funções".

Joe Biden, sublinhe-se, é vencedor do voto popular (mais de 74 milhões de votos, o maior número de sempre para um candidato) e do voto colegial, segundo se projeta, tendo conseguido reconquistar estados como Pensilvânia, Michigan e Wisconsin.

Ainda assim, Trump mantém que foi vítima de fraude, em várias publicações no Twitter, que foram entretanto sinalizadas como enganadoras, por terem informações que não são confirmadas.

Notícias ao Minuto | Imagem: © REUTERS/Tom Brenner

Covid-19: EUA com 994 mortos e mais de 124 mil casos em 24 horas

Washington, 08 nov 2020 (Lusa) - Os Estados Unidos registaram 994 mortes causadas pela covid-19 e 124.372 casos, nas últimas 24 horas, indicou no sábado a contagem da Universidade Johns Hopkins.

O balanço, feito pelas 22:00 de sábado (03:00 de hoje em Lisboa), eleva para 237.019 o número total de óbitos no país e para 9.851.717 o número de casos contabilizados desde o início da pandemia.

Embora Nova Iorque não seja o estado com o maior número de infeções, continua a ser o que mais mortes registou, com 33.680. Só na cidade de Nova Iorque morreram 24.060 pessoas.

O Instituto de Avaliações e Métricas de Saúde da Universidade de Washington estimou que até o final do ano os Estados Unidos vão registar 325 mil mortos e 400 mil a 01 de fevereiro.

Covid-19: “Não está considerado nenhum encerramento das escolas” - Costa

PORTUGAL

Lisboa, 08 nov 2020 (Lusa) - O primeiro-ministro assegurou hoje que não está a ser considerado nenhum encerramento das escolas, salientando que o Governo pretende preservar o direito a estudar e a trabalhar, pelo que concentra as medidas mais restritivas ao fim de semana.

"Neste momento, não está considerado nenhum encerramento das escolas. O objetivo central que temos de ter ao controlar a pandemia é preservar a liberdade de estudar e o direito ao trabalho", afirmou António Costa, no final da reunião do Conselho de Ministros extraordinário que regulamenta as medidas do estado de emergência a vigorar entre segunda-feira e 23 de novembro.

O chefe de Governo afirmou que o objetivo é "garantir que o ano letivo não vai sofrer sobressaltos e que não há de novo interrupção generalizada na atividade profissional", com forte impacto no emprego.

"Temos de assegurar que essas medidas têm o menor impacto possível na vida das pessoas, por isso concentramos no fim de semana esse esforço acrescido", disse, considerando que o facto de se estar numa "época mais fria, mais chuvosa, menos solarenga" poderá ajudar ao cumprimento da medida.

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