O total de deslocados registados após o ataque armado a Palma, norte de Moçambique, subiu para 20.558, segundo a Organização Internacional das Migrações (OIM).
Estima-se que o total seja superior, por haver população que não chega a ser registada ou que ainda esteja escondida em locais remotos.
"Equipas [da OIM] nos distritos de Nangade, Mueda, Montepuez e Pemba continuam a registar um aumento significativo de chegadas de IDP [deslocados internos, na sigla em inglês] desde 27 de março", lê-se na mais recente atualização sobre a crise humanitária.
Esta sexta-feira (16.04) foram identificados 637 deslocados nos quatro distritos "elevando o número total para 20.558 pessoas", detalhou a OIM.
As crianças representam 43% do total e há 272 que estão sozinhas, separadas das respetivas famílias durante a fuga.
As vítimas da violência, forçadas a abandonar as suas terras, continuam a chegar a As vítimas da violência, forçadas a abandonar as suas terras, continuam a chegar a Nangade a pé, circulando depois parte deles de autocarro para Mueda, Montepuez e Pemba.
O corredor que parte de Palma em
direção a oeste via Nangade e depois para sudoeste, para Mueda e Montepuez,
continua a ser o principal eixo de fuga do distrito atacado em 24 de março
Ainda segundo a OIM, 75% dos deslocados vivem com famílias de acolhimento e há 664 idosos registados.
Apoio de Portugal
Portugal vai apoiar com 250 mil euros projetos de organizações não-governamentais para o desenvolvimento (ONGD) na província moçambicana de Cabo Delgado, ao abrigo do mecanismo de resposta rápida a emergências, foi hoje anunciado.
"Face ao agravar da situação na província de Cabo Delgado, em Moçambique, foi decidido ativar o Instrumento de Resposta Rápida (IRR) para Ações de Emergência, coordenado pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua", adiantou este organismo em nota.
"Através do IRR serão
disponibilizados 250 mil euros para financiar intervenções de ONGD
De acordo com o instituto Camões, a ativação do IRR soma-se a outros apoios que a cooperação portuguesa está a canalizar para esta província moçambicana, quer a nível bilateral, quer a nível multilateral através de diversas agências das Nações Unidas.
Deutsche Welle | Lusa
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