Portugueses, menores e vacinados

Pronto, a miudagem adolescente - e não só - já tem a vacina covid inoculada, até aprendeu a aplaudir o brigadeiro Melo da Task Force (tasca da força) - ainda estamos para saber essa anglofonia barata de certos e incertos cagões que parece terem asco à língua portuguesa com essa da Task Force, do Allgarve, etc., de tantas que até já cheiram mal, cheiram a esterco do pior. Bem, mas avancemos.

Pois é verdade, em Portugal a criançada adolescente está a ser massivamente vacinada contra o vírus que continuamos sem saber exatamente onde surgiu (qual a sua origem geográfica), nem sabemos exatamente se foi fabricado por laboratório ou se tem origem nesses megeros pangolins, de ratazanas ou de escarradores compulsivos Mas avancemos adiante, porque certo é que estamos todos (ou quase todos) a levar com as doses de vacinas recomendadas pelos tais da saúde...  O curioso é que chamam àquela coisa vacinas mas afinal depois voltamos a ser infetados com esse tal vírus contra o qual fomos vacinados... E agora já vamos para a terceira dose? E depois é para renovar ou revacinar de 6 em 6 meses? Boatos? Pois. Convém, porque assim ainda ficamos mais baralhados e no ponto pretendido de perfeitas baratas tontas.

Também é certo que cada vez menos confiamos nos sábios, e nos "sábios" que dizem assim e depois o seu contrário... Eles e elas, parece que em alguns temas são sábios(as) do cuspo, pelam-se por sair nos jornais, nas televisões... Pois. Salvem-se os(as) profissionais honestos(as) de verdade. Merecem, apesar de ser difícil saber os(as) que assim são.

Com esta pandemia o descrédito cresceu. Vimos muitos que se sabem sobre o covid e suas variantes, consequências, etc. não parece nadinha que saibam pela certa. O que parece é que têm canudos universitários saídos na Farinha Amparo. Triste. Deplorável, mas evidente e costumeiro.

Para acabar, porque a conversa pode ainda dar mais para o torto, o que aqui ressaltamos é a paciência do tal brigadeiro Melo. Fica demonstrado que se não fosse um militar a sério a organizar e controlar a cena da vacinação a confusão era mais que muita e que até podiam meter bagaço do pior nos frasquinhos e dizerem que era vacina covid... Pois. Olhem para o tal Queimódromo do Porto do Rui Moreira em campanha e à volta de amigalhaços... Pois, mas o melhor é dar o espaço ao jornalista do Expresso que hoje compôs o Curto. João Silvestre, do burgo do tio Pinto Balsemão. Bom dia, se conseguirem.

Certo é que temos mais uma valia. Passamos a ser o Portugal dos menores e vacinados contra o covid. Contra? É o que vamos ver, sentir, e talvez morrer.

Saúde.

MM | Redação PG

Bom dia este é o seu Expresso Curto

Isto é que é vacinar os jovens

João Silvestre | Expresso

Bom dia,

Foi o primeiro fim de semana de vacinação dos jovens entre os 12 e 15 anos. E, ao contrário dos soluços iniciais da direção-geral da Saúde na hora de recomendar as vacinas desta faixa etária, não houve grande hesitação entre os milhares que estiveram nos centros de vacinação. Uma lição de civismo dizia o vice-almirante Gouveia e Melo.

Neste momento, Portugal tem já metade (53,9%) dos jovens entre 12 e 19 com uma dose, 70% da população completamente vacinada e é o país do mundo com maior percentagem de vacinados com, pelo menos, uma inoculação. Confira aqui todos os números da vacinação.

Apesar do avanço da vacinação, os números da doença ainda não são tranquilizadores. Ontem o boletim diário da direção-geral da Saúde dava conta de mais nove mortes e 2112 novos infetados. Portugal avança esta segunda-feira para uma nova fase de desconfinamento. Conheça todas as medidas que entram em vigor neste guia interativo preparado pelo Expresso.

Uma das questões que muito se tem discutido é o fim do uso da máscara na via na pública. Alguns países já o fizeram. Portugal ainda não. As opiniões dividem-se, como revela o texto que o Expresso publicou na edição da última sexta-feira. Marcelo Rebelo de Sousa já disse que será um dos últimos a fazê-lo. Ele que, no arranque da pandemia, foi dos primeiros a defender o seu uso quando os sinais eram altamente contraditórios e a expressão “falsa sensação de segurança” era repetida até à exaustão.

Outro tema que muito se tem debatido é a eventual necessidade de uma terceira dose. Há países que já o estão a fazer. Em onze perguntas e respostas, o Expresso explica-lhe o que está em causa.

OUTRAS NOTÍCIAS

Cá dentro

O incêndio em Salvaterra de Magos, que chegou a obrigar a fechar a linha ferroviária em Vendas Novas, entrou em fase de resolução ontem ao final do dia.

Ontem foi dia de caos no aeroporto de Lisboa por causa de greve do SEF atrasou várias horas o desembarque dos passageiros.

Pablo Pichardo, vencedor da única medalha de ouro que Portugal trouxe dos Jogos Olímpicos em Tóquio, já voltou a ganhar. Venceu a Diamond League, o primeiro meeting depois dos Jogos, nos EUA.

Arrancou a 18ª edição do Indie Lisboa. Conheça os títulos que por lá vão passar até ao dia 6 de setembro.

O FC Porto empatou 1-1 com o Marítimo na Madeira. Sérgio Conceição queixou-se do relvado, que estava realmente em mau estado, e perde terreno para Sporting e Benfica que venceram os seus jogos (no sábado) e seguem na frente da classificação só com vitórias (e nove pontos).

Lá fora

O Afeganistão continua a marcar a atualidade internacional. O aeroporto de Cabul, onde já morreram 20 pessoas desde a chegada dos talibãs, continua a ser o centro de toda a tensão. Fala-se até de ameaças terroristas. A pressão é tanta que o Pentágono deu ordem para utilizar aviões comerciais na retirada de pessoas.

Em França e na Alemanha, houve ontem manifestações a pedir aos líderes políticos para abrirem corredores humanitários e para retirarem o maior número possível de pessoas Principalmente familiares de afegãos que já estão na Europa e todos aqueles que colaboraram com as tropas internacionais nas últimas duas décadas.

Para se ter uma ideia de como a vida mudou em Cabul numa semana, nada como ler a reportagem do El Pais. São muitas pequenas estórias de pessoas normais apanhados na grande história da apressada saída das tropas americanas do Afeganistão. Vale também ler com atenção o relato que o Politico faz da forma como Joe Biden e a sua equipa mais próxima viveram os dias caóticos que se seguiram à tomada de Cabul pelos talibãs.

A jornalista afegã, Lailuma Sadid, que o Expresso entrevistou, pede aos governos ocidentais que não reconheçam os talibãs. Saiba o que mudou na economia afegã nos últimos vinte anos, num conjunto de gráficos compilados pelo Financial Times.

Na Alemanha, uma sondagem do diário Bild da um empate entre conservadores e sociais-democratas nas legislativas alemãs marcadas para o final de setembro.

Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, defende continuidade de Jerome Powel à frente da Reserva Federal. O mandato de Powel termina em fevereiro .

O novo balanço do terramoto do Haiti aponta para 2207 mortes.

FRASES

“Fui dos primeiros a por a máscara e serei dos últimos a tirá-la”, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República

“Uma equipa com um relvado destes não quer proporcionar um bom espetáculo, nem está preocupada com a evolução do futebol”, Sérgio Conceição, Treinador do Porto depois do empate 1-1 com o Marítimo na Madeira

O QUE ANDO A LER

Colson Withehead passou pelo Expresso Curto há uns meses, em novembro do ano passado, a propósito do lançamento em Portugal de “Os Rapazes de Nickel”. Uma história passada durante os anos 60, nos EUA, num reformatório onde o racismo, a segregação e os abusos físicos se cruzavam diariamente.

“A Estrada Subterrânea” foi o livro que, em 2017, transformou Whitehead numa das vozes mais relevantes das letras americanas da atualidade. Deu-lhe o primeiro dos dois Pulitzers em 2017 (o segundo foi precisamente com "Os Rapazes de Nickel" em 2020). Conta a saga da Cora, uma escrava nascida numa plantação de algodão na Geórgia, que consegue fugir através de uma rede ferroviária subterrânea para libertar escravos.

É um retrato duro, cru, da realidade da escravatura nos EUA do século XIX. E concretiza, de forma literal, a ideia de Underground Railroad, o nome dado à rede de ativistas que ajudavam a libertar escravos. Aos olhos de hoje, quase parece uma distopia. Mas não é. E não foi assim há tempo.

Este Expresso Curto fica por aqui. Tenha uma excelente segunda-feira de agosto. Se estiver de férias, aproveite. Nós continuamos aqui: no Expresso, na SIC, na Tribuna e na Blitz.

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