Por enquanto, dos portugueses envolvidos nos “Pandora Papers” surgem citados três: Manuel Pinho, Nuno Morais Sarmento e Vitalino Canas (na imagem), Aguarda-se que sejam revelados mais, o que é facilmente expectável neste “pobre paraíso à beira-mar plantado”, onde existem vários tipos de justiça. A saber, pelo menos: uma para ricos, outra para políticos, outra para pobres. Comprovado e acreditação popular. (PG)
Guardiola, Shakira, reis e políticos vários. Os nomes dos "Pandora Papers"
O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação publicou um novo trabalho no qual revela uma lista com mais de quatro centenas de líderes mundiais, políticos e funcionários públicos, bem como uma série de celebridades e outros bilionários.
A lista mais relevante é a que identifica 14 líderes mundiais no ativo que esconderam fortunas de milhares de milhões de dólares para não pagarem impostos, mas há também desportistas como Pep Guardiola, treinador do Manchester City, artistas como Shakira ou a antiga modelo Claudia Schiffer. Entre as pessoas denunciadas destacam-se:
Um trio de políticos portugueses
O mapa dos "Pandora Papers" identifica três políticos portugueses com "segredos financeiros", políticos que o semanário "Expresso", que integra o consórcio ICIJ, diz serem Manuel Pinho, Nuno Morais Sarmento e Vitalino Canas.
A pesquisa efetuada pelo "Expresso" revela que Nuno Morais Sarmento, atualmente vice-presidente do PSD, foi o beneficiário de uma companhia offshore registada nas Ilhas Virgens Britânicas que serviu para comprar uma escola de mergulho e um hotel em Moçambique; Vitalino Canas teve uma procuração passada para atuar em nome de uma companhia, também registada nas Ilhas Virgens Britânicas, para abrir contas em Macau; e Manuel Pinho era o beneficiário de três companhias 'offshore' e transferiu o seu dinheiro para uma delas quando quis comprar um apartamento em Nova Iorque.
Celebridades e mafiosos
A cantora colombiana Shakira e a modelo alemã Claudia Schiffer detêm contas "offshore", mas os seus agentes garantem não se tratar de fuga aos impostos.
Com uma fortuna estimada em 800 milhões de euros em 2020 (segundo a Forbes), o cantor espanhol Julio Iglesias também surge na lista, associado a uma vintena de empresas "offshore" nas Ilhas Virgens, com a pretensão de organizarem o seu património.
No desporto, surgem Pep Guardiola, treinador do Manchester City, e a lenda do críquete indiana Sachin Tendulkar, que garante ter feito investimentos legítimos e declarados.
O chefe da máfia italiana Camorra, Raffaele Amato, que inspirou o filme e a série "Gomorra", recorreu a uma empresa-fantasma para comprar terrenos em Espanha. Condenado por vários assassinatos, cumpre atualmente uma pena de 20 anos de prisão.
Imagem: © TVI24
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