Arrancou, esta sexta-feira (03.12), na cidade da Beira, na província de Sofala, o terceiro congresso do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a terceira maior força política moçambicana.
O congresso, com duração de três dias, vai debater vários assuntos internos e externos do partido como a revisão pontual dos seus estatutos e a eleição dos membros de Conselho Nacional.
No discurso de abertura do congresso, o secretário-geral do MDM, José Domingos, que coordena as atividades do partido desde fevereiro, apelou ao debate de ideias sem olhar para interesses particulares.
Domingos disse: "Exorto ainda para que lutemos, a fim de promover a união, concórdia e coesão interna, criando alicerces para o fortalecimento do nosso partido perante os próximos desafios, que não serão poucos, nem fáceis”.
Os delegados do MDM vão também
analisar temas de interesse nacional, como os ataques armados
Corrida presidencial
Mas o ponto "mais alto" deste conclave será a eleição, este sábado (04.12), do presidente daquela formação política, em substituição do ex-líder do partido, Daviz Simango, falecido em fevereiro último, vítima de doença.
Concorrem ao cargo três candidatos: José Domingos, Lutero Simango e Silvério Ronguane. Todos prometem fortalecer o partido, caso ganhem a eleição.
"Ganhe o melhor”
Silvério Ronguane, membro da comissão política nacional, tem o apoio importante da delegação de Maputo e espera vencer a corrida. Ronguane considera ser um candidato de "consenso".
"Acredito que, ao sairmos daqui, vamos proclamar Silvério Ronguane como novo presidente do MDM”, acrescentou.
O também deputado no parlamento moçambicano pelo partido do galo, espera que "ganhe o melhor”, mas salienta a necessidade da participação de todos os militantes unidos, "porque, afinal de contas, somos todos importantes para construção desta família MDM”.
União precisa-se
Por seu turno, José Domingos, atual secretário-geral do partido, começou por apelar à união e ao perdão pelos desentendimentos assistidos no passado entre os membros e simpatizantes daquela formação política.
O actual coordenador do partido diz que "queremos um partido sustentável para responder a pleitos eleitorais”. Domingos adiantou ainda: "Queremos uma democratização muito séria, de modo a que cada um de nós perceba o que é ter o direito de eleger e ser eleito”.
José Domingos também está confiante na vitória, pelo que promete: "Vamos fazer tudo por tudo para sair este congresso com alegria e festa".
Feito o TPC
Lutero Simango, irmão do falecido presidente do MDM, Daviz Simango, considerou que a sua prestação é motivo suficiente para vencer a corrida à liderança do partido.
"Fiz o meu trabalho, interagi com os membros, apresentei as minhas ideias”, disse Simango, sublinhando: "Apresentei aquilo que posso fazer dentro do partido e também apresentei a minha visão em relação ao nosso belo país”.
O também chefe da bancada do MDM na Assembleia da República considerou que agora cabe ao congresso eleger o presidente do partido.
Arcénio Sebastião (Beira) | Deutsche Welle
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