domingo, 21 de março de 2021

Abram caminho para Kamala Harris, a presidente dos sonhos do Deep State

#Publicado em português do Brasil

Robert Bridge*

Com Biden mal ciente de seus arredores, é mera brincadeira de criança colocar Harris no papel de liderança

No que pode se tornar a virada política mais inesperada e, talvez, indesejada da história política americana, a vice-presidente dos EUA Kamala Harris, que nunca inspirou muita confiança na campanha presidencial de 2020, pode em breve encontrar-se, por inadimplência, a próxima presidente do Estados Unidos. O mundo deveria começar a orar pela continuidade da boa saúde de Joe Biden?

Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, entra na nona semana de sua "presidência sombra" sem uma única entrevista coletiva sob seu comando, enquanto profere um disparate absoluto quando é forçado a falar, a possibilidade de o vice-presidente Kamala Harris assumir as rédeas do poder - exatamente como muitos previram aconteceria - parece mais provável a cada dia que passa.

Chocantes 47 por cento dos eleitores dos EUA acreditam que "outros" estão tomando decisões por Biden nos bastidores, de acordo com uma pesquisa Rasmussen. Será que o vice-presidente Harris é o cérebro por trás da dupla, tomando as decisões difíceis? Isso parece altamente improvável. Como testemunhado na campanha que falhou em excitar a imaginação americana, Kamala Harris visivelmente carece de carisma, qualidades de liderança e a experiência diplomática necessária para navegar na Casa Branca por este tempo de crise apenas algumas semanas após o regime das bananas de Biden. No entanto, Harris é exatamente o tipo de "líder" que os poderes por trás do trono desejam desesperadamente após quatro anos da presidência de Donald Trump, que cortou as asas dos falcões, fechou a fronteira dos EUA para ilegais e reinvestiu na indústria manufatureira dos EUA - os desenvolvimentos pró-americanos que os globalistas mais temem.

“Diálogo estratégico” entre a Itália e a Arábia Saudita

Manlio Dinucci*

Na qualidade de maior comprador de armas do mundo, a Arábia Saudita suscita todas as ganâncias. Todos se esquecem da realidade desta terrível ditadura obscurantista. O dinheiro não tem odor.

em suscitado críticas o facto de Matteo Renzi, recebido em Riade por Sua Alteza Real, o Príncipe Mohammed bin Salman, ter elogiado a Arábia Saudita. Sem críticas, mas com um consenso substancial, quando o mesmo Renzi, como Primeiro Ministro e Secretário do Partido Democrata, se deslocou a Riade, em Novembro de 2015, para consolidar as relações entre os dois países. Contudo, nessa altura, a Arábia Saudita era essencialmente a mesma e já tinha começado a guerra contra o Iémen. A visita inseria-se na política tradicional da Itália de relações amigáveis com a Arábia Saudita e com as outras monarquias do Golfo. Basta recordar Emma Bonino que, na qualidade de Ministra dos Negócios Estrangeiros no Governo Letta, declarou em 2013 que "a Itália e a Arábia Saudita têm realmente muito em comum e há razões profundas para reforçar os nossos laços".

Na mesma linha insere-se a visita que o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luigi Di Maio, fez à Arábia Saudita a 10 de Janeiro (mais de duas semanas antes de Renzi). Não só se encontrou com o Príncipe Mohammed bin Salman, exaltando "o constante fortalecimento das relações de amizade e cooperação", mas também realizou um acto oficial muito mais importante: assinou com o Ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Príncipe Faisal bin Farhan, um memorando de entendimento sobre "diálogo estratégico" entre a Itália e a Arábia Saudita. Este acto, muito mais grave do que a declaração de Renzi sobre o "novo Renascimento" da Arábia Saudita, não suscitou críticas em Itália e passou praticamente despercebido.

Reorientações no Indo-Pacífico

Bernardo Pires de Lima* | Diário de Notícias | opinião

Fundado após o tsunami de 2004, o fórum que reúne EUA, Índia, Austrália e Japão reuniu-se há dias pela primeira vez ao nível de chefes de Estado e de governo. A subida de escalão político do Quad permitiu a Joe Biden sinalizar três pontos fundamentais neste "regresso da América".

Primeiro, o Indo-Pacífico é o eixo central das suas alianças estratégicas, sejam militares, comerciais, logísticas ou sanitárias. O desafio que a ambição de Pequim encerra e a consolidação da estabilidade na Europa orientam a política externa e de segurança americana nessa direção. Não foi à toa que dias depois o Reino Unido colocou o Indo-Pacífico no centro dos interesses estratégicos pós-Brexit, acompanhando a passada americana, aumentando a exigência nas capitais europeias, hiperexpectantes com o regresso apressado da América à Europa, o que nos obriga a atuar sempre que possível numa coordenação que maximize poder e influência nas grandes questões da globalização e sempre que impossível num quadro de cautela sobre os danos colaterais causados. Estas linhas relevam ainda mais a importância da Cimeira União Europeia-Índia e de uma aliança sustentada entre Lisboa e Nova Deli.

Segundo, a reunião do Quad mostrou que o crescimento do autoritarismo e dos regimes híbridos não tem de acorrentar uma resposta rápida no domínio militar. Foi isso que Biden transmitiu no encontro, centrado no potencial industrial de vacinas da Índia, na logística de distribuição australiana e na importância de uma rede de vasos comunicantes na região e fora dela capaz de contornar a preponderância chinesa na extração, aplicação e comercialização de terras raras e recursos naturais nas indústrias tecnológicas que marcarão o consumo e as economias nos próximos anos. A Austrália é, por exemplo, uma grande potência neste campeonato e merecia uma atenção redobrada da UE e da diplomacia portuguesa, não apenas no campo energético, mas igualmente económico: o seu ex-ministro das Finanças foi recentemente eleito secretário-geral da OCDE, com apoio americano (derrotando a sueca Cecilia Malmström), tendo Camberra também a liderança das associações internacionais de sindicatos e de câmaras do comércio.

Pela liberdade | Renúncia de académicos críticos de Modi gera polémica na Índia

A demissão de um professor da importante universidade indiana onde também lecionava o intelectual Pratap Bhanu Mehta, conhecido por ser crítico ao governo, levantou preocupações sobre a liberdade académica e educacional neste país asiático, conta hoje a agência espanhola EFE.

Num comunicado assinado também por Mehta, que também renunciou no início desta semana, a Universidade Ashoka dá conta hoje do seu "profundo pesar" pela renúncia do colega Arvind Subramanian.

"Reconhecemos que houve alguns erros nos processos institucionais que tentaremos corrigir em colaboração com todas as partes envolvidas", escreveu a instituição privada, especializada em artes liberais e ciências que foi criada em 2014 no estado de Haryana.

Recorde-se que Mehta já havia deixado o cargo de vice-reitor da mesma universidade em 2019, aparentemente por motivos semelhantes.

Mas a reação da instituição académica indiana não foi suficiente para encerrar a polémica sobre a renúncia do conhecido crítico de Modi, e que chegou a registar protestos estudantis.

Esta semana, Mehta afirmou, numa carta de demissão, publicada pelo jornal local Indian Express, que os seus artigos "em defesa de políticas que têm como objetivo exaltar os valores constitucionais em direção à liberdade e respeito igual para todos os cidadãos são interpretados como um risco".

Myanmar | Pelo menos 149 pessoas foram mortas desde o golpe de 1 de fevereiro

O número de mortos aumentou dramaticamente, há centenas de pessoas desaparecidas desde o golpe e a junta militar parece cada vez mais determinada a acabar com o protesto, diz a ONU.

Pelo menos 149 pessoas foram mortas pelas forças de segurança da junta militar que levou a cabo um golpe de Estado em Myanmar em 1 de fevereiro, 11 das quais nas últimas 24 horas, denunciou esta terça-feira a ONU.

O número de mortos aumentou dramaticamente, há centenas de pessoas desaparecidas desde o golpe e a junta militar parece cada vez mais determinada a acabar com o protesto, ignorando as muitas condenações internacionais, referiu a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, em conferência de imprensa realizada em Genebra.

“Centenas de pessoas foram detidas ilegalmente e continuam desaparecidas sem o reconhecimento das autoridades militares, o que equivale a desaparecimentos forçados”, afirmou.

“Conseguimos confirmar que pelo menos 149 pessoas foram arbitrariamente mortas desde 1 de fevereiro”, acrescentou, referindo que 11 das vítimas foram mortas na segunda-feira, 39 no domingo e 18 no sábado.

Sublinhando que os números da ONU “são conservadores” e se limitam apenas às mortes confirmadas (outras fontes falam de mais de 180 mortes devido às repressões dos protestos), Shamdasani garantiu que as forças de segurança “estão a aumentar o uso de armas letais contra manifestantes pacíficos”.

Dia Internacional contra a Discriminação Racial

O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial foi criado pela Organização das Nações Unidas e celebra-se em 21 de março em referência ao Massacre de Sharpeville. 

Massacre de Sharpeville

No dia 21 de Março de 1960, ocorreu no bairro de Sharpeville, na cidade de Johanesburgo, na África do Sul, um protesto, realizado pelo Congresso Pan-Africano. O protesto pregava contra a Lei do Passe, que obrigava os negros da África do Sul a usarem uma caderneta na qual estava escrito aonde eles poderiam ir.

Após um dia de manifestações contra as leis de passes, uma multidão de cerca de 7.000 manifestantes dirigiu-se ao podto de polícia. A polícia sul-africana abriu fogo contra a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 180. 

Fontes discordam quanto ao comportamento da multidão; alguns afirmam que a multidão estava em paz, enquanto outros afirmam que a multidão estava atirando pedras contra a polícia e que o tiroteio começou quando a multidão começou a avançar em direção à cerca ao redor do posto policial. 

Registaram-se 249 vítimas no total, incluindo 29 crianças. Muitos foram baleados nas costas enquanto fugiam.

O massacre foi fotografado pelo fotógrafo Ian Berry, que inicialmente acreditou que a polícia estava atirando balas simuladas. Mas não, eram balas verdadeiras.

Na atual África do Sul, 21 de março é celebrado como feriado público em homenagem aos direitos humanos e para comemorar o massacre de Sharpeville.

Covid - 19 | Portugal reporta 450 contágios e 6 óbitos nas últimas 24 horas

6 mortos. Este é o número mais baixo de mortes desde 10 de outubro

O boletim epidemiológico deste domingo já foi divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e deu conta de 450 novos casos (corresponde a uma variação de 0,06% face a ontem) e 6 mortes (representa uma variação de 0,04%) no espaço de 24 horas. Este é o número mais baixo de óbitos desde o dia 10 de outubro do ano passado.

Portugal totaliza nesta altura 817.530 casos confirmados e 16.768 vítimas mortais. 

Mais 395 pessoas foram dadas como recuperadas em 24 horas, o que elevou o total de recuperados para 767.319. 

Neste boletim verifica-se uma ligeira subida nos casos ativos para um total de 33.443 (mais 49). 

Também se registou um aumento no número de internamentos. Atualmente, 765 pessoas com Covid-19 estão internadas nos hospitais - mais 21 do que ontem. O número de pacientes nas unidades de cuidados intensivos manteve-se inalterado, são 170 nesta altura. 

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que notificou maior número de novas infeções e de mortes no último dia. Foram registados 154 casos de contaminação e mais três vítimas mortais. 

A região Norte deu conta de 144 casos e dois óbitos, enquanto que o Centro reportou 67 novos casos positivos e mais uma morte. 

Notícias ao Minuto

Portugal | Limitar perguntas tornou-se moda

Inês Cardoso* | Jornal de Notícias | opinião

No início da pandemia, o desconhecimento e o medo geravam tantas perguntas que a Direção-Geral da Saúde decidiu travar a avalancha, criando sistemas rotativos para que os diferentes órgãos de informação pudessem fazer perguntas.

Apesar das potencialidades da tecnologia, que permite o acesso remoto e tornou possível a realização de conferências de imprensa à distância, limitar o número de participantes ou obrigar a inscrição prévia foi-se tornando regra nas comunicações dos diversos organismos oficiais.

Um ano depois de uma pandemia que nos confrontou com limitações com que nem sonhávamos e nos levou a sacrificar tanto em nome da segurança sanitária, parecemos aceitar com naturalidade restrições que vão além do que prevê até a legislação do estado de emergência. O direito a informar e ser informado em momento nenhum foi limitado - não poderia sê-lo -, mas nem sequer entre os média se questiona esta moda de limitar o acesso dos jornalistas às fontes.

Qual a justificação para jornalistas sem inscrição antecipada para uma conferência de imprensa já não poderem fazer perguntas? Se a lei defende o acesso a fontes de informação, mais ainda tratando-se de fontes oficiais, que razões ditam a criação dos mais diversos entraves a uma participação alargada e plural no momento de questionar aquilo que é comunicado?

É o exercício da liberdade de imprensa que possibilita o escrutínio das palavras e dos atos dos titulares do poder, e contribui para a formação de uma opinião pública esclarecida e atuante. Um pensamento livre necessita da liberdade de informação, exige o acesso a factos credíveis e a opiniões sustentadas. O papel dos média é particularmente relevante num momento em que a amálgama criada pelas redes sociais baralha tantos conceitos, e em que os populismos e as fake news avançam tantas vezes de mãos dadas. Limitar o acesso a conferências de imprensa ou o número de intervenções não é um assunto menor. É um ponto mais numa vasta discussão sobre o valor da informação. Para a liberdade e para a democracia.

*Diretora JN

Cabo Verde | Candidatura presidencial de José Maria Neves: Março auspicioso Março!

O próximo e novo governo, vai herdar uma situação muito complexa, em que é preciso uma voz autorizada para ajudar na criação dos consensos fundamentais e a gerir o conatural conflito político Situação versus Oposição, por forma a que este não se exacerbe artificialmente e conduza a mais oportunidades perdidas para a Nação. José Maria Neves é esse líder!

José Maria Pereira Neves apresentou-se aos cabo-verdianos, como estadista de corpo inteiro, fazendo o tão ansiado anúncio de sua candidatura à Presidência da República.

Não frustrou as enormes expectativas dos milhares que aguardavam por esse dia, essa mensagem e esse Candidato!

Com a sua habitual maestria comunicacional, sereno, convicto e determinado, disse ao que vem, das suas motivações, dos tempos difíceis que a Nação enfrenta e do imperativo de um Presidente da República que não se queda, que não se deve ficar tão-somente no papel de árbitro do sistema de governo, por mais importante que seja essa função. Um Presidente ouvidor, que convoca, congrega e mobiliza todas as energias da Nação na luta, primeiro, para debelar a Pandemia e ultrapassar os seus impactos sociais, psicológicos e económicos terríveis; segundo para dar o salto que o país precisa, na senda do Desenvolvimrnto.

Se a vertigem do Mundo Global trouxe incertezas, o Mundo Global Pandémico viu essas incertezas crescerem exponencialmente.

Um líder deste Mundo actual tem de protagonizar, para ser bem-sucedido, uma liderança (passe a redundância) que rompe com o perfil de líder acomodado no business as usually do final do século XX. Mormente se for um líder de um pequeno país insular, submetido a um complexo de vulnerabilidades e fortemente dependente, ainda, da Ajuda Pública ao Desenvolvimento, da Remessa dos Emigrantes (fiduciária e em espécie) e do Turismo.

Covid-19 | Cabo Verde em condições de iniciar vacinação em todas as ilhas

Seis profissionais de saúde já foram vacinados na Cidade da Praia, mas a campanha de vacinação arranca oficialmente esta sexta-feira com doses da Pfizer em todo o país. Governo aguarda análise à vacina da AstraZeneca.

"A prioridade é para os profissionais de saúde, depois os profissionais mais sujeitos a situações de risco. Há um plano e nós vamos seguir esse plano", afirmou o primeiro-minitros Ulisses Correia e Silva, esta quinta-feira (18.03), depois de assistir ao lançamento público deste plano de vacinação, com os seis primeiros profissionais de saúde a receberem a vacina da Pfizer, num centro de saúde da Praia.

Cabo Verde recebeu 24.000 doses da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca em 12 de março e 5.850 da Pfizer dois dias depois, com o plano de vacinação nacional a iniciar-se oficialmente em 19 de março e assumindo o Governo a meta de vacinar 70% da população até final deste ano.

"Neste momento, todas as ilhas estão em processo de receberem as vacinas. O processo iniciar-se-á em todas as ilhas amanhã [sexta-feira], com os profissionais de saúde, assim como está planeado no plano nacional de vacinação", afirmou o chefe do Governo, sublinhando que "é um grande momento, que deve ser assinalado com muita confiança".

Covid-19 | Guiné-Bissau recebe domingo 12.000 doses da vacina Astrazeneca

A Guiné-Bissau recebe domingo 12.000 doses da vacina Astrazeneca, doadas por uma empresa de telecomunicações que opera no país, anunciou o Alto Comissariado para a Covid-19.

A Guiné-Bissau recebe domingo 12.000 doses da vacina Astrazeneca, doadas por uma empresa de telecomunicações que opera no país, anunciou este sábado o Alto Comissariado para a Covid-19.

“O país irá receber 12.000 doses de vacina Astrazeneca, uma doação do grupo sul-africano MTN”, que tem estado a apoiar o combate à pandemia através da União Africana, refere, em comunicado divulgado à imprensa, o Alto Comissariado.

“O Alto Comissariado para a COVID-19 e o Governo continuam a mobilizar esforços junto dos parceiros para garantir uma cobertura vacinal no país que esteja em linha com as orientações da Organização Mundial da Saúde e que garanta uma imunidade de grupo”, salienta o comunicado.

A Guiné-Bissau aprovou o uso de três vacinas, homologadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), contra a infeção provocada pelo novo coronavírus, nomeadamente a Pfizer/BioNTech, Astrazeneca/Oxford e AstraZeneca do Serum Institute da Índia.

"Há um grupo de bandidos que pensa que pode desestabilizar a Guiné-Bissau"

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que há um "grupo de bandidos que pensa que pode desestabilizar" a Guiné-Bissau, que não há cultura de rapto e que espancamento de jornalistas é lamentável.

"Na Guiné-Bissau não temos a cultura de rapto. Espancamento de jornalistas é lamentável. Mas há um grupo de bandidos que pensa que pode desestabilizar este país, o que não é verdade, ninguém pode desestabilizar este país", afirmou Umaro Sissoco Embaló, salientando que se acontecer alguma coisa ninguém vai sair do território nacional.

O chefe de Estado guineense falava à comunicação social no Palácio da Presidência, depois de questionado sobre os ataques ocorridos recentemente no país.

"Este país está cansado de perturbações por parte de seis pessoas. A campanha eleitoral acabou. Eu sou o Presidente da Guiné-Bissau durante os próximos anos. Estão a acusar o meu segurança de ter espancado o jornalista [Adão Ramalho], esse estava comigo em Dacar", disse.

No dia 12, o jornalista guineense Adão Ramalho foi espancado pelas forças de segurança, quando fazia a cobertura da chegada ao país de Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

"É para ver a capacidade de manipulação e de intriga. Eu não sou homem de violência", salientou o Presidente.

Angola | Ruas de Luanda voltam a ser palco de protestos contra governação

Dezenas de angolanos saíram às ruas este sábado (20.03) para exigir justiça em alegados casos de corrupção, e pedir eleições autárquicas. Novas manifestações contra o Governo são previstas para as próximas semanas.

Dezenas de manifestantes concentraram-se este sábado (20.03) no Largo do Cemitério da Santa Ana com destino à Praça da Independência - o local onde foi proclamada a Independência angolana, em 1975, pelo então Presidente da República de Angola e do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), António Agostinho Neto.

A marcha aderida por jovens, políticos, líderes associativos e zungueras percorreu a avenida Diolinda Rodrigues, uma das maiores de Luanda.

"O que está por detrás desta marcha é exigir ao Presidente eleições autárquicas já e sem rodeios", disse o ativista Geremias Benedito, conhecido por "Dito Dalí".

Durante a marcha foram entoados cânticos como "se a polícia limpa o lixo, a culpa é do MPLA", numa alusão aos agentes da polícia e das Forças Armadas Angolanas (FAA) que ao longo da avenida retiravam os residuos sólidos que se registam neste momento na capital angolana. Nos últimos meses, o excesso de lixo está a gerar debates sobre este problema em Luanda. 

MPLA recomenda rapidez para resolver problema do lixo em Luanda

MPLA pede agilidade para resolver problema do lixo na capital, já verificado há cerca de três meses. Em dezembro de 2020, Luanda anunciou a suspensão dos contratos com empresas por incapacidade de honrar compromissos.

De acordo com o comunicado da reunião orientada pela vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Luísa Damião, o assunto da recolha e tratamento de resíduos sólidos em Luanda, capital do país, foi analisado, e os participantes tomaram conhecimento das medidas em curso para a solução do problema.

Segundo a informação, avançada pela agência de notícias Lusa na noite desta sexta-feira (19.03), a nota do partido realçou que as informações incidiram, sobretudo, no procedimento do concurso para a implementação do novo modelo de limpeza pública. Além da higienização, controlo de vetores e gestão dos resíduos sólidos, com término previsto para dia 25 deste mês, com a celebração dos contratos das operadoras aprovadas.

Na semana passada, o governo provincial de Luanda informou que recebeu a proposta de 39 empresas para recolher resíduos sólidos na capital angolana, de um concurso lançado em fevereiro passado.

EUA incluem grupo armado de Cabo Delgado na lista do terrorismo global

Departamento de Estado norte-americano classifica grupos armados em Moçambique e RDC como organizações terroristas. Comunicado salienta que "ISIS-RDC" e "ISIS-Moçambique" seriam grupos com origens distintas.

Os Estados Unidos adicionaram oficialmente esta quarta-feira (10.03) dois grupos extremistas islâmicos na sua lista de organizações terroristas - um atua na República Democrática do Congo (RDC) e o outro em Moçambique. Segundo o Governo americano, ambas as organizações são acusadas de terem vínculos com o "Estado islâmico" (ISIS).

Os EUA designaram como terrorista o grupo armado em Moçambique conhecido como Ansar al-Sunna ou Al-Shabab – como são chamados localmente - e o seu líder, que apontam como Abu Yasir Hassan.

A nota do Departamento de Estado norte-americano responsabiliza o grupo armado pela morte de 1.200 civis desde 2017 e estima que "mais de 2.300 civis, membros das forças de segurança e suspeitos militantes foram mortos desde que o grupo terrorista iniciou a sua violenta insurgência extremista".

As Forças Democráticas Aliadas (ADF) da RDC e o seu líder Seka Musa Baluku também foram "especificamente designados terroristas globais" pela nota.

Covid-19: Mais três mortos e 265 casos em Moçambique

Maputo, 20 mar 2021 (Lusa) – Moçambique registou três mortos por covid-19 e 265 casos de infeção nas últimas 24 horas, segundo o boletim de atualização diária sobre a pandemia divulgado pelo Ministério da Saúde.

As três vítimas mortais são de nacionalidade moçambicana, com 53, 72 e 73 anos, cujos óbitos foram declarados na sexta-feira e hoje.

Moçambique passa a ter um total acumulado de 743 mortes e 66.064 casos, dos quais 79% recuperados e 136 internados (a maioria em Maputo).

Desde março de 2020, Moçambique já testou 464.194 casos suspeitos, dos quais 1.999 nas últimas 24 horas.

A pandemia de covid-19 provocou mais de 2,7 milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 122,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Macau | Candidatos ao parlamento que apoiem protestos de Hong Kong arriscam exclusão

Todos os candidatos que "disserem algo que está a contrariar a lei têm a possibilidade de serem desclassificados". Tong Hio Fong avisou os deputados macaenses que a lei requer o respeito pela China.

Os candidatos ao parlamento de Macau que expressem apoio aos protestos antigovernamentais e pró-democracia de Hong Kong podem ser excluídos, avisou esta quinta-feira o presidente da Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL).

Se está a apoiar os protestos de Hong Kong, então está já a violar as disposições da Lei Básica. Ou seja, a ordem constitucional”, afirmou Tong Hio Fong aos jornalistas, no final de uma reunião da comissão.

“Conforme a lei eleitoral, todos os candidatos têm de declarar que está a defender a lei básica e fiel à RAEM [Região Administrativa Especial de Macau], bem como à RPC [República Popular da China], sublinhou o juiz, que liderou a CAEAL nas eleições de setembro de 2017 e na eleição suplementar de novembro de 2019.

Tal significa, explicou, que “todos os candidatos, se disserem algo que está a contrariar a lei, então têm a possibilidade de serem desclassificados”.

Covid-19: Autoridades timorenses anunciam 55 novos casos, maior número de sempre

Díli, 21 mar 2021 (Lusa) – As autoridades timorenses anunciaram hoje terem detetado nas últimas 24 horas 43 novos casos da covid-19 em Díli, onze em Baucau e um em Viqueque, elevando para 206 o número total de casos ativos no país, novos máximos.

Rui Araújo, coordenador da equipa para a Prevenção e Mitigação da covid-19 da Sala de Situação do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), explicou que nas últimas 24 horas três pacientes recuperaram da doença.

O maior número de casos registados, um total de 26, ocorreu na Aldeia 20 de setembro (Bebonuk), em Díli depois de um amplo rastreio de contactos na zona.

Na sequência da deteção dos casos, efetivos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) realizaram uma operação no bairro de Bebonuk, considerada “zona vermelha”, para apoiar as equipas de vigilância no rastreio de contactos de pacientes positivos.

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