quarta-feira, 19 de maio de 2021

Israel está travando uma guerra contra a verdade em Gaza

# Publicado em português do Brasil

Por que Israel visou edifícios que abrigam organizações de mídia em Gaza?

SultanBarakat* | Aljazeera | opinião

Em 15 de maio, ataques aéreos israelenses destruíram a torre al-Jalaa, um prédio de 11 andares que abrigava os escritórios da Al Jazeera e da Associated Press na Faixa de Gaza. Poucos dias antes, os militares israelenses também bombardearam as torres al-Henday, al-Jawhara e al-Shorouk, que juntas abrigavam mais de uma dúzia de agências de notícias locais e internacionais.

As torres visadas por Israel estavam entre um punhado de arranha-céus que foram construídos na faixa de Gaza nos últimos 20 anos para atender às necessidades comerciais, sociais e educacionais da população local.

Antes dos ataques, essas torres eram alguns dos poucos locais no enclave bloqueado que desfrutavam de serviços relativamente ininterruptos, em particular, eletricidade fornecida por seus próprios geradores. Como resultado, eles atraíram centenas de famílias como residentes e estavam hospedando não apenas vários escritórios de mídia, mas também várias empresas locais, escritórios de advocacia, laboratórios médicos e organizações da sociedade civil. Também servindo como um centro cultural e social, eles eram fundamentais para a vida diária de muitos jovens de Gaza.

Israel | Netanyahu "determinado" em continuar com operações em Gaza

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, manifestou hoje a sua "determinação" em continuar com as operações militares em Gaza, contrariando os apelos do Presidente norte-americano, Joe Biden, para as diminuir de intensidade no conflito israelo-palestiniano.

Os comentários de Netanyahu marcam o primeiro conflito público entre os dois aliados desde o início da luta na semana passada e podem complicar os esforços internacionais para chegar a um cessar-fogo, observa a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP).

“Aprecio muito o apoio dos Presidente norte-americano, mas Israel vai continuar a lura para devolver a calma e a segurança aos cidadãos de Israel. Estamos determinados em continuar com as operações militares até atingirmos o nosso objetivo”, disse Netanyahu, após uma visita a um quartel.

Portugal | A arrogância é surda

Duarte Caldeira | AbrilAbril | opinião

O Governo possui uma base para implementar o Sistema de Gestão Integrada de Incêndios Rurais. Quando o choque com a realidade se tornar imperativo, lembraremos alertas feitos e não devidamente ouvidos.

o passado dia 6 de maio, a Assembleia da República aprovou por maioria, com os votos a favor do PS e as abstenções do PSD, IL e das duas deputadas não inscritas, uma proposta de lei do Governo que «estabelece o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) no território Continental e define as suas regras de funcionamento».

Esta proposta de diploma visa conceder ao Governo a «autorização legislativa para o estabelecimento de disposições destinadas a assegurar o funcionamento das redes de defesa contra incêndios rurais, a prevenção e segurança de pessoas, animais e bens em situação de perigo elevado de incêndios rural e a responsabilização pelo incumprimento dos deveres relativos à prevenção de incêndios rurais».

À proposta de lei foi anexo o designado «Decreto Lei Autorizado», no qual o Governo detalha o funcionamento do SGIFR.

Portugal | Novo Banco: venda a privados contraria interesse público

As recentes audições a Carlos Costa, Mário Centeno e António Ramalho permitem concluir, uma vez mais, que o Estado está a pagar quase o mesmo que custaria a nacionalização, mas perdendo activos e receitas.

Desde segunda-feira têm sido ouvidos na comissão de inquérito ao Novo Banco, na Assembleia da República, o antigo e o actual governadores do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa e Mário Centeno (este também ex-ministro das Finanças aquando da venda do banco), e o actual presidente do Novo Banco, António Ramalho.

À medida que avançam as audições neste âmbito, mais sustentada fica a ideia de que só o controlo público da instituição bancária defende o interesse público.

Mário Centeno, que advoga que este tem sido um processo «penoso» a nível social, político e financeiro, chegou a afirmar, quando questionado pelo deputado do PCP Duarte Alves, que se ponderou o cenário da nacionalização.

Todavia, o ex-ministro das Finanças explicou que não se optou pelo controlo público do banco porque «os custos seriam demasiado elevados», revelando que teria implicado uma despesa do Estado entre quatro a cinco mil milhões de euros. Para além do que, para o actual governador, seria problemático não ser o Fundo de Resolução a financiar os impactos e problemas do banco.

Portugal | HOJE há mais duas mortes por covid-19 e 511 novos casos de infeção

Covid-19: Rt acima de 1 em dia com aumento de casos e dois mortos

Esta quarta-feira há mais duas mortes por covid-19 e 511 novos casos de infeção. Incidência e Rt a subir. Hospitalizações diminuem.

Portugal regista um total de 17.013 óbitos associados à doença covid-19 e 843.278 infeções pelo coronavírus SARS CoV-2 desde o início da pandemia, sem março de 2020, segundo o balanço da Direção-Geral da Saúde.

As duas vítimas mortais das últimas 24 horas - uma mulher entre 60 e 69 anos e um homem entre os 70 e 79 anos - foram reportadas no Norte e no Centro.

Dos 511 novos casos positivos confirmados, 250 dizem respeito à região de Lisboa e Vale do Tejo, que tem agora um total acumulado de 318.548 infeções. Segue-se o Norte com mais 143 casos notificados (338.675), o Centro com 40 (119.351), o Algarve com mais 27 (22.062), os Açores com mais 24 (5111), a Madeira com mais 17 (9527) e o Alentejo com mais 10 casos (30.004).

Rui Moreira Selminho Conflito de Interesses… Só? Que raio de nome!

Expresso Curto abre com novela “Selminho de Portugal”. O autor do Curto é José Cardoso, do Expresso, o título que lhe damos no PG é o que está acima, a imagem é do senhor Selminho, um estranho nome e uma estranha história que até desagrada à juíza que está a tratar do "drama". Não tarda a ser mudada - a juíza, retirada do processo… É só uma previsão. Um palpite que o povoléu já está a dar. Nada de admirar. Um bitate a que o PG se associa. 

Agora deixamos toda a lavra para o Curto. É de ler. Há muito conteúdo e bom. Até a UE tem um buraco. E Espanha. Bem, acerca de buracos a UE é uma das campeãs no mundo e defeca por todos eles. Maus odores. Fiquem com um bom dia, se conseguirem. (PG)

Moreira às voltas com a imobiliária e Espanha (e Europa) às voltas com um buraco na parede

José Cardoso | Expresso

Bom dia,

Bem-vindo ao seu Expresso Curto, o habitual guia das manhãs sobre o que de mais importante se está a passar em Portugal e no Mundo. Dois acontecimentos têm estado a marcar a atualidade: o “caso Selminho”, do nome da imobiliária da família do presidente da Câmara do Porto, pelo qual Rui Moreira vai ser julgado; e a passagem para a cidade espanhola de Ceuta, no norte de Marrocos, de milhares de migrantes ilegais concentrados lá mesmo ao lado, para lá das cercas de arame farpado, à espera de uma oportunidade para darem o salto para a Europa. A oportunidade surgiu, passaram uns milhares, muitos já foram recambiados.

A SELMINHO DE MOREIRA

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, vai mesmo ser julgado no “caso Selminho” – e pode perder o mandato. Para já, a juíza que tomou a decisão diz ser “solidamente previsível” que o presidente da câmara do Porto seja condenado. Rui Moreira retorque que a decisão de o levar a tribunal é “um insulto e uma infâmia” e que isso não vai travar a sua recandidatura nas autárquicas de outubro. Se não conhece muito bem os contornos do caso, tem AQUI tudo explicado, em 16 perguntas e outras tantas respostas

O BURACO NA PAREDE DA EUROPA

A origem do que aconteceu em Ceuta parece ter já algum tempo. O líder da Frente Polisário, o movimento saraui que luta há décadas pela independência do Sara Ocidental - de que o regime marroquino nem quer ouvir falar - , Brahim Ghali, apanhou covid-19. Os sarauis pediram ajuda a Espanha, Ghali foi levado para Espanha numa operação secreta, os marroquinos descobriram e o Rei Mohamed VI ficou muito zangado. Mas o melhor é ler a história AQUI.

Por parte de Espanha – ou seja da Europa, porque Ceuta é uma das portas de entrada, ainda em território africano, no continente europeu – o que está a fazer e o que pode fazer?

Moçambique | Há corrupção na distribuição da ajuda humanitária em Cabo Delgado

João Mosca revela que os deslocados estão envolvidos no esquema de corrupção. O investigador denuncia ainda que o Governo impede ONG de distribuir apoio, ação permitida apenas as instituições públicas e Exército.

Estima-se que o terrorismo no norte de Moçambique fez até agora cerca de 800 mil deslocados internos. Faltam ao Governo recursos para apoiar adequadamente esse grupo, mas privados, associações e orgnizações não governamentais nacionais e internacionais têm prestado assistência humanitária, colmatando um pouco as dificuldades do Executivo. 

Com o tempo, vários fenómenos vão nascendo nas campos que acomodam os deslocados. O investigador da ONG Observatório do Meio Rural (OMR), João Mosca, conta, por exemplo, que existem famílias deslocadas na província a registarem-se mais do que uma vez para receberem ajuda. O objetivo é colocar os produtos oferecidos no esquema de corrupção. A DW África entrevistou João Mosca:

DW África: Na atual situação de terrorismo em Cabo Delgado é difícil estimar número de deslocados internos...

João Mosca (JM): Os números de deslocados oficialmente referidos são superiores àqueles que podem ser efetivamente, considerando a população existente em Cabo Delgado, entre distritos e localidades. Se somarmos a população existente antes do conflito e aqueles que hoje dizem que permancem nos seus locais, que não foram afetados pelo conflito, a soma é muito superior a soma que estes locais possuem. Isso signifca que há pessoas a registarem-se em mais do que um sítio com as suas famílias a fim de receberem mais alimentos do que receberiam em casos de famílias individuais. A mesma família pode registar-se em vários sítios no sentido de receber duas ou três vezes mais ração a que teria direito. Daí pode se gerar todo um processo de negócio que já está a acontecer entre os próprios deslocados de guerra.

Serviço de Investigação Criminal notifica jornais privados em Angola

Representantes do "Hora H", "Club K" e "A Denúncia" foram chamados a prestar esclarecimentos sobre reportagens. Duas matérias referem-se a casos de alegada usurpação de terras.

Três órgãos de comunicação privados angolanos têm de prestar esclarecimentos no Serviço de Investigação Criminal (SIC): o jornal "Hora H", o "Club K" e o portal "A Denúncia". 

Lucas Pedro, do "Club K", foi ouvido esta terça-feira (18.05). Em entrevista à DW África, disse que foi ouvido por causa de uma matéria que o órgão noticiou, pela primeira vez, em janeiro.

"Publicámos ainda no mês subsequente e, em março, publicámos o direito de resposta [sobre as] duas matérias", afirma.

As matérias referiam-se a um empresário acusado de usurpar o espaço de um camponês para a construção de um shopping em Luanda. O empresário desmente as alegações.

Carlos Alberto, diretor do portal "A Denúncia", também foi ouvido esta terça-feira pelo SIC. O processo foi movido por Luís Mota Liz, vice-Procurador da República de Angola.

Em causa está uma matéria sobre uma suposta usurpação de terreno por parte do magistrado para a construção de um centro comercial. O caso foi denunciado em 2018 pelo portal Maka Angola, do jornalista Rafael Marques. O vice-Procurador nega as acusações.

CNE angolana gasta quase nove milhões de euros para comprar 125 viaturas

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola abriu um concurso público no valor estimado de sete mil milhões de kwanzas - cerca de 8,8 milhões e euros - para adquirir 125 viaturas para as eleições gerais de 2022.

De acordo com o anúncio publicado nesta terça-feira (18.05) no Jornal de Angola, o concurso público está aberto apenas a entidades angolanas e o prazo de execução do contrato é de três meses. 

Cada uma das 125 viaturas todo-o-terreno, tendo em conta o valor estimado do contrato, deverá custar 56 milhões de kwanzas - cerca de 70 mil euros. Serão usadas no processo de supervisão do registo eleitoral presencial e pré-mapeamento das assembleias de voto para as eleições gerais de 2022.

"Rei" Obiang prepara a sua sucessão: O filho, Teodorin, será o novo ditador "democrático"

Ativista da Guiné Equatorial denuncia "debate monárquico" sobre sucessão de Obiang

A advogada e ativista da Guiné Equatorial Maria Jesús Bikene denunciou, em entrevista à agência Lusa, o que considera um "debate monárquico" da sucessão de Teodoro Obiang por um dos seus filhos e reclamou eleições livres, democráticas e transparentes.

Teodoro Nguema Obiang Mbasogo, 78 anos e no poder há mais de 40, foi reeleito em 2016 para um novo mandato de sete anos, mas os recorrentes rumores sobre o seu estado de saúde alimentam o debate sobre a sua sucessão para a qual estará alegadamente a preparar o filho e atual vice-presidente, Teodoro Nguema Obiang Mangue, conhecido como `Teodorin`.

Nesta equação tem surgido igualmente o outro filho e atual ministro das Minas e Hidrocarbonetos, Gabriel Obiang, cuja discrição contrasta com a vida excêntrica do irmão - alvo de processos judiciais por alegado desvio de bens públicos - mas que recentemente viu o seu nome envolvido num alegado esquema de corrupção denunciado numa investigação do jornal Expresso com o consórcio OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Project).

"Isto não é nada normal. Isto não é uma monarquia, por favor! Isto é uma república", insurgiu-se Maria Jesús Bikene, em declarações à agência Lusa.

"O que queremos é que haja eleições livres, democráticas, transparentes e que o povo possa livremente eleger o candidato que mais os convença. Isto é o que desejamos nestes país e não que o poder passe de pai para filho", reclamou

Nas últimas eleições, Teodoro Obiang, que liderou uma coligação de 10 partidos, incluindo o Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), de que é fundador, foi eleito com 90% dos votos.

"Esta coligação de partiditos satélites são chamados de oposição, mas apoiam e fazem as mesmas políticas do PDGE", afirmou.

Sissoco Embaló confia em novos investimentos após visita de Rebelo de Sousa

Presidente guineense diz que Portugal pode ser "promotor privilegiado" do desenvolvimento social e económico. PAIGC classifica visita como "inoportuna" porque disfarçaria a realidade de violações de direitos humanos.

O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, terminou esta terça-feira (18.05) uma visita oficial de 24 horas à Guiné-Bissau. O chefe de Estado afirmou que se sentiu honrado com a medalha Amílcar Cabral - a mais alta distinção do Estado guineense - que recebeu das mãos do homólogo da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.

Num discurso no Palácio da República, em Bissau, Rebelo de Sousa disse que haverá esforços para intensificar a cooperação entre os dois países.

"Na área de saúde, que tanto nos preocupa com a pandemia [da Covid-19]. Vamos trabalhar ainda mais na educação, com a criação de uma escola portuguesa aqui em Bissau. Vamos trabalhar ainda mais na formação, na reforma administrativa, no aperfeiçoamento do Estado de Direto e Democrático. Vamos trabalhar nas infraestruturas, nas águas ou nas energias renováveis e no turismo", disse o chefe de Estado português.

O ministro da Defesa guineense, Sandji Fati, anunciou que os dois países também deverão assinar em breve um acordo de cooperação para formar e capacitar os militares guineenses.

PAIGC acusa Marcelo de "branquear" situação na Guiné-Bissau

A visita de Marcelo Rebelo de Sousa à Guiné-Bissau, a primeira de um chefe de Estado português em mais de 30 anos, não está a ser pacífica.

O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), maior partido da oposição do país, entregou uma carta aberta, dirigida ao Presidente da República português, a contestar a visita oficial de Marcelo Rebelo de Sousa.

O PAIGC considera que a visita do Presidente português à Guiné serve apenas o propósito de branquear a ação do Governo de Bissau desde que chegou ao poder.

Em declarações à TSF, Odete Semedo, vice-presidente do PAIGC, questionou o motivo da visita do chefe de Estado português ao país.

"Marcelo Rebelo de Sousa deveria pensar um pouco nos países de língua portuguesa, especialmente a Guiné-Bissau, porque não vem cá há anos. Este é o segundo mandato dele. Vem agora porquê?", interrogou.

"Nós não estamos a dizer que Portugal é culpado [pela atual situaçã na Guiné-Bissau], não. Mas estamos a protestar contra um indivíduo que é um académico, que é um constitucionalista, que conhece as leis, que deve conhecer as políticas dos países africanos de língua portuguesa e que deveria, pelo menos, não branquear aquilo que está a acontecer hoje na Guiné-Bissau", contesta.

Novo Governo de Cabo Verde tem 28 membros e mais mulheres

O novo executivo cabo-verdiano "gerará alguma despesa a mais, mas trará mais eficácia", afirma o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva.

O novo Governo cabo-verdiano, que continuará a ser liderado por Ulisses Correia e Silva (MpD), vai ser composto por 28 membros, contra os 20 que iniciaram a legislatura anterior, com o número de mulheres a subir de quatro para nove.

"Gerará alguma despesa a mais, mas trará como contrapartida mais eficácia, maior eficiência e melhores resultados da governação", disse o primeiro-ministro depois de apresentar ao Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, a lista dos membros do Governo (ministros e secretários de Estado) para a X legislatura.

A posse do novo Governo está agendada para quinta-feira, 20 de maio, e resulta das eleições legislativas realizadas em 18 de abril, que o Movimento para a Democracia (MpD) venceu com maioria absoluta de deputados à Assembleia Nacional. 

Forças Armadas investigam vídeos de teor sexual e maus tratos a soldados

As Forças Armadas de Cabo Verde anunciaram, ontem, uma investigação a vídeos nas redes sociais com maus tratos e alusão a atos sexuais praticados por soldados. Prometem punição exemplar aos mandantes.

O gabinete do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas informou, em comunicado, nesta terça-feira (18.05) que tomou conhecimento de um "vídeo hediondo", onde soldados abusam de "forma vergonhosa" dos seus colegas mais novos, ordenando-lhes para fazerem atos contra a sua vontade. 

"De imediato foi ordenada a averiguação sobre tais situações, para se determinar a data dos factos, os seus autores, o local e os factos indiciadores de responsabilidades disciplinares, criminais, e demais responsabilidades inerentes", garantiu. 

As Forças Armadas cabo-verdianas sublinham que os regulamentos militares proíbem de forma explícita e veemente todos os comportamentos constantes dos vídeos, sendo puníveis nos termos do Código de Justiça Militar e do Regulamento de Disciplina Militar em vigor. 

Além disso, lembra que o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Anildo Morais, proibiu qualquer tipo de sevícias, sanções corporais, ofensas à integridade física ou moral, a prisão arbitrária e castigos físicos excessivos nas Forças Armadas.

"Importa ressalvar que os factos constantes do referido vídeo não ocorreram a mando de qualquer superior hierárquico, ou no âmbito de instrução, sendo factos condenáveis, vergonhosos e violam todos os princípios que enformam a instituição militar", salientou a mesma fonte.

Cimeira França-África: 100 mil milhões de dólares para África?

A Cimeira França-África, que decorreu esta terça-feira (18.05), terminou com um plano para ajudar o continente africano a ultrapassar os efeitos económicos deixados pela pandemia da Covid-19. 

A Cimeira França-África reuniu em Paris, esta terça-feira (18.05), mais de 20 líderes africanos, chefes de Estado europeus, o Fundo Monetário Internacional e a União Africana.

O objetivo, explicou, no final do evento, o Presidente francês Emmanuel Macron passa por conseguir que as nações ricas aloquem aos países africanos 100 mil milhões de dólares - 81 mil milhões de euros - em Direitos Especiais de Saque do FMI até outubro.

"A França está pronta para fazer isso", garante Macron e assegura ainda que "Portugal e vários outros países que aqui estiveram presentes também estão (...) Assim, o nosso trabalho nas próximas semanas será o de convencer outros países a fazerem o mesmo esforço que a França, começando, naturalmente, pelos Estados Unidos da América".

Na mesma ocasião, o Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou que vai emitir este ano 33 mil milhões de dólares para o continente africano em Direitos Especiais de Saque, um instrumento de divisas utilizado para ajudar a financiar importações. 

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