O novo executivo cabo-verdiano "gerará alguma despesa a mais, mas trará mais eficácia", afirma o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva.
O novo Governo cabo-verdiano, que continuará a ser liderado por Ulisses Correia e Silva (MpD), vai ser composto por 28 membros, contra os 20 que iniciaram a legislatura anterior, com o número de mulheres a subir de quatro para nove.
"Gerará alguma despesa a mais, mas trará como contrapartida mais eficácia, maior eficiência e melhores resultados da governação", disse o primeiro-ministro depois de apresentar ao Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, a lista dos membros do Governo (ministros e secretários de Estado) para a X legislatura.
A posse do novo Governo está agendada para quinta-feira, 20 de maio, e resulta das eleições legislativas realizadas em 18 de abril, que o Movimento para a Democracia (MpD) venceu com maioria absoluta de deputados à Assembleia Nacional.
O novo elenco mantém Olavo Correia como vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças e do Fomento Empresarial e Fernando Elísio Freire como ministro de Estado, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social.
A quarta figura da hierarquia governativa passa a ser Janine Lélis (anterior ministra da Justiça e do Trabalho), promovida a ministra de Estado, além de assumir agora as pastas da Defesa e da Coesão Territorial.
Questionado pelos jornalistas, Ulisses Correia e Silva, que chegou mais de uma hora depois do previsto à audiência com o chefe de Estado, para apresentar a Jorge Carlos Fonseca a lista final do novo elenco governativo, admitiu que o processo de escolha não foi fácil.
"No dia em que formar Governo for fácil, deixaremos de estar no mundo da política. Mas posso garantir, porque já me apelidaram de conservador, e nalgumas matérias sou, no sentido de que se não houver necessidade de mudar, que seja devidamente fundamentado, é preferível manter", afirmou.
Segundo Ulisses Correia e Silva, esta opção resulta em "ganhos que têm a ver com a curva de experiência, pessoas desempenhando o mesmo cargo ganham mais experiência no cargo. E tendo condições de continuar, continuarão. Foi esta a opção de manter o essencial dos membros do Governo anterior".
Deutsche Welle | Lusa
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