domingo, 10 de outubro de 2021

UMA SOCIEDADE DE EXCLUÍDOS

Octávio Serrano* | opinião

A teoria da luta de classes foi desenvolvida no século XIX, em que se estratificava as sociedades em função das actividades económicas exercidas, e a sua dependência laboral, dentro do sistema capitalista! Pressupunha-se a imobilidade profissional, ao longo das vidas e gerações das famílias; de facto, nessas sociedades existia dificuldade em as pessoas transitarem, entre “classes”; por exemplo um filho de um operário, dificilmente se transformava em professor; quanto mais em empresário; existiam barreiras económicas e sociais, que dificultavam essas transições.

No entanto, no século XX, no dito mundo ocidental democrático, e no mundo oriental socialista, a difusão da educação universal patrocinada pelos Estados, fez com que a cultura e o conhecimento se tornassem acessíveis para todas as classes sociais; e a partir dessa altura, as transições entre “classes”, passaram a ser normais; e passaram a depender das capacidades e desejos de cada um, independentemente do sexo ou do estrato social original.

Outros factores, que se vieram a revelar decisivos foi a chamada revolução informática; a progressiva automação dos processos na industria, e as chamada revolução agrícola; que reduziram por um lado, a sujeição e dependência da produção, em relação ao trabalho manual, assim como as concentrações massivas de trabalhadores, nos locais de trabalho; claro que há excepções, como o trabalho agrícola em estufas, de alta concentração de mão-de-obra..mas isso não invalida a regra geral.

A Rússia Resgatará a Europa de sua Crise de Energia

# Publicado em português do Brasil

Andrew Korybko* | One World

Longe de usar a energia como arma para deixar a Europa congelar devido ao suposto rancor geopolítico, a Rússia usou suas exportações de energia durante este tempo de crise como uma ferramenta para reparar as relações bilaterais e melhorar a forma como os públicos de seus parceiros as percebem.

A narrativa da guerra de informação falsa propagada pelos EUA de que a Rússia supostamente arma suas exportações de energia para a Europa foi posta de lado depois que a Grande Potência da Eurásia prometeu cavalgar em socorro de seus vizinhos para ajudá-los a sobreviver à atual crise de energia. Na verdade, apesar de anteriormente espalhar medo sobre o oleoduto Nord Stream II que foi finalmente concluído, os próprios EUA estavam importando mais petróleo da Rússia do que nunca, a ponto de Bloomberg (que não pode ser considerado um escoadouro amigo da Rússia, muito menos um que divulga a chamada “propaganda pró-Rússia”) foi forçado a relatar em agosto que “a Rússia captura a segunda posição entre os fornecedores estrangeiros de petróleo para os EUA ”. Este fato surpreendente é confirmado pelas próprias estatísticas da US Energy Information Administration em seu site oficial.

A chanceler alemã Merkel, que é considerada a força mais poderosa e influente da UE, disse que a Rússia está cumprindo todos os seus contratos e não é culpada pela crise de energia do bloco. O presidente russo, Putin, atribuiu anteriormente o aumento dos custos de energia a uma histeria e confusão no mercado causada por especulações imprecisas e a má gestão das transições de descarbonização de muitos países. Ele também disse que a Comissão Europeia cometeu um erro ao mudar dos contratos de gás de longo prazo para o comércio à vista. O líder russo reafirmou que a Gazprom nunca se recusou a aumentar o fornecimento de gás quando os pedidos estavam em vigor e instruiu seu Ministro da Energia para garantir que o trânsito pela Ucrânia seja mantido. Todos esses desenvolvimentos provam que a Rússia é o parceiro de energia mais confiável da UE.

Macau tem de ser uma “cidade segura”

Guilherme Rego* | Plataforma

Na sequência de dois surtos de Covid-19 em Macau, a tão antecipada Semana Dourada ficou à porta da Região. A esperança de que o período festivo revitalizasse a economia – 141 mil visitantes diários, totalizando 985 mil em 2019 – foi rapidamente trocada pelo desespero, com fronteiras fechadas e negócios em dificuldades. Isto numa altura em que a média diária de visitantes desce para os 1500, segundo dados da Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Apesar da incerteza e instabilidade, especialistas contactados pelo PLATAFORMA nas áreas de economia e turismo acreditam que as medidas de prevenção adotadas pelo Governo de Macau – embora duras e incertas, por vezes – asseguram um futuro risonho. Enquanto se espera por esse futuro, o setor da restauração pede apoios, prevendo que a normalidade não deva regressar tão cedo.  

Dois surtos e dois testes em massa à Covid-19 no espaço de duas semanas. Naquele que seria um dos períodos mais importantes para colocar Macau numa situação económica estável, a cidade fecha as fronteiras e reforça as medidas de prevenção. As medidas são rígidas, mas têm a sua lógica, assegura Angus Chu. Ao PLATAFORMA, o chefe do departamento de Economia da Universidade de Macau defende que, “para as fronteiras permanecerem abertas, é necessário um ambiente seguro, que só se atinge ao garantir uma taxa de vacinação alta”. Além disso, o professor menciona o perigo que as novas variantes de Covid-19 – que fintam a eficácia das vacinas e são altamente transmissíveis  – representam para uma cidade que, atualmente, tem a pior taxa de vacinação da China (54,2 por cento), facto evidenciado pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, em conferência de imprensa, no dia 29 de setembro.  

Rob Law, académico especializado em “Turismo Inteligente”, concorda com as medidas de prevenção adotadas, referindo que “é bom saber que o Governo da RAEM está a adotar políticas rígidas para controlar a propagação do vírus”. Embora refira que “a principal dificuldade da indústria do turismo tem sido a enorme redução do fluxo de turistas”, explica ao PLATAFORMA a importância de criar a imagem de que Macau é uma “cidade segura”, quer para os residentes, quer para os turistas. “É mais importante reconquistar a confiança dos residentes locais e dos turistas de que Macau é uma cidade segura para viver e visitar. Quando tudo voltar ao normal, a receita do turismo não será uma grande preocupação”, conclui.  

China | Limites ao consumo energético

David Chan* | Plataforma | opinião

Após a implementação de medidas de controlo energético em inúmeras regiões da China, várias indústrias de alto consumo interromperam a sua produção. Porque irá a China, uma grande potência produtora, controlar o consumo energético destas indústrias? Embora as razões sejam várias e complexas, elas existem.  

Em primeiro lugar, a China quer atingir o pico de emissões e consequente neutralidade de carbono. Para atingir um objetivo tão ambicioso, é necessário reduzir o consumo energético. Se existem limites nas emissões de carbono, o consumo energético também tem de ser adaptado. A eletricidade para uso civil tem de ser garantida. O uso doméstico representa apenas 3,6 por cento do total de eletricidade consumida. O setor terciário representa 13,4 por cento. Assim sendo, resta o setor industrial para ser cortado, responsável por 71,1 por cento do consumo energético.  

Em segundo lugar, o preço do carvão continua a subir, sendo a principal fonte energética a nível nacional. A energia é uma indústria pública, com vários benefícios sociais. O Governo, sabendo que o preço do carvão afeta diretamente a vida da população, não deve subir de ânimo leve.

Xi Jinping adverte Taiwan para "fim amargo"

Em discurso no jubileu da Revolução de 1911, presidente chinês enfatiza necessidade de "reunificação pacífica" com república insular, apesar de ações recentes de pressão militar. Autoridades taiwanesas reagem.

Em meio ao aumento das tensões com Taiwan, o presidente da China, Xi Jinping, voltou a conclamar a uma "reunificação". Durante uma festividade no Grande Salão do Povo, em Pequim, neste sábado (09/10), ele declarou que uma união "por meios pacíficos" é o que melhor serve aos interesses da nação chinesa.

A ocasião foi o 110º aniversário da Revolução de 1911 origem tanto da atual República Popular da China, sob governo comunista, quanto a República da China, ainda existente no Taiwan.

"Os compatriotas de ambos os lados do Estreito de Taiwan devem ficar do lado certo da história e se unir, para alcançar a completa reunificação e renovação da nação chinesa", exortou o mandatário. Referindo-se às pretensões de independência do hoje democrático Taiwan, no entanto, Xi adotou uma retórica mais ameaçadora: "Aqueles que esquecem seu legado, traem sua pátria e tentam dividir o país terão um fim amargo."

USS AUSTRÁLIA

A AUSTRÁLIA É O EIXO DA NOVA DOUTRINA MILITAR DO “HEGEMON”, CONTRA A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA E A FEDERAÇÃO RUSSA

Martinho Júnior, Luanda 

O novo jogo tem cartas novas, acabadinhas de estrear, os naipes similares aos de sempre e começa a ser baralhado pelas mãos do “hegemon” unipolar, para uma outra distribuição “in”, ainda ao jeito neoliberal!...

A racionalidade capitalista aprofunda a irracionalidade humana no caminho para o abismo das crises, o desrespeito para com a Mãe Terra e… o cada vez mais próximo fim da espécie humana!

Ganha forma a “doutrina Biden”, para um longo período de reconversão do “hegemon” unipolar (ao longo das três décadas que nos separam de 2050), nada melhor que um enorme porta-aviões de pedra, um inafundável porta-aviões, para abrigar toda a panóplia de instrumentos militares úteis, meios, pessoal e as armas nucleares estratégicas, desde logo numa posição apta para se tornar numa “providencial” catapulta de ataque, em função do cerco a sul aos agora (a ocasião faz o ladrão) dois desafiadores inimigos dos anglo-saxónicos, votados a principais!

Para Sua Majestade Britânica ficou desde logo a simbologia: deslocar a força-tarefa do porta-aviões “HMS Queen Elizabeth” para o Indo-Pacífico, fazendo com outros ingredientes geoestratégicos e em relação a Taiwan, um jogo similar ao que a “Navy” fez recentemente no Mar Negro, em relação à Crimeia!

Se a China não abdica das ilhotas do Mar do Sul, o “hegemon” precisa da maior de todas as ilhas, a Austrália, para pulverizar a China gerando bloqueios e agressões no seu entorno e no entorno da Rússia, começando desde logo por dominar os navegáveis oceanos cruzados pelas principais rotas marítimas suas envolventes a sul (no Índico e no Pacífico, já que no Atlântico está tudo feito e tudo dito)!

Para isso, desde as origens da revolução industrial foram compendiadas e sucessivamente arregimentadas pela racionalidade capitalista as casas bancárias transoceânicas de família, o império colonial britânico, a projecção global da cultura anglo-saxónica com dedicada mentalidade colonizadora, a City, o Echelon, o Tratado UKUSA, a reconversão da servil Commonwealth, o Brexit, o QUAD e por fim a metamorfose final que dá origem ao “USS AUSTRÁLIA”: a AUKUS… enfim, todas as matizadas matrizes que dão azo à “nova doutrina” ora inaugurada com Joe Biden (ainda que conste que ele sofra de alzeimer) e sua futura projecção tão irracionalmente criteriosa, laboriosa e “avançada”!

A doutrina Rumsfel/Cebrowski, está decretado no ano 21 do século XXI, vai-se arrastar por inércia e de forma subjacente à “doutrina Biden”, marcada pela caótica retirada do Pentágono do Afeganistão, a exposição do “hegemon” a roçar a decadência no Médio Oriente Alargado e a osmose perigosa do que se passa na “homeland” numa altura em que a miséria atinge mais de 60 milhões de pessoas!…

… Viva então o novo recurso à “racionalidade capitalista”, a “sólida doutrina Biden” de ataque à República Popular da China e à Federação Russa seguindo adequados moldes mais tradicionais, um “inimigo útil” reinventado, cujo crime principal, vejam o desaforo irracional, é o desafio da construção por todo o Sul Global, em paz, das Novas Rotas da Seda e dos oleodutos e gasodutos que retiram capacidade energética aos esforços unipolares e à força do caos, do terrorismo e da desagregação com recurso ao “jihadismo” tácito do que se tornou costume…

… Viva então a nova corrida às armas nucleares, as únicas que segundo as crenças feudais, podem salvar os deuses, por que nas outras os deuses estão em “hipersónica perda”!…

… E viva o “USS AUSTRÁLIA” agora mesmo, com toda a pompa e circunstância, inaugurado, lançado ao mar e pronto para a acção nuclear, desde o vértice sul, expandindo o proverbial esforço militar de última geração para norte, no espectro dum enorme ângulo aberto, em direcção ao ventre sul da EurÁsia!...

Os talibãs e o Afeganistão não foram abandonados, antes estão em fase de reconfiguração com novos papéis e em função dos passos que se seguirão da “doutrina Biden” que se aproveita da transitoriedade inaugurada por Trump!

China considera 'insano' ex-PM da Austrália Tony Abbott

Por comentários de Abbott sobre Taiwan

# Publicado em português do Brasil

TAIPEI, 9 de outubro (Reuters) - A embaixada da China na Austrália disse que o ex-primeiro-ministro Tony Abbott foi um político "lamentável" no sábado, depois de denunciar a pressão chinesa contra Taiwan durante uma visita à ilha.

Abbott visitou Taiwan, que é reivindicada pela China, a título pessoal nesta semana, reunindo-se com o presidente Tsai Ing-wen e dizendo em um fórum de segurança que a China pode atacar com sua economia desacelerando e finanças "estalando". consulte Mais informação

A embaixada chinesa em Canberra respondeu com desdém.

"Tony Abbott é um político fracassado e lamentável. Seu recente desempenho desprezível e insano em Taiwan expôs totalmente suas horríveis características anti-China. Isso só vai desacreditá-lo ainda mais", disse o jornal em um breve comunicado em seu site.

Hipócrita e anglófona Austrália espia amigos para os tramar

Xanana saúda decisão da Austrália permitir julgamento aberto de espionagem

O ex-Presidente timorense Xanana Gusmão saudou hoje a decisão do Supremo Tribunal australiano de permitir o julgamento aberto ao público do advogado Bernard Collaery, acusado de violar a segurança do Estado australiano num caso de espionagem contra Timor-Leste.

"Saúdo a decisão unânime do Supremo Tribunal do Território da Capital da Austrália, de permitir a possibilidade de recurso a Bernard Collaery, relativamente à divulgação pública de certas informações que, provavelmente, serão fornecidas como prova no seu julgamento", escreveu o primeiro chefe de Estado timorense, numa declaração a que a Lusa teve acesso.

"Collaery é um advogado australiano experiente, que enfrenta acusações de violação das leis de segurança e informações australianas, por revelar que os serviços de informações australianos colocaram escutas no gabinete do Governo de Timor-Leste durante as negociações de petróleo e gás", recorda Xanana Gusmão, acrescentando que "o povo timorense agradece a coragem demonstrada pelo senhor Collaery e oferece-lhe o seu apoio moral permanente".

O antigo chefe de Estado quer que o caso fique por aqui e apela à justiça australiana para que retire as acusações que impendem sobre Collaery, atendendo à "decisão do Tribunal de Recurso no sentido de apoiar o pedido [do advogado] de uma justiça aberta" e "no interesse da justiça e da relação de amizade entre Timor-Leste e a Austrália".

Angola | Huambo resiste e manifesta-se por eleições livres

Huambo: Partidos políticos e sociedade civil marcham por eleições livres e transparentes

Um grupo de partidos políticos angolanos com representação parlamentar e membros da sociedade civil marcharam na tarde deste sábado (09.10), na cidade do Huambo, para exigir eleições livres e transparentes em Angola.

Com partida no velho estádio de futebol do Clube Ferrovia, a marcha no Huambo, Angola, percorreu algumas das principais vias da cidade até ao Largo das Escolas, no bairro académico, o local escolhido para o evento.

Na ocasião, foi lida uma declaração da marcha, em que os seus promotores assumiram a iniciativa como um novo marco, com os partidos e a sociedade civil a exigir das autoridades governamentais eleições livres, transparentes e justas.

Na declaração, os promotores chamaram atenção para o registo e atualização eleitoral, para evitar-se erros de anos anteriores.

Costa Júnior: Há "arranjo político" para destruir a UNITA

ANGOLA

O líder suspenso da UNITA, Adalberto Costa Júnior, afirmou ontem que o acórdão do TC, que anulou o XIII congresso do partido, não tem fundamento jurídico-legal, "e remete para arranjo político" para sua destruição.

Adalberto Costa Júnior, o líder suspenso das suas funções na sequência do acórdão n.º 700/2021 do Tribunal Constitucional (TC) de Angola, expressou a posição do partido através de uma declaração de reação à decisão do tribunal, que anulou o XIII congresso do partido, realizado em 2019, em que foi eleito, e consequentemente suspendeu o seu mandato de presidente.

Segundo o líder suspenso, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) "recusa-se a aceitar que o direito seja camuflado para inviabilizar a verdade". 

Moçambique | Nyusi envolvido nas "Dívidas Ocultas"

Réu diz que Presidente Filipe Nyusi recomendou contração de dívidas no Credit Suisse

O antigo diretor do SISE afirma que uma carta comprova que Nyusi indicou o Credit Suisse a Manuel Chang. António Carlos do Rosário desmentiu Gregório Leão sobre o valor inicial do financiamento da empresa Proindicus.

O antigo diretor da Inteligência Económica  Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE), António Carlos do Rosário, disse que o então ministro da Defesa, Filipe Nyusi, recomendou a aquisição de dívidas junto ao Credit Suisse.

Rosário fez a revelação durante a audição do julgamento do caso das dívidas ocultas esta sexta-feira (08.10), em Maputo. O Ministério Público (MP) questionou o réu sobre a entidade que pediu ao então ministro das Finanças, Manuel Chang, a emissão de garantias que deram cobertura à mobilização dos recursos para as dívidas ocultas.

"Eu peço para pedir a meu advogado para juntar aos autos a carta do então ministro da Defesa [Filipe Nyusi], se é que não existe nos autos, ao ministro das Finanças, indicando que foi identificado o Credit Suisse e que solicita a emissão de garantias", declarou Rosário.

Por outro lado, António Carlos do Rosário disse desconhecer uma carta que teria sido enviada pelo diretor do Grupo Privinvest, Iskandar Safa, ao antigo Presidente Armando Guebuza, cujo conteúdo era o financiamento do projeto da Zona Económica Exclusiva.

Rosário foi coordenador do Sistema de Monitoria do projeto da Zona Económica Exclusiva. O réu confirmou que todas ascorrespondências passavam pelas suas mãos, mas disse que não conhecia a carta em questão. "Nunca vi esta carta, é a primeira vez que vejo. Não posso perguntar ao MP como é que teve [acesso], quais foram os trâmites, como esta correspondência apareceu, eu gostaria de saber", disse.

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