quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

O ABISMO DE ARMAS E GUERRAS DOS EUA

# Publicado em português do Brasil

Não pode haver a menor dúvida: os EUA adora seu Pentagod e as armas e guerras que o alimentam.

William J. Astore* | Responsible Statecraft

Quem é o deus da América? O deus cristão das bem-aventuranças, que curava os enfermos, ajudava os pobres e pregava o amor ao próximo? Não nestes (des) Estados Unidos. No Juramento de Fidelidade, falamos com orgulho de Uma Nação sob Deus, mas no total, este país não serve ou adora Jesus Cristo, ou Alá, ou qualquer outro deus de justiça e misericórdia. Na verdade, a divindade em que a América acredita é a de cinco lados com sede em Arlington, Virgínia.

In God We Trust  está em todas as nossas moedas. Mas, novamente, qual deus? Aquela de “virar a outra bochecha”? Aquele que encontrou seus discípulos entre os rejeitados da sociedade? Aquele que não queria nada com cambistas ou espadas? Como Joe Biden  poderia dizer , dê-me um tempo.

O verdadeiro deus da América é uma divindade da ira, cujos seguidores mais perspicazes lucram enormemente com a guerra e veem tais ganhos como virtuosos, enquanto seus discípulos mais militantes, uma tripulação de generais perdidos e funcionários fracassados ​​de Washington, rotineiramente empregam violência assassina em todo o mundo. Ele contém multidões, seu nome é legião, mas se essa divindade deve ter um nome, citando a necessidade de  alguma restrição , que seja conhecido como Pentagode.

Sim, o Pentágono é o verdadeiro deus da América. Considere que a administração Biden solicitou incríveis  US $ 753 bilhões  para gastos militares no ano fiscal de 2022, mesmo quando a Guerra do Afeganistão estava em crise. Considere que o Comitê de Serviços Armados da Câmara então aumentou esse orçamento de sucesso para US $ 778 bilhões em setembro. Vinte e cinco bilhões de dólares extras  para “defesa”, dificilmente debatido, facilmente aprovado, com forte apoio bipartidário no Congresso. De que outra forma, senão a crença religiosa, explicar isso, apesar das guerras pródigas de US $ 8 trilhões do Pentagode   nas últimas duas décadas, que terminaram de forma tão desastrosa? De que outra forma explicar as projeções orçamentárias futuras, mostrando aquela divindade totalmente americana recebendo outros  US $ 8 trilhões ou mais durante a próxima década, mesmo enquanto os partidos políticos lutam como cães raivosos por cerca de  15%  desse valor por melhorias domésticas tão necessárias?

Parafraseando  Joe Biden , mostre-me seu orçamento e direi o que você adora. Nesse contexto, não pode haver a menor dúvida: a América  adora seu Pentagode  e as armas e guerras que o alimentam.

OS POLÍTICOS BRITÂNICOS NÃO TÊM VERGONHA?

# Publicado em português do Brasil

Kim Petersen* | Dissident Voice

O governo do Reino Unido está considerando o boicote aos Jogos Olímpicos de inverno da China, que serão realizados em Pequim. O Ministério das Relações Exteriores britânico cita “esforços internacionais para responsabilizar a China por suas violações dos direitos humanos em Xinjiang”.

“É política de longa data do governo que a determinação sobre se o genocídio ocorreu deve ser feita por um tribunal competente com jurisdição para julgar esses casos, ao invés do governo ou um órgão não judicial.”

Deixando de lado a patética alegação de "violações dos direitos humanos" (amplamente rebaixados da absurda alegação de genocídio ) em Xinjiang, a Grã-Bretanha deveria se olhar no espelho e submeter seus próprios abusos de direitos humanos e genocídios ao Tribunal Penal Internacional ou Tribunal Internacional de Justiça. Levará muitos anos porque há tantos abusos e genocídios a serem julgados.

Como se pensa que as populações indígenas foram subjugadas nas colônias da Austrália, Aotearoa (Nova Zelândia), Canadá, Estados Unidos, Caribe, África e Ásia? Os povos indígenas rolaram e pediram, por favor, despovoem a gente, para que você possa tomar a terra?

Os nepaleses, butaneses, os povos do subcontinente indiano e do Sri Lanka (Ceilão) disseram: por favor, nos subjugue e governe sobre nós?

Primeira-Ministra escocesa quer referendo à independência até 2023

Numa intervenção proferida na convenção do Partido Nacional Escocês, Nicola Sturgeon anunciou o novo arranque da campanha independentista já para o início do próximo ano.

Uma maioria de 52% dos escoceses apoiaria a decisão de abandonar o Reino Unido se a votação se realizasse amanhã, reporta uma sondagem, divulgada hoje, pelo canal STV NEWS. Apenas 43% tem a certeza de que votaria não ao referendo sobre a independência. As eleições de 6 de Maio de 2021 atribuíram uma maioria absoluta às forças independentista no Parlamento Escocês.

«No próximo ano, se o Covid-19 assim o permitir, a campanha para persuadir a maioria do povo da Escócia de que o nosso futuro será mais seguro enquanto nação independente vai ser retomada com todo o fulgor», reafirmou Nicola Sturgeon. O processo necessário para a dinamização de um referendo terá início já no próximo ano.

COVID-19 | Portugal soma 13 mortes e 2.898 infetados, em dia com mais internados

Desde quarta-feira, há mais 75 pessoas hospitalizadas em enfermaria e 12 em unidades de cuidados intensivos.

Portugal contabilizou, nas últimas 24 horas,  13 mortes e 2.898 casos positivos de Covid-19, indica o boletim epidemiológico divulgado esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Ao todo, desde o início da pandemia, o país soma já 1.154.817 casos de infeção e 18.471 óbitos associados à doença.

Os hospitais registaram, no último dia, um aumento significativo do número de internados: são mais 75 em enfermaria e 12 em unidades de cuidados intensivos. Assim sendo, no total, há 916 pessoas com Covid-19 internadas em enfermaria e 128 em unidades de cuidados intensivos.

Desde ontem, 1.025 recuperaram da Covid-19. No entanto, há mais 1.860 casos ativos de SARS-Cov-2.

Das 13 mortes hoje registadas, quatro foram na região de Lisboa e Vale do Tejo, quatro no Algarve, três no Norte, uma no Centro e uma na Madeira. Só o Alentejo e os Açores não contabilizaram qualquer óbito associado à Covid-19 no último dia.

Tomásia Sousa | Notícias ao Minuto

Portugal | DEIXEM O RANGEL EM PAZ

Fernanda Câncio | Diário de Notícias | opinião

Quando Rangel assumiu a homossexualidade, escandalizaram-se com quem lembrou que ele, como político, nada fez pela igualdade e combate ao preconceito. Agora lamentam a homofobia que, alegam, o derrotou. Ainda acabam numa parada gay, querem ver?

o dar em setembro uma entrevista à SIC, ao programa confessional Alta Definição, e ao assumir a sua orientação sexual, o candidato derrotado à liderança do PSD afirmou, paradoxalmente, não crer que a orientação sexual de um político seja relevante para a sociedade, especificando: "Em Portugal não creio mesmo. E sinceramente não acho que seja uma coisa de agora, em que tudo é mais fácil. Acho que nos anos 80 ou 90 também não seria."

Escrevi na altura sobre a entrevista de Rangel e estas espantosas declarações, lembrando, entre outras coisas, que além de em 2008 ter votado contra o acesso de casais de pessoas do mesmo sexo ao casamento civil, tinha entrado no PSD em 2005, diretamente para candidato a deputado (e daí para líder da bancada), numa campanha para as legislativas em que o seu partido usou a carta da homofobia contra o então líder do PS, José Sócrates - ou seja, numa altura em que só lhe pode ter ficado muito (dolorosamente?) claro que no PSD, pelo menos, se achava que a orientação sexual de um político era e devia ser, no mau sentido, "relevante para a sociedade".

RACISMO ENRAIZADO EM PORTUGAL, FALTA DEBATE PARA SAIR DA NEGAÇÃO

Racismo em Portugal está "enraizado" e falta debate que tire país do estado de negação

Silvia Rodríguez Maeso afirma que o país se mantém em negação quanto ao racismo e fala na urgência de um debate público, que reconhece já existir mas não ser suficientemente forte.

O racismo em Portugal está enraizado nas instituições e nas políticas públicas e falta um debate que retire o país do estado de negação, defendeu a investigadora Silvia Rodríguez Maeso, coordenadora do livro “O Estado do Racismo em Portugal”.

O livro, editado pela Tinta da China, foi apresentado na quinta-feira (18.11) no Museu do Aljube, em Lisboa, mas, em entrevista à agência Lusa, a coordenadora da obra adiantou que o livro não pretende ser uma compilação de casos de racismo em Portugal, mas antes dar ferramentas de análise para um entendimento mais contextualizado e mais informado historicamente de como é que o racismo é reproduzido.

“[O racismo] é reproduzido nas estruturas do Estado, nas instituições e também na legislação”, apontou a investigadora do Centro de Estudos Sociais, da Universidade de Coimbra, explicando que o próprio título pretende fazer um jogo com o duplo significado da palavra, entre o estado da questão, e o foco no Estado.

De acordo com Silvia Rodríguez Maeso, “as políticas públicas continuam a reproduzir o racismo”, seja no âmbito da habitação, educação ou segurança interna e, dentro desta última, nas políticas de policiamento.

“Acaba por haver processos que são contraditórios porque há uma lei e quando algo acontece é muito comum dizer-se ‘então denuncia’, mas como é que vais denunciar quando a relação de muitas pessoas, afrodescendentes, Roma/ciganos, com as instituições do Estado é uma relação de violência, sentem-se desprotegidas”, questionou.

ATIVISTA PORTUGUÊS MAMADOU BA RECEBE PRÉMIO INTERNACIONAL

De origem senegalesa, o dirigente da organização SOS Racismo em Portugal foi laureado com o Prémio Front Line Defenders, entregue aos defensores de direitos humanos em risco. O ativista é alvo de constantes ameaças.

Nascido no Senegal, Mamadou Ba dedica-se ao ativismo antirracismo, como dirigente da organização SOS Racismo, em Portugal. É também membro fundador de várias organizações de defesa dos direitos humanos dos migrantes.

Autor de vários artigos em jornais, revistas e livros sobre racismo e direitos humanos, bem como orador em conferências sobre temas relacionados com a imigração, diversidade étnica e racismo, Mamadou Ba é uma das vozes mais destacadas do movimento antirracista em Portugal.

O ativista tem denunciado a proliferação de discursos de ódio nas redes sociais, na esfera pública e política e é, portanto, um alvo de ataques da extrema-direita e dos movimentos neonazistas em Portugal.

A distinção "aumenta a visibilidade da causa" e "significa que a luta antirracista em Portugal não está isolada e encontra eco fora de portas", destacou Mamadou Ba numa conferência de imprensa virtual realizada esta quarta-feira (24.11) para apresentar os premiados deste ano.

Portugal | PORQUE É QUE AINDA OS OIÇO?

Pedro Tadeu* | Diário de Notícias | opinião

Estive a fazer uma lista das previsões realizadas nas últimas 72 horas pelos analistas, jornalistas e comentadores políticos que pululam por aí: são muitos, mas a esmagadora maioria pensa mais ou menos da mesma maneira, o que é monótono. Como espetáculo é mesmo uma maçada. Porém, por isso mesmo, é fácil fazer uma síntese do que encontrei:

António Costa pode ganhar as eleições legislativas de 30 de janeiro.

Rui Rio pode ganhar as eleições legislativas de 30 de janeiro.

Vai haver Bloco Central.

A crise política favorece o Chega.

A crise política prejudica o PCP.

A crise política afeta o Bloco.

O CDS vai desaparecer.

A Iniciativa Liberal pode subir.

Do PAN não se fala mas pode ir para um governo PS.

Vamos ter crises políticas sucessivas.

A próxima Cúpula da Democracia de Biden bloqueia a hipocrisia unipolar

# Publicado em português do Brasil

Matthew Ehret* | Strategic Culture Foundation

Na medida em que bonecos de corda tecno-feudal continuam a promover a “democracia” enquanto exigem que o mundo permaneça firmemente sob o controle de uma hegemonia unipolar, então nenhuma “cúpula da democracia” terá valor algum.

A consequência de muitas décadas de idéias terríveis começou agora a impor seu peso total sobre a nave unipolar do estado que se viu inclinada para um redemoinho auto-induzido. Os capitães que comandavam este navio teriam sido capazes de prever facilmente esse mergulho trágico há muito tempo, se não tivessem optado por se embriagar com a hegemonia em meio à era cult do consumismo e da miopia hedonista que transformou nossa sociedade há 50 anos. Essas conchas vazias de estadistas que alcançaram proeminência na era pós-verdade mostraram-se tão distantes de qualquer aparência de humildade ou autoconsciência que o presidente Joe Biden não encontrou constrangimento em defender uma Cúpula Mundial da Democracia em 9 e 10 de dezembro.

Além do fato de que esta 'cúpula da democracia' optou de forma não democrática por não convidar quase metade das nações da Terra, incluindo China e Rússia, Biden parece ser incapaz de reconhecer o menor sinal de hipocrisia ao declarar os EUA o líder da ordem internacional baseada em regras democráticas. O fato é que nenhuma nação fez mais trabalho para minar democracias, espalhar guerras e assassinatos nos últimos 70 anos do que os EUA - e apenas4 um zumbi muito raso, vivendo em uma câmara de eco autocongratulatória, perderia esse fato.

Infelizmente, à medida que os desenvolvimentos recentes em torno da corrida lemming pelo fechamento dos combustíveis fósseis (em meio a uma terrível crise de energia que ameaça milhões de vidas ) e empurrando o confronto militar com a Rússia e a China, o Ocidente não tem escassez de zumbis superficiais vivendo em eco de autocongratulação câmaras.

AS ELEIÇÕES CHILENAS E KAST -- O CANDIDATO FASCISTA À PRESIDÊNCIA

MARCO RUBIO CONHECEU CANDIDATO CHILENO DE EXTREMA DIREITA VINCULADO À DITADURA MILITAR

O pai de José Antonio Kast estava no exército nazista. Kast costuma falar com carinho do ex-ditador do Chile Augusto Pinochet.

# Publicado em português do Brasil

Ryan Grim |  Maia Hibbett | The Intercept

O SENADOR MARCO RUBIO TEVE na terça-feira uma reunião surpresa com um candidato presidencial chileno que costuma falar favoravelmente sobre o tempo do país sob o ditador militar Augusto Pinochet.

José Antonio Kast está em um segundo turno contra um adversário de esquerda e costuma ser referido como o chileno Jair Bolsonaro, o suposto ditador no Brasil que costuma falar calorosamente da época de seu próprio país sob uma ditadura militar. Rubio, que é cubano-americano e membro do Partido Republicano, há muito tem ligações com a direita latino-americana.

“Se Pinochet estivesse vivo, ele teria votado em mim”, disse Kast.

A família de Kast tem laços profundos com a ditadura. Seu pai, Michael Kast, era tenente do exército nazista antes de fugir para o Chile e criar filhos que compartilhavam sua política de extrema direita. Um filho, Miguel Kast, foi nomeado por Pinochet ministro do Trabalho e depois presidente do banco central. Ele era um dos chamados Chicago Boys , uma coleção de jovens economistas treinados por Milton Friedman, enviados ao Chile para lançar um experimento neoliberal que viu os gastos sociais serem cortados e a riqueza direcionada para os muito ricos. Christian Kast, segundo o livro do jornalista Javier Rebolledo “ A La Sombra De Los Cuervos,Estava ligada a massacres de camponeses sob Pinochet, e José Antonio Kast fez campanha contra o plebiscito que reescreveu a Constituição chilena e abriu caminho para a remoção de Pinochet. “Não sou pinochetista, mas valorizo ​​tudo o que ele fez”, disse Kast , acrescentando que a ditadura “ lançou as bases da modernidade”.

Kast, no entanto, está procurando reverter parte dessa modernidade e promete proibir o aborto, eliminar o Ministério da Mulher e Igualdade de Gênero, retirar-se do Conselho de Direitos Humanos da ONU e expandir a construção de prisões.

OMS avisa que o mundo está a criar uma "receita perfeita" para novas variantes

O mundo enfrenta "uma mistura tóxica" que resulta da baixa cobertura vacinal contra a covid-19 e um nível de testagem insuficiente, alertou o responsável da OMS, garantindo tratar-se de uma receita perfeita para as variantes se reproduzirem.

“O fim da pandemia não é uma questão de sorte, é uma questão de escolha", declarou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa.

"Globalmente, temos uma mistura tóxica de baixa cobertura de vacinação e rastreio muito baixo, uma receita perfeita para as variantes se reproduzirem e se amplificarem", alertou.

Este aviso surge após o surgimento da variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2 em novembro, que colocou o mundo em pânico. Nunca uma variante causou tanta preocupação no mundo desde o surgimento do Delta.

De acordo com a OMS, a Ómicron -- também conhecida como B.1.1.529 -- "foi relatada pela primeira vez à OMS em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul, enquanto o primeiro caso confirmado por laboratório foi identificado a partir de uma amostra recolhida em 09 de novembro".

ONU | "Injustiça e imoralidade" para com populações de África, acusa Guterrres

"Injustiça e imoralidade". Guterres critica comunidade internacional pelo tratamento dado a África

O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez uma crítica à "injustiça e imoralidade" com que a comunidade internacional está a tratar África, no fim de uma reunião com o representante da União Africana, em Nova Iorque

chefe da Organização das Nações Unidas proferiu "um sinal de alarme contra a injustiça e a imoralidade na forma como a comunidade internacional trata África" e afirmou que, do ponto de vista da pandemia de covid-19 e da crise climática, "este escândalo que condena África a uma situação extremamente difícil deve acabar".

Guterres reforçou a acusação do presidente da comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, da injustiça e ineficácia das medidas impostas por vários países para não admitir viagens vindas da África do Sul e países vizinhos.

Os dois responsáveis consideraram que o encerramento de fronteiras apenas para países africanos equivale a um regime de "apartheid de viagens" e consideraram ser "inaceitável" que uma das mais vulneráveis partes do mundo esteja condenada ao confinamento, o que representa uma dificuldade acrescida à recuperação económica após a pandemia.

Cabo Verde aprovou na generalidade a proposta de Orçamento do Estado para 2022

Maioria aprova Orçamento de Cabo Verde e oposição admite ceder sem aumento de impostos

O parlamento cabo-verdiano aprovou hoje (29.11), na generalidade, a proposta de Orçamento do Estado para 2022, apenas com os votos do MpD, mas com o PAICV, oposição, a admitir uma subida do endividamento caso o aumento de impostos não avance.

"O PAICV votou contra porque se este Orçamento é desafiante para o Governo, ele é de tamanha afronta e elevados sacrifícios para os cabo-verdianos", afirmou, na declaração de voto da bancada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, na oposição desde 2016), o deputado Julião Varela.

A proposta de lei do Orçamento do Estado de Cabo Verde para 2022 tem como medida mais polémica o aumento de impostos, nomeadamente do IVA, segundo o Governo para garantir financiamento face à quebra nas receitas com impostos devido à crise económica provocada pela pandemia de covid-19 e ao `chumbo` desta semana, do PAICV, ao pedido de alteração dos limites do endividamento interno (carecia de maioria de dois terços dos deputados).

PAIGC exige "esclarecimento cabal" sobre avião retido em Bissau

O comité central do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau (PAIGC) quer que seja aclarado o caso do avião retido no aeroporto de Bissau, a mando do primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam.

O comité central do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau (PAIGC) exige o "esclarecimento cabal da situação do avião A-340, que se encontra retido na pista do aeroporto internacional Osvaldo Vieira, sob custódia das autoridades do país, sujeito a investigação por parte de uma comissão criada para o efeito", segundo resoluções do encontro partidário.

O avião, um Airbus A340, aterrou em Bissau a 29 de outubro a pedido do gabinete do chefe de Estado do país, Umaro Sissoco Embaló. O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, decidiu impedir o avião de sair do país e anunciou uma investigação externa ao avião, pedindo apoio da comunidade internacional.

Nas resoluções, o comité político do PAIGC pede também ao secretariado nacional do partido para elaborar uma estratégia que "contrarie os ataques de que o partido tem sido alvo e indicar a melhor forma" de resposta para "enfrentar a atual crise política nacional, não excluindo a possibilidade de aquele órgão executivo e operacional do PAIGC organizar uma manifestação popular".

Guiné-Bissau | Tribunal de Contas acusa Parlamento de rejeitar auditoria

O presidente do Tribunal de Contas da Guiné-Bissau, Amadu Tidjane Baldé, alega que a Assembleia Nacional Popular (ANP) está a recusar uma auditoria às suas contas. O Parlamento guineense desmentiu as alegações.

O presidente do Tribunal de Contas da Guiné-Bissau, Amadu Tidjane Baldé, acusa a Assembleia Nacional Popular (ANP) de recusar uma auditoria às suas contas, mas o Parlamento guineense desmente as alegações.

Amadu Baldé, presidente do Tribunal de Contas da Guiné-Bissau, afirmou que há duas semanas que os técnicos da instituição estão a ter dificuldades para iniciar uma auditoria às contas do Parlamento. A auditoria seria na sequência de uma denúncia de alegadas ilegalidades nas contas. 

Num comunicado, a Assembleia Nacional Popular (ANP) rejeitou as alegações e defendeu que as declarações do Tribunal de Contas "constituem pura inverdade". 

Moçambique | Concluído desarmamento de membros da Junta militar da RENAMO

Os últimos 24 membros da Junta Militar da RENAMO foram desmobilizados em Murrupula. O anúncio foi feito, esta quarta-feira (01.12), pelo enviado pessoal do secretário-geral da ONU em Moçambique, Mirko Manzoni.

O enviado pessoal do secretário-geral da ONU e presidente do grupo de contacto para negociações de paz em Moçambique anunciou, esta quarta-feira (01.12), a desmobilização dos últimos elementos do grupo dissidente da RENAMO responsável por ataques armados no centro do país.

"Hoje, temos o prazer de informar que os últimos membros da Junta Militar da RENAMO foram desmobilizados em Murrupula, na província de Nampula. Este último grupo de 24 membros da Junta Militar concluiu a desmobilização e juntou-se agora aos demais participantes das atividades de desarmamento, desmobilização e reintegração em curso a nível nacional em Moçambique", refere Mirko Manzoni, em nota distribuída à comunicação social.

A autoproclamada Junta Militar da RENAMO, um grupo dissidente da principal força política de oposição responsável por ataques armados no centro de Moçambique, perdeu o seu líder, Mariano Nhongo, a 11 de outubro, após 28 meses de contestação à liderança do principal partido de oposição e exigindo a renegociação do acordo de paz assinado em agosto de 2019.

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