quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Primeira-Ministra escocesa quer referendo à independência até 2023

Numa intervenção proferida na convenção do Partido Nacional Escocês, Nicola Sturgeon anunciou o novo arranque da campanha independentista já para o início do próximo ano.

Uma maioria de 52% dos escoceses apoiaria a decisão de abandonar o Reino Unido se a votação se realizasse amanhã, reporta uma sondagem, divulgada hoje, pelo canal STV NEWS. Apenas 43% tem a certeza de que votaria não ao referendo sobre a independência. As eleições de 6 de Maio de 2021 atribuíram uma maioria absoluta às forças independentista no Parlamento Escocês.

«No próximo ano, se o Covid-19 assim o permitir, a campanha para persuadir a maioria do povo da Escócia de que o nosso futuro será mais seguro enquanto nação independente vai ser retomada com todo o fulgor», reafirmou Nicola Sturgeon. O processo necessário para a dinamização de um referendo terá início já no próximo ano.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, continua a opôr-se frontalmente a qualquer tipo de consulta popular sobre o futuro da Escócia, mas o Partido Nacional Escocês já deixou claro que não abdica de avançar com a legislação necessária para o referendo, independentemente da opinião de Londres. Caso seja necessário, estão mesmo disponíveis para levar a questão à justiça.

O último referendo resultou na vitória dos remainers (aqueles que defendem a manutenção do País no Reino Unido) com 55% do voto, depois de semanas com intensas acções chantagiosas do governo britânico e da União Europeia, que ameaçou vir impedir a adesão da Escócia se a independência se confirmasse.

Desde então, as sondagens demonstram uma clara maioria de apoiantes que optam pela posição independentista.

AbrilAbril

Imagem: Milhares de escoceses saem à rua para exigir a independência de Westminster, com o slogan «O Nosso Direito a Decidir», em Glasgow, Janeiro 2020 - Chris Strickland / opendemocracy

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