sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Covid-19 | Aumentam internados em cuidados intensivos em dia com 50 mortes

PORTUGAL

Há agora 2445 pessoas internadas (mais 5 que ontem) com covid-19, refere o boletim diário da DGS e mais 19 pessoas em unidades de cuidado intensivo (UCI) que no dia de ontem. Totalizando 174 doentes em UCI.

Portugal registou, em 24 horas, 47 199 novos casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Foram reportadas mais 50 mortes devido à infeção por SARS-CoV-2, indica anda o relatório desta sexta-feira (4 de fevereiro).

Nos hospitais portugueses estão agora 2445 pessoas internadas com a doença, das quais 174 em unidades de cuidados intensivos.

Com esta atualização, Portugal contabiliza agora 642 793 casos ativos de covid-19, sendo que há mais 46 469 pessoas que recuperaram da infeção, refere o boletim diário.

Na matriz de risco, há agora, o nível de incidência continua a subir, é hoje de 7163,7 casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 por 100 000 habitantes, a nível nacional - há dois dias era de 7081,7. E no continente é hoje de 7207,0 casos de infeção - há dois dias o valor era de 7111,8.

O R(T) é agora de 1,05 quer a nível nacional quer no continente.

Também esta sexta-feira, a DGS divulgou os resultados de um estudo, cujos resultados mostram que as pessoas infetadas com a variante Ómicron têm, em média, internamentos mais curtos e menor risco de morrer.


Risco de hospitalização com a variante Ómicron é 75% inferior face à Delta

De acordo com a investigação, quem fica infetado com a variante Ómicron do vírus SARS-Cov-2, responsável pela covid-19, tem um risco de hospitalização 75% inferior em comparação com pessoas infetadas com a variante Delta.

Concluiu-se também que os doentes infetados com a variante Ómicron ficam em média menos quatro dias internados do que os infetados com a Delta. Os especialistas apontam ainda uma redução no risco de morte de 86% em pessoas infetadas com a Omicron em comparação com a Delta, embora este valor represente uma maior "incerteza", refere o estudo.

Publicado na plataforma MedRxiv, não tendo ainda sido sujeito a revisão de pares, o estudo, que incluiu quase 16 mil indivíduos com 16 ou mais anos que testaram positivo à covid-19 em dezembro, "revela que, por cada 100 pessoas internadas que estavam infetadas com a variante Delta, só 25 pessoas seriam internadas se tivessem sido infetadas com a variante Ómicron". Isto "independentemente da idade, do sexo, do estado vacinal e de se ter tido uma infeção anterior", lê-se no comunicado da DGS sobre o trabalho de investigação, desenvolvido em colaboração com os laboratórios Unilabs, Cruz Vermelha, o Algarve Biomedical Center, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Durante o período em que decorreu a investigação, 148 pessoas foram internadas devido à variante Delta e 16 por causa da Omicron, sendo que neste caso a permanência no hospital foi "significativamente menor". Foram reportadas 26 mortes, todas no grupo de doentes infetados com a Delta.

Mais de 22 380 suspeitas de reações adversas às vacinas registadas em Portugal

Mais de 22 380 suspeitas de reações adversas às vacinas contra a covid-19 foram registadas em Portugal até final do mês passado e houve 126 casos de morte comunicados em idosos, sem que esteja demonstrada a relação causa-efeito, segundo o Infarmed.

De acordo com o último relatório, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, até ao dia 31 de janeiro foram notificadas 22 387 reações adversas (uma por cada 1.000 vacinas administradas), 7164 das quais consideradas graves, mas o Infarmed insiste que "as reações adversas às vacinas contra a covid-19 são pouco frequentes, com cerca de um caso em mil inoculações", um valor que se tem mantido estável ao longo do tempo.

A maior parte das reações adversas (11 451) são referentes à vacina da Pfizer/BioNtech (Comirnaty), seguindo-se a da AstraZeneca (Vaxzevria), com 6222, a da Moderna (Spikevax), com 2703, e a da Janssen, com 1890 casos.

O Infarmed sublinha, contudo, que estes dados "não permitem a comparação dos perfis de segurança entre vacinas", uma vez que foram utilizadas em subgrupos populacionais distintos (idade, género, perfil de saúde, entre outros) e "em períodos e contextos epidemiológicos distintos".

No total, foram contabilizadas até ao final de janeiro 22 173 522 doses administradas. Entre as 7164 reações adversas consideradas graves contam-se 126 casos de morte entre pessoas com uma média de 77 anos de idade.

"Estes acontecimentos não podem ser considerados relacionados com uma vacina contra a COVID-19 apenas porque foram notificados de forma espontânea ao Sistema Nacional de Farmacovigilância. Na grande maioria dos casos notificados em que há informação sobre história clínica e medicação concomitante, um resultado adverso fatal pode ser explicado pelos antecedentes clínicos do doente e/ou outros tratamentos, sendo as causas de morte diversas e sem apresentação de um padrão homogéneo", escreve o Infarmed.

Diário de Notícias

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