A medida vem em resposta à recusa do governo do Mali em conceder direitos de sobrevoo a uma missão de paz da ONU.
A Alemanha suspendeu a maioria de suas operações no Mali depois que o governo local, liderado por militares, negou os direitos de sobrevoo a uma missão de paz das Nações Unidas.
“O governo do Mali se recusou mais uma vez a conceder direitos de sobrevoo a um voo planejado para hoje” para a rotação de pessoal, disse um porta-voz do Ministério da Defesa alemão em uma entrevista coletiva regular na sexta-feira.
Em resposta, a Alemanha decidiu
“suspender até novo aviso as operações de nossas forças de reconhecimento e
voos de transporte CH-
O porta-voz do governo, Steffen Hebestreit, disse que a Alemanha está preparada em princípio para participar de uma missão internacional de paz, mas somente se isso for apoiado pelo governo do Mali.
A ministra da Defesa, Christine Lambrecht, recebeu garantias de que os direitos de sobrevoo seriam restaurados de seu colega maliano, Sadio Camara, na quinta-feira.
Mali, com sua população de cerca de 20 milhões, passou por três golpes militares desde 2012 e é considerado extremamente instável.
Desde o golpe mais recente em maio de 2021, o país é liderado por um governo militar de transição que mantém relações estreitas com a Rússia.
Proibição de tropas estrangeiras
Na semana passada, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, acusou o governo do Mali de ter “torpedeado repetidas vezes” os esforços da Bundeswehr.
A perda dos direitos de sobrevoo ocorreu logo após o Mali proibir tropas estrangeiras, incluindo as da Alemanha, de uma seção do aeroporto da capital que abriga uma base da ONU.
A Alemanha tem participado da Missão de Estabilização Integrada Multidimensional da ONU no Mali (MINUSMA), uma força de paz criada para aumentar a segurança após a rebelião tuaregue de 2012, um estágio inicial do conflito armado em curso no país.
As potências ocidentais vêm reavaliando seus compromissos com o Mali em meio à hostilidade do governo militar, com a França e outros países europeus recentemente retirando tropas envolvidas em operações de contraterrorismo contra rebeldes armados.
Aljazeera | Imagem: AFP
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