sexta-feira, 30 de setembro de 2022

HOUVE FRAUDE NAS ELEIÇÕES EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE, DIZ PRESIDENTE DA CEN

Presidente da Comissão Eleitoral denuncia negócio partidário de compra de lugares nas mesas de votação

São-Tomé, 29 Set. 2022 (STP-Press) – O Presidente da Comissão Eleitoral Nacional, CEN, José Carlos Barreiros denunciou hoje que alguns partidos políticos se teriam envolvidos num alegado negócio eleitoral de compra e venda de lugares nas mesas de votação nas eleições são-tomenses de domingo.

Numa conferência de imprensa esta manhã face as eleições de domingo, o presidente da Comissão Eleitoral Nacional, José Carlos Barreiros, disse que “eu estava no meu gabinete, quando alguém veio ter comigo, Senhor Presidente, disseram-me que o partido A vendeu todos seus lugares [da mesa de voto] do distrito de Cantagalo para o partido B”.

José Carlos Barreiro acrescentou que “eu estive no dia das eleições, num lugar, foi para uma assembleia de voto em que detetei que quatro membros dessa mesa [de voto] eram todos afectos a um partido só”.

“E acontece que uma vez numa assembleia de votos os cinco membros são todos afetos a um partido, o que pode acontecer nesta assembleia de voto? Vocês sabem o que pode acontecer? Eu não sei. Vocês jornalistas têm de investigar para saberem,” questionou José Carlos Barreiros

“As candidaturas que não têm condições de meter pessoas nas mesas que lhes pertencem, vendem esses lugares da mesa”,- disse para depois acrescentar que “muitas candidaturas não têm condições de pôr as pessoas nas mesas”.

Reagindo as críticas, segundo, os quais, escusou-se de apresentar os resultados das eleições com as tradicionais projeções dos mandatos das candidaturas, José Carlos Barreiros voltou a sublinhar que “não da competência da CEN calcular os mandatos dos resultados provisórios”.

“Eu queria que soubessem que a competência legal do CEN é de elaborar e publicitar o mapa de resultados provisórios das eleições”, disse José Carlos Barreiros, sublinhando que quem tem a competência de calcular os mandatos é o Tribunal Constitucional.

“É o Tribunal Constitucional que tem a obrigação por lei calcular de apresentar a distribuição de mandatos das diversas candidaturas”, precisou José Carlos Barreiros

Ricardo Neto | STP Press | Foto: Lourenço da Silva

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