segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Israel matou 30 crianças palestinas e deteve mais de 750 até agora este ano

Por ocasião do Dia Internacional da Criança, 20 de novembro, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos (PPS) afirmou que Israel deteve mais de 750 crianças e menores palestinos desde o início deste ano, alguns dos quais foram feridos por tiros antes de serem presos.

#Traduzido em português do Brasil

Segundo dados fornecidos por esta organização humanitária, 160 menores de 18 anos cumprem pena nas prisões israelenses, incluindo três meninas, duas delas de 16 anos e a terceira de 17, e cinco estão em detenção administrativa sem acusação ou julgamento. e com base em provas secretas.

O PPS afirmou em seu relatório que a maioria das crianças foi submetida a todo tipo de tortura física e psicológica durante sua detenção, em violação dos acordos e convenções internacionais sobre os direitos da criança.

Hussein Zubeidat, 14, da cidade de Bani Naim, a leste da cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia, deve comparecer a uma audiência no tribunal israelense em 20 de novembro.

Zubeidat, um estudante da nona série, foi detido perto do assentamento ilegal de Kiryat Arba na cidade ocupada de Hebron. Soldados israelenses o espancaram e tiraram suas roupas e postaram fotos e um vídeo do menino sem roupas.

ASSASSINATOS INTENCIONAIS

As forças de ocupação israelenses mataram 30 crianças palestinas na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém desde o início de 2022, informou a Defesa para Crianças Internacional-Palestina (DCI-Palestina) na quarta-feira. Segundo o grupo de direitos humanos, onze das crianças mortas pelos israelenses eram de Jenin.

“Todas as crianças foram mortas após serem baleadas com munição real em suas extremidades superiores”, explicou DCI-Palestine. "Esta é uma evidência de assassinato intencional."

A organização observou que os dados coletados no terreno mostram que as forças de ocupação israelenses visam sistematicamente as partes superiores do corpo para matar ou deixar as crianças com dor permanente. “O uso da força letal foi a norma adotada pelas forças de ocupação israelenses”, acrescentou, especialmente durante a operação Wave Breaker lançada em 31 de março na Cisjordânia ocupada, principalmente na cidade de Jenin.

O DCI-Palestine pediu investigações "sérias e transparentes" sobre o assassinato das crianças e para responsabilizar o governo de ocupação israelense.

“A falta de responsabilidade e investigações, além da impunidade, encoraja as forças de ocupação israelenses a cometer seus crimes contra crianças palestinas”, observou DCI-Palestine, “incluindo assassinato, mutilação e detenção”-

Rebelion

Fonte: Agência Wafa, Monitor do Oriente Médio [Imagem: Um menino é detido pelas forças de ocupação israelenses na cidade de Kisan, na Cisjordânia, perto de Belém]

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