quarta-feira, 16 de março de 2022

A imparcialidade da China sobre a operação da Rússia na Ucrânia é impressionante

# Publicado em português do Brasil 

AndrewKorybko* | One World

A postura da China em relação a todos os conflitos permanecerá sempre pragmática e guiada por sua grande visão estratégica de criar uma comunidade de destino comum por meio da BRI, que reúne uma ampla variedade de partes interessadas, incluindo aquelas que são rivais umas das outras, como Rússia e Ucrânia.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, proclamou com muito orgulho que a posição de seu país em relação à operação militar especial da Rússia na Ucrânia é “completamente objetiva, imparcial e construtiva” após falsas alegações dos EUA de que Moscou supostamente solicitou ajuda à República Popular. Este pronunciamento de política também veio um dia depois que os conselheiros de segurança nacional americano e chinês se reuniram em Roma para discutir esse conflito e outros assuntos de interesse mútuo. A declaração de Zhao não deveria ser uma surpresa para quem acompanha de perto a política externa da China, embora aqueles que a seguem apenas casualmente possam ter ficado um pouco surpresos.

Isso porque essa Grande Potência multipolar é tão vítima da campanha de guerra de informação do Ocidente liderada pelos EUA quanto a Rússia. Eles são incessantemente mal interpretados pela grande mídia, que gira seus laços como algo semelhante a uma chamada “aliança” para ter medo dos dois ao mesmo tempo. Isso, por sua vez, atende aos grandes interesses estratégicos dos EUA ao estimular o público ocidental a apoiar os gastos militares elevados de seus governos e outras políticas promulgadas com esse pretexto artificialmente fabricado. A realidade é que, embora a Rússia e a China sejam parceiros estratégicos abrangentes, nenhum dos dois lutará na guerra do outro por eles.

A política de imparcialidade praticada com muito orgulho pela China no conflito ucraniano é o resultado direto de seu engajamento pragmático com o mundo em geral. A República Popular não acredita em tomar partido em nenhuma disputa estrangeira, preferindo sempre pedir soluções políticas que coloquem todas as partes no caminho da paz o mais rápido possível. No entanto, acredita que todos os envolvidos também devem assumir a responsabilidade por suas ações na condução de qualquer que seja a crise, como quando Zhao sugeriu que “o que os EUA deveriam fazer é refletir profundamente sobre o papel que desempenhou no desenvolvimento e evolução da crise na Ucrânia, e fazer algo prático para aliviar a tensão na Ucrânia.”

Washington corre para esconder seu financiamento NED 'polvo' na Ucrânia

Muitas seções da mídia corporativa e uma legião de agências de propaganda são financiadas aberta e secretamente pelos EUA

# Publicado em português do Brasil

Tim Anderson | Al Mayadeen

Quando a Rússia finalmente invadiu a Ucrânia – em um raciocínio semelhante ao da invasão do Iraque pelos EUA, mas com maior substância – Washington apressou-se a excluir detalhes de financiamento de grupos ucranianos por meio de seu 'National Endowment for Democracy' (NED) financiado pelo Congresso. 

Como disse o professor norte-americano John Mearsheimer , Washington criou a crise na Ucrânia, esperando cercar e fragmentar a Rússia, usando a expansão da OTAN e seus aliados neonazistas . Em vez disso, parece que a Rússia vai desmantelar a Ucrânia. Enquanto isso, os EUA em declínio usam ativos e redes financeiras para subverter a maior parte do mundo.

Apesar da tentativa de ocultar esse patrocínio, vazou um documento de 80 páginas mostrando o financiamento NED do governo dos EUA para centenas de grupos ucranianos. Agora publicado em vários sites, este documento nos permite uma janela para algumas das influências internas dos EUA desde o golpe de Kiev orquestrado pela CIA em 2014. Muitas das alocações têm a ver com propaganda anti-russa, geralmente em nome da 'transparência', direitos, 'jornalismo independente', monitoramento e assim por diante. 

Por exemplo, a lista nos mostra que um grupo ucraniano 'InformNapalm', criado “para desmascarar mitos e expor segredos da guerra híbrida russa” e que afirma ser “um esforço puramente voluntário que não tem nenhum apoio financeiro de nenhum governo ou doador”, é na verdade financiado pelo governo dos EUA . O grupo publica propaganda anti-russa em seu site em 31 idiomas.

Outras fontes nos mostram que o governo dos EUA financia a Confederação de Sindicatos Livres da Ucrânia (KVPU), ligada aos neonazistas da Ucrânia, por meio de seu parceiro financiado pelo NED, o 'Centro de Solidariedade' da AFL-CIO. Existem poucos setores nos quais o NED não penetrou.

Na Ucrânia, isso significou que, especialmente desde 2014, o sentimento anti-russo já embutido no nacionalismo e ultranacionalismo ucraniano foi inflamado, colocando o país em uma fonte de colisão com sua minoria de língua russa e com seu grande vizinho oriental. . O NED reforçou culturalmente o impulso da OTAN para a guerra.

Guiné-Bissau | PAIGC REMARCA CONGRESSO PARA 19 A 21 DE MARÇO

O Comité Central do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) remarcou para 19 a 21 de março a data do 10.º congresso, anunciou o partido em comunicado.

Órgão máximo do PAIGC entre congressos, o Comité Central esteve reunido na sexta-feira (11.03), tendo, entre outras decisões, remarcado a data do conclave e as conferências de base para a escolha de delegados ao congresso.

Inicialmente a reunião magna do PAIGC esteve marcada para 17 a 20 de fevereiro e foi adiada devido às restrições sanitárias impostas pelo Governo para combater a pandemia da Covid-19.

Na altura, o partido considerou que se tratava de "ato de perseguição e de intimidação" por parte de elementos do atual poder a quem acusa de "pretender impedir a realização do congresso”.

O congresso foi agendado para 10 a 13 de março, mas, novamente, não se realizou devido à uma providência cautelar interposta no tribunal por um militante que o partido defende ter-se desvinculado do PAIGC.

Moçambique | Pelo menos 15 mortes após passagem do ciclone Gombe

Passagem do ciclone Gombe por Moçambique provocou pelo menos 15 mortes, 50 feridos e 11 mil deslocados em Nampula, indica balanço provisório. Autoridades reforçaram a assistência às vítimas, com envio de alimentos.

As autoridades do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Desastres (INGD) avançaram, numa reunião na noite desta segunda-feira (14.03), um total de 15 mortes, 50 feridos e 11 mil pessoas deslocadas, apenas na província de Nampula, após a passagem do ciclone Gombe por Moçambique.

O INGD também anunciou reforço de mais de 150 toneladas (além de 360 já disponíveis) de produtos diversos para as vítimas do ciclone Gombe, abrigadas em 22 centros transitórios instalados nos distritos mais afetados daquela província, localizada no norte de Moçambique.

Ainda assim, isso pode ser insuficiente para responder à procura. Neste momento, segundo dados ainda preliminares, mais de 9.000 pessoas foram acolhidas e estão a ser assistidas em centros transitórios instalados nos distritos costeiros da província de Nampula, os mais afetados.

A informação foi avançada por César Tembe, diretor nacional da Divisão de Prevenção e Mitigação do INGD, durante uma visita ao armazém da delegação provincial do INGD em Nampula, no domingo.

"Estamos a fazer o reforço à província, considerando que os bens que, neste momento, existem estão sendo usados. Estamos a movimentar estes recursos a partir de diversos pontos, considerando que haja necessidade que estes bens estejam o mais rápido possível aqui na província."

Música moçambicana ao vivo na UCCLA (Lisboa) com a Banda Kafé Kafé - 25.03.22

Dando seguimento aos concertos musicais ao vivo no auditório da UCCLA, vai subir ao palco a Banda Kafé Kafé, difundindo Moçambique e a sua cultura. Não falte, é no dia 25 de março, às 19h30.

As portas irão abrir às 18h45 e poderá conhecer melhor o artesanato moçambicano da marca JAUA e as suas famosas capulanas.

A entrada tem o valor de 10€ e o pagamento poderá ser feito por MBway através do número +351 939 358 707, com a respetiva identificação. Caso não tenha MBway, poderá enviar um email para anabela.simao@uccla.pt a solicitar a reserva e o pagamento será feito à entrada do concerto.

Banda Kafé Kafé

A banda teve origem em Portugal. Oriunda da banda Trópico que, no ano 1990, dá lugar à banda Kafé Kafé e que segue o projeto iniciado em Moçambique, pela família Deep. O desejo de continuar a divulgar tanto quanto possível a música de Moçambique e a sua cultura com os três músicos que compõem a banda, atualmente, levando a todos as maiores e melhores alegrias e momentos de lazer e prazer com um grande Kanimambo!

Veja e ouça a Banda Kafé Kafé no Mercado da Língua Portuguesa, no dia 23 de julho de 2021 - https://www.youtube.com/watch?v=aJWBgH1Tfvk

JAUA

Há cerca de 6 anos, a gestora Ana Lima resolveu dedicar-se à costura - aprofundando os seus conhecimentos na Lisbon Scool of Design, Modatex e Escola de Moda de Lisboa - e nasceu a marca JAUA, uma marca moçambicana que trabalha com as famosas capulanas (pano tradicional). JAUA é o nome dos membros da tribo, no norte de Moçambique (Niassa), a que pertencia a avó paterna de Ana Lima. A cultura matriarcal da tribo inspirou-a, a mulher como pilar, a força da tribo. A marca JAUA pretende valorizar a silhueta de todas as mulheres que desejem ter um visual único, com peças de roupa produzidas a partir das suas medidas, valorizando a sua imagem.

https://www.jaua.online/

https://www.facebook.com/profile.php?id=100012517479774

https://www.instagram.com/jaua_atelier/


UCCLA - União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950

João Lourenço: Ausência de poder local em Angola "é uma anormalidade"

Em Cabo Verde, o Presidente angolano disse que Angola está cada vez mais perto de tornar as autarquias uma realidade e conta com a experiência cabo-verdiana. Lourenço deixou ainda garantias sobre a recuperação de ativos.

O Presidente angolano, João Lourenço, afirmou esta segunda-feira (14.03), na Praia, que o facto de Angola ainda não ter instalado as autarquias locais "é uma anormalidade", garantindo que vão avançar e que conta com a experiência de Cabo Verde nessa matéria. 

"Que não haja dúvidas de que estamos determinados a tornar isso uma realidade. O facto de não haver autarquias locais em Angola é que é uma anormalidade. O normal é nós trabalharmos para corrigir esta situação e eu acredito que estamos cada vez mais próximos de podermos tornar isso possível", afirmou João Lourenço, quando questionado pelos jornalistas após a reunião com o Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, no âmbito da visita de Estado que está a realizar ao arquipélago.

"As coisas devem ser bem feitas, o poder tem de estar assente na lei e não é apenas uma lei, é um pacote de leis a que nós chamamos o pacote legislativo autárquico. O número de leis que compreende este pacote é bastante grande, felizmente uma grande maioria dessas leis estão já aprovadas pela Assembleia Nacional, resta apenas uma. Daí o facto de eu dizer que neste momento estamos bem próximos de podermos começar a implementar as autarquias locais em Angola", afirmou ainda, em declarações no Palácio Presidencial, na cidade da Praia.

O chefe de Estado disse que isso "vai acontecer tão logo se feche" o pacote legislativo autárquico, o que deve acontecer "quando a Assembleia Nacional assim o entender".

"Se não o fez até aqui, bom, lá terá as suas razões. Sabemos que há ali uma pequena dificuldade, de falta de consenso, com relação sobretudo a uma questão, se as eleições serão feitas em simultâneo ou não. Mas, acredito que o bom senso acabará por prevalecer e logo que isso seja ultrapassado, então o chefe de Estado estará em condições de convocar as eleições", disse João Lourenço.

ANGOLA INTOXICADA!

Martinho Júnior, Luanda

Do ambiente pré-eleitoral “que estamos com ele”!

Angola, em função dos provedores de sinais de satélite internos, está a ser bombardeada pelo enxofre tóxico decidido pelo regime de “apartheid” que assiste exclusivamente aos interesses e conveniências do “hegemon” unipolar!

A Europa está ocupada militar e ideologicamente pelo Pentágono e os seus empastelados regimes vão perdendo a máscara do pudor e da “democracia”, dissolvendo-a nos propósitos do híbrido que constitui a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte… é também para isso que servem os “tratados”, para manterem os povos reféns, como fazem os neonazis entrincheirados nas cidades ucranianas, na tentativa de sua própria sobrevivência e com ela, dos seus patrões transcontinentais promotores do asqueroso neonazismo avulso e corrente!

Os canais de televisão portugueses, desde a RTP à SIC, agora “reforçados” com a CNN-TVI, mais a Euronews (serviço em português) e outras televisões europeias, são todos eles de sarjeta, com uma pestilência maior e mais perigosa que a da pandemia Covid-19, dando sequência ao ambiente fechado e taciturno que resulta dela!

Em Angola, país tropical, Não-Alinhado activo, desde que os impactos do neoliberalismo começaram a actuar a partir de 31 de Maio de 1991, por via do Acordo de Bicesse, que a peste dos media da alienação, da mentira e da prostituição televisiva e escrita foi sendo cada vez mais inculcada, na ânsia das elites formatarem a capacidade mental da audiência que se quer tornar zombi!

CONTOS POPULARES ANGOLANOS -- O Feiticeiro e os Pássaros Faladores

Seke La Bindo

Era uma vez um feiticeiro que nunca revelou os seus poderes ocultos e tudo fez para chegar a soba. Quando conseguiu todo o poder, resolveu usar o feitiço para submeter o povo e conduzir os negócios. Um dos mais lucrativos era a venda de banha de jibóia. Mas como os caçadores do Alto Maiombe andavam a dizimar todas as jibóias, ele lançou um decreto, proibindo a sua caça. Para ter a certeza de que as ordens eram cumpridas, fez um pacto com os papagaios. Se um caçador ousasse desobedecer, logo do alto das árvores surgia uma voz lembrando as ordens do soba. Quando os feiticeiros se aliam aos pássaros faladores, está tudo perdido.

Um caçador muito pobre vivia num recanto da floresta com a sua família. Durante oito dias não conseguiu uma só peça de caça, nem uma simples rola gamboa. E os sete filhos em casa choravam de fome.

Um dia, mais uma vez foi à caça e nada apareceu. Quando regressou a casa encontrou uma gigantesca jibóia enrolada à sombra, digerindo um boi. Lembrou-se do decreto do soba feiticeiro mas também se recordou do choro dos filhos por causa da fome. E puxou da catana para matá-la. Nesse momento ouviu do alto de uma mafumeira:

- Não te esqueças das ordens do soba. Se não cumprires, é a tua voz que vai denunciar-te. 

Dito isto, o papagaio bateu asas e desapareceu num voo rápido.

CONTRA OS OLIGARCAS E OLICRATAS MARCHAR! MARCHAR!

Artur Queiroz*, Luanda

Confesso que em alguns momentos de aperto senti uma pontinha de inveja dos oligarcas angolanos, sobretudo aquelas e aqueles que conhecia bem graças a relações de amizade e camaradagem. Nunca imaginei ser amigo de ricaços, mas a vida dá tantas voltas que acabei por conviver com gente muito, muito, muito rica. E não senti nenhuma diferença com as minhas amizades desfavorecidas, malta que anda a contar os tostões e olha para os preços como se fossem a cruz que faz fugir diabos. Amizade é amizade e não muda em função das contas bancárias. 

Vou directo ao assunto. Não sou oligarca porque me falta nervo financeiro e não tenho jeito para açambarcar dinheiro. Os políticos ocidentais, criados dos ricaços, só conhecem a palavra sansões, sanções, sanções. Eu que sou um misto de oriental, ocidental e matumbo da Kapopa só sei gastar, gastar, gastar. Assim ninguém chega a rico. É preciso roubar, roubar, roubar. À mão armada, pela surra ou através de sanções, sanções, sanções. Irremediavelmente pobre.

Desde que começou a guerra na Ucrânia nem quero ouvir falar em oligarcas. Coitados dos russos. Tanto dinheiro, tanto palacete, tanto clube, tanto iate e no fim, tudo o vento levou com as explosões na Ucrânia combinadas com sanções, sanções, sanções. O português Roman Abramovich era dono do clube de futebol Chelsea. Deu imensas alegrias aos adeptos porque o clube de bairro chegou a campeão da Europa e do Mundo. Foi congelado, expropriado, implodido. Nem uma voz se levantou a defendê-lo. Sanções, sanções, sanções.

Vladimir Putin está a desnazificar a Ucrânia. Na operação militar especial já morreram muitos jovens russos. Morrem para que o nazismo seja banido do mundo. Os beneficiários, em vez de lhe agradecerem, sanções, sanções, sanções. Está decidido. O mundo só pode viver no regime de “democracia liberal”. Tudo o resto está excluído.

Sabem o que é democracia liberal? O nazismo engravatado com as Gestapo na sombra e os campos de concentração disfarçados de bairros residenciais, de preferência suburbanos. É o fascismo sem Mussolini, Franco e Salazar. É um mundo que caminha perenemente para a fórmula os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. É o mundo nas mãos do estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) e seus valetes de quarto. Mas todos falidos!

OS EUA, DUAS GUERRAS, DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS E HIPOCRISIAS DE BIDEN

Um conto de duas guerras: Biden denuncia as atrocidades russas na Ucrânia enquanto apoia a guerra saudita / dos Emirados Árabes Unidos no Iêmen

# Publicado em português do Brasil

Amy Goodman | Democracy Now -- entrevista - VER VÍDEO

Enquanto os EUA e o Reino Unido pressionam a Arábia Saudita a aumentar a produção de petróleo para compensar um aumento nos preços globais de energia em meio a sanções à Rússia, o reino anunciou no sábado que executou 81 pessoas – a maior execução em massa do país em décadas. Sarah Leah Whitson, diretora executiva da Democracy for the Arab World Now, diz que as críticas silenciosas aos abusos sauditas revelam um padrão duplo quando se trata de como os países ocidentais lidam com a monarquia absoluta, que vem travando um ataque brutal ao vizinho Iêmen há quase sete anos com o apoio dos EUA. Se os EUA querem que o mundo se oponha à guerra brutal da Rússia na Ucrânia, “então eles precisam parar de apoiar a guerra no Iêmen”, diz Whitson, que acrescenta que a cobertura díspar das guerras na Ucrânia e no Iêmen aponta para “racismo inerente” no Ocidente. meios de comunicação.

Transcrição - Esta é uma transcrição apressada. A cópia pode não estar em sua forma final.

Amy Goodman : Isto é Democracy Now! Eu sou Amy Goodman.

Hoje, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson está na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos para conversar sobre segurança energética, mesmo quando os críticos levantam preocupações sobre os registros de direitos humanos dos países. Isso ocorre quando as autoridades dos EUA também estão conversando com autoridades sauditas sobre a visita do presidente Biden à Arábia Saudita para discutir o fornecimento global de petróleo, enquanto os EUA se recusam a condenar diretamente a Arábia Saudita por executar 81 homens no sábado – sua maior execução em massa de todos os tempos. Esforços para negociar com os sauditas para aumentar o petróleo e as sanções ao petróleo russo ocorrem no momento em que grande parte do mundo está horrorizada com as atrocidades na guerra na Ucrânia. A UNICEF relata que a guerra na Ucrânia está criando uma criança refugiada quase a cada segundo na Ucrânia.

Ao mesmo tempo, ouvimos muito pouco sobre a pior crise humanitária do mundo se desenrolando no Iêmen, que agora está há sete anos de guerra e bloqueio liderados pela Arábia Saudita, apoiado pela venda de armas e assistência técnica dos Estados Unidos e seus aliados, incluindo o Reino Unido. As Nações Unidas alertam que casos agudos de fome no Iêmen atingiram um nível sem precedentes, com mais de 160.000 pessoas provavelmente passando fome no próximo semestre. Mais de 17 milhões de pessoas no Iêmen precisam de assistência alimentar, com altos níveis de desnutrição aguda entre crianças menores de 5 anos.

O EVITÁVEL AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS

AbrilAbril | editorial

Na próxima semana, Portugal deve assistir à maior subida de sempre dos combustíveis, com aumentos na ordem dos 20 cêntimos por litro. Cenário que seria possível evitar... não fossem as «regras do mercado». 

Desde o eclodir da guerra na Europa que os preços dos combustíveis dispararam. Se foi por causa do conflito no Leste? Não foi. Afinal de contas, as distribuidoras compram os produtos petrolíferos salvaguardadas pelo hedging, ou seja, com garantia contra o risco de haver grandes variações de preço. Tal significa que não têm de fazer repercutir o preço do barril de petróleo (que há dois dias chegou perto dos 140 euros) nos consumidores, uma vez que também não o adquiriram a este valor. 

Os preços aumentam por causa das chamadas regras de mercado, que mais não fazem do que aumentar as margens de lucro com base na cotação, desde as refinarias às distribuidoras, enquanto asfixiam quem não tem alternativa a utilizar o automóvel, penalizando famílias, pequenas e médias empresas e forças de segurança, ao mesmo tempo que ameaçam o sector agrícola e, consequentemente, interferem no preço que pagamos pelos bens alimentares. 

Isto mesmo foi dito ao início da tarde pelo insuspeito José Gomes Ferreira, na SIC. O aumento da próxima semana, que pode chegar a 25 cêntimos por litro no gasóleo e a 15 cêntimos na gasolina, não seria inevitável, afirmou, se não fossem as «regras de mercado» e a falta de vontade política.

Costa defende resposta conjunta da UE e descarta lay-off em Portugal

António Costa reuniu, esta quarta-feira de manhã, com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e defendeu uma resposta concertada dos Estados-membros e das instituições europeias para fazer face à subida de preços da energia e do combustível.

O primeiro-ministro lembrou que Portugal já apresentou uma proposta que visa uma redução geral das taxas do IVA sobre a energia, a que chamou "liberalização", e aguarda a autorização da Comissão Europeia.

"Queremos ter uma proposta comum para apresentar ao Conselho e à Comissão, de forma a termos uma resposta tão rápida quanto possível em algo que é urgente", tranquilizar as famílias e garantir às empresas condições de produção, disse o primeiro-ministro.

É importante dar uma "forte resposta que devolva confiança às empresas". Durante a pandemia, Portugal enfrentou uma crise por quebra na procura, em que foi necessário apoiar os trabalhadores com o layoff. Nesta crise que se avizinha, disse, no lugar do lay-off, é necessário apoiar as empresas para que possam manter os níveis de produção e "para que não se atrase a recuperação económica que estava em curso".

Para baixar a taxa do IVA, é necessária a autorização da Comissão Europeia. A nível nacional, já foram tomadas todas as medidas para responder à subida do custo da energia, disse o primeiro-ministro. É importante dar uma "resposta tão rápida quanto possível" para responder às necessidades das famílias e assegurar o funcionamento das empresas, defendeu ainda.

Poeiras vindas do norte de África sobre Portugal continental até quinta-feira

Nuvens de poeira vinda do Norte de África vão atravessar os céus de Portugal continental e o resto da Península Ibérica até ao fim do dia de quinta-feira, anunciou hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Em comunicado, o IPMA afirma que o rumo das poeiras se deve a "um fluxo de sul induzido pela depressão Célia" e aponta a "alteração da cor do céu" como o efeito mais visível.

Refere que "as poeiras estão normalmente acima da superfície" mas salienta que concentrações maiores poderão levá-las para níveis mais baixos da atmosfera, onde têm "implicações na qualidade do ar e possíveis impactos na saúde".

No sul do país, prevê-se chuva hoje e na quarta-feira, pelo que é "possível ocorrer a deposição das poeiras".

A concentração maior verifica-se agora nas regiões norte e centro do Continente, mas há poeiras a passar também sobre França e Argélia.

RTP | Lusa

Da Ucrânia e das areias e pós voadores aos bafos de líderes criminosos e sacanas

Da TSF extraímos resumos do ponto de situação sobre os acontecimentos na Ucrânia. De realçar o facto poderem existir entendimentos entre as duas partes em litigio, Rússia e Ucrânia. Não é nada de significativo de imediato mas o reportado refere que a Rússia admite que está perto de chegar a acordo nas conversações que se supõe gerarem a paz tão almejada. Não deixa de ser curioso que, para complicar, o presidente polaco (nazi) sugere que a NATO entre na Ucrânia sob o pretexto de Observador em Missão de Paz (seja lá isso o que for - porque da NATO tudo de mau se pode esperar). 

A NATO? Mas isso não competirá à ONU? E porque razão a ONU está tão acanhada? António Guterres continua a dormir sobre os louros de logo à partida ter impossibilitado à ONU assumir a missão de moderadora na contenda ao tomar partido favorável à Ucrânia? Mas que falta de jeito sabido! Mas que tendencioso na obediência ao instigador, os EUA com a UE a reboque, de tudo e de toda a carnificina acontecida e que continua a acontecer! Que nojo de políticos robotizados e de programa único inserido nas cacholas desses pelos EUA! Não. A NATO em Missão de Observação e de Paz não será de certo bem-vinda pela Rússia. Para mais porque apesar  de a NATO ser propriedade intelectual, criminosa e guerreira dos EUA, é à ONU que compete moderar e fazer com que as partes em litigio cheguem a um entendimento e resultado que garanta paz no teatro de operações de bombardas, de destruição e de matanças. É de toda a conveniência que o robotizado estado-unidense, António Guterres, cumpra o desempenho que lhe compete. De constatação pela existência de um SG ONU, até será preferível que nomeie quem seja mais competente que ele e menos tendencioso e comprometido que ele com o seu chefe-patrão dos EUA. Alguém de espírito aberto, realmente democrático, competente, imparcial, que queira acima de tudo atingir a paz e a  desativação dos bandos terroristas nazis que compõem as forças armadas ucranianas.

Na verdade não deixa de ser curioso que só a Rússia refira por objetivo a desnazificação da Ucrânia numa União Europeia cada vez mais nazificada e nuns EUA que até têm empenhado milhões de dólares em apoio aos nazis ucranianos e outros grupos europeus. Não é caso para admirar pois basta recorrermos ao exemplo dos milhões de dólares e armamento que os EUA entregaram em apoio a Bin Laden e muitos dos seus comparsas terroristas. E como assim aconteceu no médio oriente também o mesmo aconteceu e acontece em África e noutras partes do mundo. Chamam a isso ambições da geopolítica. Não, é terrorismo de estado, puro e duro. Indubitavelmente os EUA é um estado terrorista que ambiciona o controle total do mundo a qualquer preço. Até mesmo com uma fatura nuclear que não é difícil de imaginar que será o que vai acontecer. Talvez mais cedo que muito tarde. Os EUA são o verdadeiro cancro do planeta. Para todos os que querem ser/ter um grande império representam a escória moral da humanidade. A ganância é isso mesmo que é e conduz sempre a práticas de crueldade, de desumanidade. Perante a situação atual devemos concluir que aqui não existem ingénuos nem pessoas de boa-fé mas sim bandidos gananciosos e desumanos que usam os povos como trastes a abater. É o que se vê, é o que se sente, é o que na realidade acontece.

Finalmente, a seguir, o reportado da TSF sobre o estado da guerra neste dia empoeirado pelas areias voadoras que ventos do norte de África nos trazem. Nós, humanos, precisamos de respirar ar puro. Não ar contaminado por areias e pós voadores, nem por bafos de lideres que encarnam terríveis e criminosos sacanas das políticas nacionais e mundiais. Abaixo todos eles!

Mário Motta

Kiev e Moscovo dão sinais de esperança num acordo. Explosões durante a noite na capital ucraniana

A Polónia pede à NATO autorização para "missão de paz". As negociações entre a Rússia e a Ucrânia prosseguem esta quarta-feira. Siga em direto na TSF.

16 mar12:01

Carolina Quaresma

"Europa tem de se manter unida para responder aos maiores desafios"

António Costa assegura que o maior desafio que a Europa enfrenta neste momento é "apoiar a Ucrânia para que a paz regresse".

"A Europa tem de se manter unida, cada vez mais forte para termos capacidade de responder ao maiores desafios", disse após reunião com Roberta Metsola.

O primeiro-ministro sublinha a necessidade de resposta "às consequências sociais e económicas" e adotar "medidas que permitam controlar a subida dos preços, combustíveis e bens alimentares".

"Temos de ser capazes de dar uma forte resposta às empresas para que mantenham a atividade, para que possam ter condições para continuarem a laborar", afirma.

16 mar11:31

Rita Carvalho Pereira

Ucrânia rejeita adotar modelos de neutralidade da Suécia e Áustria

A Ucrânia rejeita a proposta de adoção de um estatuto de neutralidade comparável com os da Áustria e da Suécia. O Kremlin sugeriu, esta quarta-feira, que Kiev adote o exemplo dos dois países como modelos de neutralidade e afirmou que a hipótese está em discussão nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia.

"Esta é uma upção que está a ser discutida agora e que pode ser considerada como compromisso", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência de notícias AFP.

Em resposta, o negociador ucraniano Mikhailo Podolyak declarou que o modelo a adotar "só pode ser ucraniano" e que as conversações com a delegação russa devem estar focadas nas "garantias de segurança" para a Ucrânia.

"A Ucrânia está em estado de guerra direta com a Rússia. Consequentemente, o modelo só pode ser 'ucraniano' e apenas com garantias de segurança verificadas", afirmou, em declarações publicadas pela presidência ucraniana.

16 mar11:14

Cristina Lai Men

Jornal local presta serviço público em língua ucraniana

Chama-se SOS Ucrânia e tem tido milhares de visualizações, inclusive a partir de campos de refugiados no estrangeiro. A secção em língua ucraniana do jornal "Região de Leiria" está disponível online, desde o início de Março.

LER MAIS

16 mar11:14

Lusa

Suíça impõe sanções comerciais e financeiras à Bielorrússia iguais à UE

O Governo da Suíça anunciou, esta quarta-feira, a imposição de sanções comerciais e financeiras à Bielorrússia pela sua colaboração com a Rússia na invasão da Ucrânia, adotando as medidas aplicadas pela União Europeia contra Minsk.

LER MAIS

16 mar10:52

Lusa

Bielorrússia diz que está a fornecer energia à central de Chernobyl

O fornecimento de energia para Chernobyl foi totalmente restaurado e a central nuclear está a ser abastecida pela Bielorrússia, disseram esta quarta-feira as autoridades da região bielorrussa de Gomel, citando o Ministério da Energia da Bielorrússia.

"O fornecimento de energia para a central nuclear de Chernobyl foi completamente restabelecido", disse o ministério bielorrusso num comunicado que foi divulgado no canal da região de Gomel no serviço de mensagens Telegram.

"Atualmente, o fornecimento de energia à infraestrutura da central é assegurado pelos sistemas elétricos da Bielorrússia", adiantou a fonte, especificando que o nível de radiação no local estava hoje "estável".

LER MAIS

Mais lidas da semana