quinta-feira, 17 de março de 2022

ÚLTIMA HORA -- Ucrânia Ganhou a Guerra e Converteu os Russos

Artur Queiroz*, Luanda

CNN Portugal já foi TVI e da Igreja Católica Apostólica Romana. Agora é cais de um barqueiro do Douro e capoeira de uma galinhola saloia descerebrada. Uma imagem de Nossa Senhora de Fátima chegou hoje a Leviv, na Ucrânia. Joaquim Franco é perito nestas coisas e garantiu que a imagem número 13 de Nossa Senhora de Fátima, peregrina, milagreira, chegou a Leviv. Senhor reitor do Santuário de Fátima, e se a imagem não volta? As narrativas de Fátima, uma súplica derradeira. As Bodas de Canaã. Estamos num conceito simbólico completamente diferente.

O senhor reitor respondeu: - Isso não é um drama, se não voltar, não volta. Importante é a paz. O último reduto operativo a verificar crescentemente estes dias de guerra na Ucrânia, não só o presidente Zelensky. E o presidente Putin mandou logo cessar o fogo. 

A CNN Portugal também mandou a Leviv Ana Sofia Cardoso autocéfala e autónoma. Entrou na igreja e captou logo o cheiro do incenso. E com a voz rasca desbobinou: - São memórias adicionais do ritual que aqui se vive. A esperança que é dada pela imagem de Fátima. A esperança de que possa voltar ao Santuário de Fátima. Que volte. Porque os ucranianos vão vencer esta guerra. Não sabem quanto tempo vai acontecer.

Ana Sofia Cardoso, sem se deter, assim rezou: 

- Mas o objectivo de Fátima chegar até aqui está garantida a vitória. Uma vitória da razão. Que chega o estado do lado deles, um país atravessado pelas forças russas surpreendendo os líderes ocidentais. Vão ganhar esta guerra e devolver a imagem de Fátima ao Santuário. Para já fica um mês. 

Isto é jornalismo e do lombo, filé mignon de vitela maronesa. Sigam com atenção a reportagem da Ana Sofia Cardoso na CNN Portugal :

- A mais pura das verdades há medida que se vão benzendo e as suas orações são mais audíveis. Enquanto a imagem número 13 de Nossa Senhora de Fátima aqui estiver durante um mês, será visitada pelos quatro milhões de católicos ucranianos. As suas próprias orações, as suas preces, o sentimento patriótico é muito grande, exemplar, orações para a sua própria segurança dos homens que estão na guerra, filhos, pais, sobrinhos, amigos, aqueles que foram chamados a pegar nas armas. 

ENQUANTO OS EUA SE CONCENTRAM NA UCRÂNIA, IÉMEN PASSA FOME

# Publicado em português do Brasil

Biden prometeu parar de apoiar a guerra liderada pelos sauditas. Um ano depois, a crise humanitária do Iêmen é pior em muitos aspectos do que quando Trump era presidente.

Shuaib Almosawa | The Intercept

DAWLAT TEM 14 anos, mas tem o rosto de uma velha. Seus ossos do quadril se projetam como galhos de árvores. Nos últimos três anos, a mãe de Dawlat tentou todas as clínicas na província central de Dhamar, no Iêmen, para tratar a desnutrição aguda grave de sua filha. Até o feiticeiro local desistiu quando viu a mãe de Dawlat, Fakiha Naji, carregando a garota em seus braços. Ele disse a Naji para trazê-la de volta assim que as pernas inchadas de Dawlat se recuperassem para que ele pudesse tentar sua magia em seu corpo esquelético.

No outono passado, Dawlat desenvolveu vômitos e diarreia graves. Finalmente, à meia-noite de 1º de dezembro, Naji a levou ao hospital Al-Sabeen em Sanaa. Na enfermaria de desnutrição, a garotinha enrolou-se sobre o lado direito com os joelhos dobrados enquanto as enfermeiras a prendiam a um intravenoso fornecendo uma solução de reidratação. No momento em que saiu do coma, ela se contorceu, chorou e resmungou: “Estou morrendo de fome”. Ela pesava 44 quilos, tanto quanto uma criança normal de 5 anos.

Desde 2015, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, apoiados pelos Estados Unidos, travaram uma guerra implacável contra seu vizinho empobrecido Iêmen, em uma tentativa de restabelecer o governo pró-saudita derrubado por uma revolta popular. A agitação deu lugar a uma rebelião armada liderada pelos houthis, que Riad acusa de ser um grupo iraniano. As Nações Unidas descreveram o Iêmen como a maior catástrofe humanitária do mundo. O Programa Mundial de Alimentos estima que metade de todas as crianças do país com menos de 5 anos, cerca de 2,3 milhões de crianças, correm risco de desnutrição aguda, com 400.000 em risco de morrer se não receberem tratamento, de acordo com um porta-voz da organização que pediu para não ser nomeado porque até a ONU teme as consequências de criticar a Arábia Saudita.

Desde o presidente Barack Obama, sucessivas administrações americanas deram à Arábia Saudita apoio crucial para sustentar sua guerra no Iêmen. Joe Biden prometeu mudar isso. Na campanha , ele prometeu parar o conflito e acabar com “o 'cheque em branco' de Donald Trump pelos abusos dos direitos humanos da Arábia Saudita em casa e no exterior”.

“Esta guerra tem que acabar”, disse Biden em seu primeiro discurso como presidente . Observando que o conflito “criou uma catástrofe humanitária e estratégica”, ele prometeu interromper todo o apoio americano a “operações ofensivas” no Iêmen, incluindo vendas relevantes de armas. Os progressistas saudaram o anúncio, e o novo governo se deleitou com a cobertura positiva da imprensa . No entanto, pouco mais de um ano depois, a crise humanitária do Iêmen é pior do que quando Trump era presidente.

RÚSSIA x UCRÂNIA: RAZÕES DE UM CONFLITO

José Martins | AbrilAbril | opinião

O conflito na Ucrânia envolve um conjunto de operações militares de grande complexidade, empreendidas pela Federação Russa a pretexto da prometida integração da Ucrânia na NATO, da política de genocídio dos povos russos na região de Donbass e da nazificação da sociedade.

Ucrânia tem o terceiro maior exército da Europa, a seguir à Federação Russa e à França. São 250 mil militares no activo, a que se juntam 405 mil militares da Guarda Nacional e Milícias, dispersos pelas 24 províncias, numa população de 42 milhões de habitantes, dos quais cerca de 9 milhões são russos (20%), maioritariamente concentrados no Leste e Sul do país.

Estamos a falar de um país com um território que corresponde a duas vezes a Alemanha e com cidades com dois e três milhões de habitantes. Toda esta complexidade deve ser tida em consideração, o que não está a acontecer.

A cobertura dos meios de informação de massas à escala mundial sobre os acontecimentos na Ucrânia não tem precedentes ao nível da mentira e da hipocrisia e na deturpação e dissimulação da própria realidade.

É uma informação controlada pelas agências de desinformação que, através de um trabalho preconcebido e estudado de intoxicação das consciências, têm em vista dar credibilidade à sua versão unilateral dos factos e, desta forma, ameaçam grave e extensamente a capacidade dos cidadãos de compreenderem com objectividade a real situação em toda a sua complexidade.

Personalidades do mundo exigem o fim do expansionismo da NATO

Intelectuais, jornalistas, políticos e militantes de esquerda uniram-se para exigir o fim do expansionismo da NATO e uma «saída pacífica e negociada» para o conflito entre este bloco e a Rússia na Ucrânia.

Num «Comunicado à Opinião Pública» datado de 15 de Março, divulgado nas redes sociais em castelhano e francês, os subscritores expressam a sua solidariedade com «as famílias que perderam os seus seres queridos durante os confrontos armados no Leste da Europa».

Acusam a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) de ser o «braço militar do capitalismo neoliberal» e de «se expandir com as suas armas de destruição massiva pela Europa e pelos territórios de outros continentes», representando «uma ameaça à vida, à soberania dos povos e à paz mundial».

«Este facto – afirmam – contribui para explicar a grave situação político-militar que hoje se vive no mundo.»

Rejeitando as medidas coercivas unilaterais implementadas pelas potências ocidentais, qualificam-nas como uma «violação flagrante dos direitos humanos» e um «atentado contra os princípios de autodeterminação dos povos, igualdade entre os estados e a resolução pacífica das controvérsias internacionais».

Princípios que, sublinham, integram o Direito Internacional Público e se encontram consagrados na Carta da Organização das Nações Unidas.

Tendo como base estes pontos, os subscritores do documento defendem uma «saída pacífica e negociada» para o «conflito entre a NATO e a Federação Russa» na Ucrânia, sustentada no cumprimento dos Acordos de Minsk.

Associação de consumidores da Guiné-Bissau diz que “falta de quase tudo” no país

O secretário-geral da Associação de Defesa de Consumidores (Acobes) da Guiné-Bissau, Bambo Sanhá denunciou hoje o que considera ser a "falta de quase tudo" no país e apelou ao Governo para subvencionar o preço de alguns produtos

Falando no âmbito do Dia Mundial do Consumidor, que hoje se assinala, sob o lema “serviços financeiros e digitais”, Sanhá disse que na Guiné-Bissau os direitos do consumidor “são violados diariamente” através de falhas e faltas “de quase tudo”.

O secretário-geral da Acobes deu como “exemplo gritante”, o facto de as pessoas passarem “muito tempo” numa agência bancária, “às vezes um dia inteiro” à espera de serem atendidas para realizar uma operação “simples num outro país”.

Além de atrasos no atendimento no banco e noutros serviços públicos, Bambo Sanhá afirmou que o consumidor na Guiné-Bissau é confrontado com “taxas ocultas”, pagamentos desconhecidos, fraude no sistema informático, falta de compensação pelas avarias de equipamentos provocadas pelos fornecedores de serviços, fraca qualidade de Internet e uma rede móvel sem cobertura nacional.

A juntar a tudo isso, Sanhá disse ainda que o consumidor na Guiné-Bissau tem falta de estradas e de energia elétrica, situações que não facilitam a inclusão financeira dos cidadãos.

CONTOS POPULARES ANGOLANOS -- Kawenga em Demanda da Princesa da Damba

Seke La Bindo

Camatambo estava iluminada pelo sol do meio-dia e no ar pairava o perfume do café. Das colinas do Norte soprava uma brisa quente. Das terras do Bungo e das serranias de Mucaba vinham ecos longínquos de tempos idos, quando uma bela princesa foi raptada de casa de seu pai. Tanto choro, tanta dor paira ainda no corredor dos caçadores que por montanhas e vales vão até às cavernas da serra sagrada, à procura do rasto da raptada. 

Durante anos, o pai pediu a Mandiangu que preparasse um veneno tão forte que fizesse falar o raptor da bela princesa. Mas os que provaram a poção ficaram para sempre em silêncio, não conheciam o caminho que conduzia às serranias de Mucaba nem tampouco as cavernas onde os maldosos escondiam as suas presas humanas.

Mandiangu era o mais terrível dos feiticeiros. Quando se formaram as primeiras montanhas e nasceram as grandes árvores das matas da Damba, ele comeu a sua mãe. Desde então está sempre presente. Os velhos muito velhos perderam-lhe a idade, ele vem de outras eras, de outros ventos, quando não existia Norte nem Sul.

Se Mandiangu comeu sua mãe, é capaz de devorar todas as mães do mundo, fera eterna que iludiu o tempo, escondido numa cabaça, quando as terras da Damba foram varridas pela ventania e o fogo do fim do mundo.

Camatambo é a esteira de Mandiangu. É lá que ele dorme seu sono inquieto e prepara o veneno que faz revelar todas as maldades. 

Angola | Morte de reclusos em esquadra de Luanda envolta em polémica

Morte de detidos numa esquadra policial no município angolano de Cacuaco, em Luanda, continua a levantar dúvidas. Os números são contraditórios. Dados oficiais falam em três mortes, mas a comunidade local contabiliza 10.

Os factos ocorreram no dia 10 deste mês, no distrito urbano do Kicolo, município do Cacauco, em Luanda.

"Há informações que nos dão conta da morte de 10 detidos na esquadra 41, em Cacuaco, no distrito urbano do Kicolo e que segundo se pode apurar os mesmos teriam sido mortos por envenenamento", disse à DW África Fernando Sakwayela, responsável do projeto Agir, uma organização que trabalha com comunidades locais.  

Mas o Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional fala em apenas três mortes e a afirma que os detentos teriam sido vítimas de doença. O porta-voz da corporação na capital angolana, Nestor Goubel, diz que os detidos sentiram-se mal na esquadra, facto que motivou a sua evacuação para o hospital onde acabariam por falecer.

As investigações, acrescenta a polícia, estão em curso para se determinar as reais causas das mortes. "Em função desta ocorrência, foi aberto um inquérito e, nessa altura, decorrem deligências no sentido de junto do corpo clínico do referido hospital se determinar o que está na base da morte dos três elementos. Mais informações voltaremos a prestar tão logo sejam conhecidos os resultados da autópsia", disse Nestor Goubel.

JORNALISMO SEM RIGOR E MAMÃS DE ALUGUER

Artur Queiroz*, Luanda

Ninguém pode ensinar o que não sabe. Só transmitimos aos outros o que aprendemos e sabemos. O que não brotar do saber é mentira, ilusão, delírio, mistificação. Os nossos actos são sempre fruto do conhecimento adquirido ou então meras imitações do que vemos fazer aos outros. Também podem ser fruto da irresponsabilidade ou da ignorância.

No dia 15 de Março do ano de 1961 o Norte de Angola foi palco da Grande Insurreição Popular contra o colonialismo. Está institucionalizado como o Dia Nacional da Expansão da Luta Armada de Libertação Nacional, iniciada em 4 de Fevereiro de 1961. 

O 15 de Março ensombrou a minha vida quando era adolescente. Nunca mais as sombras saíram do meu espaço vital. Sempre nublado, sempre ameaçando tempestade, sempre oprimindo alegrias breves. Vi morrer amigos. Vi matar seres humanos como se fossem feras, apenas porque eram negros. Mataram as minhas amigas, os meus amigos, os meus mestres, as minhas mamãs, a minha gente. Mas sem o 15 de Março não teria existido a Independência Nacional.

Na época, intelectuais angolanos, nacionalistas revolucionários, pronunciaram-se contra as acções armadas dirigidas pela União dos Povos de Angola (UPA). Até chamaram terroristas aos revoltosos. Criminosos. Eu sei lá. Que injustiça! As mulheres e homens que se ergueram contra o colonialismo, de mãos nuas, com paus, catanas e, às vezes, um canhangulo desconjuntado agiram exactamente como viram fazer durante décadas e séculos. Os colonialistas torturavam, estripavam, matavam negros como quem bebe um copo de água. No dia da grande revolta, os revoltosos apenas imitaram o que viram e aprenderam.

A UPA mobilizou milhares de camponeses para a Grande Insurreição porque os doutrinadores lhes disseram que iam receber um feitiço que os tornava invulneráveis às armas dos brancos. Era um pauzinho e uma muxinga. No meu colégio do Uíje estávamos nas férias da Páscoa quando rebentou a revolta. Os alunos dos anos de exame (segundo e quinto ano) não tiveram direito a férias, ficaram com aulas de reforço para não fazerem má figura quando fossem fazer exame ao Liceu Salvador Correia como alunos externos. 

Um colega meu que andava no quarto ano foi de férias para a sua terra, o Quitexe. Escapou ao ataque e refugiou-se com a família no nosso internato. Contou-me que os revoltosos, de mãos nuas, com paus ou catanas, ouviam os tiros das caçadeiras, das carabinas, das pistolas e gritavam: Maza! Maza! Maza! Mas as balas não eram água. 

Hoje o Jornal de Angola publicou um editorial sobre a Grande Insurreição, em 15 de Março de 1961. Assim escreveram: “Trata-se de uma data em que os militantes do então movimento nacionalista UPA-FNLA, inspirados por um conjunto de actos heróicos de gerações precedentes contra a ocupação colonial, desencadearam acções corajosas que ajudaram a mudar o curso dos acontecimentos no que a Luta Armada pela Independência dizia respeito”.

A marca distintiva do jornalismo é o rigor. Por isso, em todos os Media do mundo há profissionais seniores que limpam todos os erros nas mensagens informativas. Anulam todas as omissões. Garantem a correcção da linguagem jornalística. Escrever num editorial que em 15 de Março de 1961 existia um movimento nacionalista chamado UPA-FNLA é uma falsificação da História de Angola. Um erro grave. Uma falsificação. É espezinhar o rigor enquanto marca do jornalismo. Na época ainda não existia a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA). Isto mais parece o efeito da cobertura mediática ocidental, à operação militar especial da Federação Russa na Ucrânia. 

Vamos a isso. Uma aldeia da Ucrânia. A senhora Nina, 71 anos, dizia empolgada à CNN: “Se o Putin aparecer aqui estrangulo-o. Se aparecerem soldados russos atiro-lhes granadas, o meu dedo não vai tremer quando disparar sobre eles”. 

Os habitantes da pequena aldeia posavam para a câmara da CNN. Eram civis armados até aos dentes, à espera dos “invasores”. Se chegarem as tropas da Federação Russa e forem recebidas a tiro, vão responder com tiros. Se a velhota Nina e seus vizinhos morrerem, são civis mortos por Purtin. O qual não. 

O presidente da Ucrânia diz que todo o país é linha da frente. Cada rua, cada casa, cada prédio, é linha da frente. Cada ucraniano é um combatente, um defensor da pátria. As televisões de todo o mundo mostram militares ucranianos a distribuir armas a civis. Os portugueses, sempre diferentes, mostram nas suas televisões longas filas de homens à porta de casas que vendem armas. Todos à espera da oportunidade de comprar o seu “ferro”. Um homem ia a passar e disse muito despachado a um repórter que já foi orelhudo e agora é escritor da pátria: - Eu não vou comprar armas, o governo está a distribuí-las a quem quiser”. 

Homens armados disparando sobre outros, armados ou desarmados, pode dar tiroteio e mortes. Os nazis de Zelensky escondem-se nos prédios, nas escolas, nos hospitais, nos teatros, em tudo quanto é local público. De lá disparam sobre as tropas da Federação Russa. Os locais donde vem o fogo são arrasados. Depois dizem que os russos cometem crimes de guerra. Mas é o contrário. Crime de guerra é armar civis como fizeram os colonialistas em 1961, criando as milícias assassinas. Crime de guerra é fazer de civis escudos humanos, como faziam os bandoleiros de Jonas Savimbi. Crime de guerra é montar armas pesadas em zonas residenciais como fizeram os sicários da UNITA no Huambo e outras cidades e vilas angolanas. 

Uma “comentadora” portuguesa disse sem se rir que “a Rússia já perdeu a guerra porque foi banida do Ocidente”. Num país onde o máximo que se produz é latas de sardinhas e dívidas gigantescas, uma lambisgoia engana os telespectadores e engana-se a ela própria. Ainda não perceberam que a Federação Russa, a República Popular da China, a União Indiana e outras “potências emergentes” não querem ter nada a ver com este “ocidente” nazificado. E não tarda muito, vai ser montado um cordão sanitário à volta da União Europeia e do estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) para conter o nazismo e a democracia liberal.

Joe Biden acaba de despachar sete mil milhões de dólares para armar a Ucrânia. Isto significa que o dito ocidente vai continuar a fazer de todo um povo, carne para canhão. Mais um hediondo crime de guerra. Nem as mamãs “barrigas de aluguer” vão escapar. Lá se vai o maior negócio da Ucrânia que é vender bebés aos ricaços do ocidente.

*Jornalista

Nazis à solta: O regime de Kiev intensifica atentados contra os direitos humanos

Borotba [*]

As autoridades ucranianas – em estado de choque e aterrorizadas quanto ao seu próprio destino – organizaram uma caça às bruxas generalizada. Diariamente, nos territórios controlados pelo regime de Kiev, há detenções, sequestros e torturas de activistas políticos e civis que discordam das políticas do governo central.

Pessoas simplesmente desaparecem e só alguns mais tarde, depois de parentes ou amigos soarem o alarme, torna-se claro que algo lhes aconteceu. Ativistas políticos e figuras públicas que se opuseram às autoridades ucranianas estão agora a gravar vídeos inverosímeis com mensagens às autoridades e sociedade russas.

Foi assim que se soube que o cientista político Dmitry Dzhanguírov fora sequestrado dias atrás. Milhares de seus assinantes perceberam isso quando uma declaração anti-russa foi publicada no seu canal do Youtube, “Capital”. O que nos leva a pensar que Dmitry Dzhanguirov está vivo mas mantido em cativeiro por nacionalistas ou agentes do Serviço de Segurança (SBU) da Ucrânia.
https://www.9111.ru/questions/7777777771772129/#w3

O bem conhecido activista político Dmitry Scvortsov, de Kiev, declarou na sua página no Facebook que agentes do SBU irromperam no seu apartamento. Não se ouviu mais falar dele.
https://t.me/dadzibao/6554

Ha poucos dias, foram sequestrados em Kiev o líder da Juventude Comunista Leninista da Ucrânia, Mikhail Kononovich, e o seu irmão gêmeo, o líder do sindicato antifascista, Alexander Kononovich.
https://golospravdy.eu/v-kieve-zaderzhany-oppozicionery-aleksandr-i-mixail-kononovichi/

Ponto da situação desta manhã na Ucrânia... e a evaporação dos neonazis Azov

Da TSF retiramos o ponto da situação desta manhã na Ucrânia. Fazemos notar que as reportagens se referem ao que acontece em uma das partes em combate e na destruição e mortandade algumas vezes constatadas pelo repórter, Pedro Cruz, para ali deslocado em missão indiscutivelmente arriscada. O que ele vê e reporta é o possível e alegadamente proveniente de ataques por parte das forças armadas da Rússia. Compreendem-se as limitações no terreno, ainda para mais quando já se contam ferimentos e mortes de jornalistas em serviço naquele terrível teatro de carnificina. 

Facto é que, na generalidade, as imagens faladas são parcas relativamente à exatidão do relatado e ao que de muito mau acontece naquela contenda em que curiosamente nunca, ou quase nunca, se ouve (vê) a "mão tenebrosa" dos militares do batalhão Azov, nazi-fascistas que pelo visto na imprensa ocidental nem aparecem referenciados, parecendo mais uns santinhos ou personagens de fake news e produto da imaginação dos adeptos das teorias da conspiração. O que não corresponde à realidade. A nazificação na Ucrânia existe, o dito batalhão Azov foi integrado na Guarda da Ucrânia, nas forças armadas do país... E provas não faltam. Mas disso não se fala. Porque será? A resposta talvez seja um pouco encontrada na prosa constante no Página Global e provinda de várias publicações. Em, por exemplo, Washington corre para esconder seu financiamento NED 'polvo' na Ucrânia”, em ISRAEL ATURDIDO PELOS NEONAZIS UCRANIANOS - ou em tantos outros artigos que também incluímos no Página Global, compilados de outras publicações.

Seguidamente, da TSF, o ponto da situação desta confrontação que não se deseja e que viola o discernimento e os objetivos de todas as pessoas e povos de bem.

Redação PG

IMPULSOS HOMICIDAS: OS SONHOS DOS EUA DE MATAR PUTIN

# Publicado em português do Brasil

Binoy Kampmark | Oriental Review

As guerras perturbam e iludem. O conflito na Ucrânia não é exceção. A desinformação está galopando através de relatos da imprensa e despachos da mídia com disseminação febril. O medo de que uma opção nuclear possa ser implantada faz os dentes baterem. E o presidente russo Vladimir Putin está sendo tratado como uma encarnação do Botox Hitler, uma figura digna de assassinato.

A ideia de forçar Putin à sepultura certamente agradou a senadora da Carolina do Sul Lindsey Graham. Liberado por regras mais generosas em relação ao discurso de ódio (a liberdade no Vale do Silício é inconstante), Graham foi ao Twitter para perguntar se a Rússia tinha seu próprio Brutus calculista disposto a tomar a iniciativa assassina. Avançando quase dois milênios para uma referência histórica, o senador pegou um exemplo da Segunda Guerra Mundial (quando mais?). “Existe um coronel Stauffenberg mais bem-sucedido nas forças armadas russas?” A única maneira de concluir o conflito era “alguém na Rússia tirar esse cara”.

Em apoio à proposta veio o apresentador da Fox News Sean Hannity, usando uma lógica há muito desacreditada ao lidar com os líderes de um país. “Você corta a cabeça da cobra e mata a cobra. Neste momento, a cobra é Vladimir Putin.”

Os psicólogos de poltrona tendem a sugerir que as fantasias homicidas são bastante comuns. Julia Shaw, da University College London, disse aos participantes do Cheltenham Science Festival em 2019 que isso era esperado dos humanos, permitindo que eles pensassem nas “consequências” de suas ações, obedecessem a um código moral e “desenvolvessem nossa empatia”.

Shaw pode ter perdido uma batida neste, especialmente em relação ao dano desejado ao líder russo por um certo número na autodeclarada Terra da Liberdade. A empatia tem sido escassa, e o código moral, se pode ser chamado assim, está implorando.

O telefonema homicida de Graham trouxe seus críticos, mas a indignação estava longe de ser incondicional. Mostrar equilíbrio teria traído a causa e revelado solidariedade à maldade. Houve as repreensões brandas e pungentes da congressista democrata Ilhan Omar, de Minnesota. “Enquanto o mundo presta atenção em como os EUA e seus líderes estão respondendo, as observações de Lindsey e as observações feitas por alguns membros da Câmara não são úteis.”

O senador republicano Ted Cruz achou “uma ideia excepcionalmente ruim”, preferindo “sanções econômicas maciças”, boicotes ao petróleo e gás russos e ao fornecimento de ajuda militar à Ucrânia. O senador democrata do Havaí Brian Schatz, presidente do Comitê de Assuntos Indígenas do Senado, se perguntou se um certo número de pessoas havia enlouquecido. “Eu vi pelo menos meia dúzia de tweets insanos esta noite. Por favor, todos mantenham seu juízo sobre você.”

LIBERDADE, LIBERTAÇÃO E SEGURANÇA VITAL MULTILATERAL

Martinho Júnior, Luanda

CÍRCULO 4F – A LIBERDADE COMEÇA NA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA, SINGULAR E COLECTIVA, DE TODOS AQUELES QUE SOFREM INGERÊNCIA E O IMENSO CAUDAL DE MANIPULAÇÕES, AGORA ATÉ À EXAUSTÃO, MAS PRÓXIMO DO FIM!

É também um exercício inerente ao movimento popular de libertação, em conformidade com uma segurança vital comum substantiva, capaz de consolidar democracia, paz e respeito para com toda a humanidade e para com a Mãe Terra!

O que a presstitude afim ao Pentágono, à ocupação da Europa e ao zombi-híbrido UE-NATO não vai alguma vez reconhecer, por via do "apartheid" imposto na sequência da russofobia galopante, é que por cada argumento, verdadeiro, ou falso, que for posto a circular, a Rússia, em sintonia com todo o Sul Global, vai apresentar um arsenal de factos que foram ocorrendo desde muito antes da Euro Maidan, de tal ordem que os crimes dos que pensam que não podem um dia sentar-se no banco dos réus, será do conhecimento de todos os povos!

O “laboratório” angolano conforme à sua própria luta popular de libertação e à “guerra dos diamantes de sangue” entre 1992 e 2002, é um claro indicador de tudo o que veio a acontecer, desde a URSS, à Jugoslávia, ao Afeganistão, ao Iraque, à Líbia, à Síria e agora à Ucrânia!

Quando o agravamento dos preços no espaço europeu ocupado pelo Pentágono, forem subindo devido ao "efeito boomerang" das sanções contra os russos, não vão mais poder culpar os russos do que quer que seja e os zombis fantoches desfilarão nus pelas ruas e praças de toda a Europa!

O chão vai fugir debaixo dos pés desses governantes fantoches e os meios de presstitude não vão poder parar os novos ventos com as mãos!

Em Portugal o “REGIME DE MARCELOS” produto do golpe da NATO a 25 de Novembro de 1975, eclipsar-se-á com o regresso ao 25 de Abril de 1974, mas sem mais PIDE/DGS “ultramarina”!

Libertar não é fazer a guerra e os povos europeus, duma forma ou de outra, vão descobrir como unir forças para a liberdade multilateral, fora do feudalismo bárbaro para onde foram atirados desde a IIª Guerra Mundial!

As primeiras greves devido à subida de preços, pré-anúncio da inflacção que espreita, já estão a ocorrer Europa fora e são apenas a antecâmara duma espiral que poderá conduzir à paulatina libertação de toda a Europa, à reformulação completa da União Europeia (convertendo-se ao multilateralismo) e ao fim da Organização do Tratado do Atlântico Norte por completa obsolescência!

As Forças do Pentágono têm um caminho: acabar com o EUROCOM e todas as suas bases, acabar com a 6ª Frota do Mediterrâneo e acabar com o AFRICOM, cuja sede está na Alemanha ocupada e em base própria!

A segurança vital só pode ser em comum e com um inevitável inspiração multilateral, sem asquerosos tratados no meio e muito menos com bases do Pentágono, com toda a decrepitude física e mental que elas comportam onde quer que estejam implantadas mundo fora (são mais de 700)!

A paz é possível com a mudança de paradigma!

YANKEE GO HOME! - https://www.youtube.com/watch?v=2zigNZxbxSw.

CÍRCULO 4F, Martinho Júnior, 16 de Março de 2022

UCRÂNIA: A PROVOCAÇÃO CADA VEZ MAIS CLARA DE WASHINGTON

# Publicado em português do Brasil

Invasão russa é inaceitável e precisa acabar, mas a paz passa por reconhecer os fatos: EUA apoiaram o golpe em Kiev e o massacre de 14 mil ucranianos do Donbas. Personificar o horror em Putin mal disfarça a ojeriza ao mundo multipolar…

Jackson Lears, no London Review of Books | Tradução de Maurício Ayer | em Outras Palavras

A invasão da Ucrânia pela Rússia é uma catastrófica violação das leis internacionais. Os EUA e sua Otan devem fazer todo o possível para conduzi-la a um fim pacífico o mais rápido possível, promovendo o cessar fogo e a neutralidade da Ucrânia. Mas os obstáculos para a paz são complexos e não podem ser simplesmente atribuídos à Rússia. A guerra de Putin não começou em 24 de fevereiro de 2022. Foi prefigurada já em 1996, quando os EUA anunciaram a sua determinação em expandir a Otan para o leste, apesar dos avisos de observadores experientes como George Kennan e William Burns (agora diretor da CIA de Biden) que a medida exacerbar as preocupações de segurança russas. A situação agravou-se em fevereiro de 2014 com o golpe apoiado por Washington contra Viktor Yanukovych, a tomada do movimento Maidan por nacionalistas de extrema-direita e a instalação de um novo governo liderado por Arseniy Yatsenyuk – que incluiu ideólogos de direita em quatro cargos do gabinete.

Em semanas, o golpe havia provocado uma rebelião separatista entre os ucranianos de etnia russa no Donbas, que tinham fortes razões para temer a agenda cultural antirrussa do novo governo. Durante quase oito anos, o exército ucraniano – com o batalhão Azov, de extrema-direita, na vanguarda – tem tentado reprimir a revolta. Catorze mil pessoas morreram, incluindo mais de quarenta manifestantes pacíficos que foram trancados no edifício de um sindicato, onde foram queimados vivos ou saltaram das janelas. Em vez de denunciar as atrocidades, os políticos estadunidenses entraram com tudo no modo Guerra Fria, evocando o clichê mais desgastante daquele período: “Os Estados Unidos ajudam a Ucrânia e o seu povo”, disse o deputado Adam Schiff em janeiro de 2020, “para que possamos combater a Rússia ali e não tenhamos de combatê-los aqui”.

O apoio militar dos EUA à guerra ucraniana contra os separatistas, combinado com manobras da Otan nas fronteiras da Rússia e a obstinada insistência com a adesão de facto (se não de jure) da Ucrânia à aliança, só pode ser descrito como uma provocação sustentada e deliberada de um rival poderoso. Não foi surpresa quando Putin finalmente respondeu, reconhecendo e protegendo as repúblicas separatistas em Donbas. Infelizmente, ele foi além, gerando raiva nos EUA, UE e em outras regiões e países. A atmosfera está agora envenenada por discursos militaristas, incluindo a exigência ignorante e irresponsável de uma zona de exclusão aérea – o que exigiria que as forças dos EUA/Otan abatessem aviões russos, arriscando provocar a Terceira Guerra Mundial.

Por trás daquilo que Denis Johnson chamou de “árvore de fumaça” criada pelo olhar da segurança nacional e seus estenógrafos da mídia, é impossível saber o que se está acontecendo na Ucrânia. Poucos jornalistas conseguem fazer reportagens no leste do país, onde ocorre a maioria dos confrontos, e não há qualquer reconhecimento do amplo papel da extrema-direita na política e nas forças armadas ucranianas. A ironia é que, há anos, os liberais estadunidenses ficam obcecados com tudo o que possa ser vagamente rotulado como fascismo. Apenas a Ucrânia está liberada do escrutínio, talvez porque na atual mitologia estadunidense o principal neofascista do mundo é Vladimir Putin. Graças a este louco, Robert Reich anunciou, “o mundo está hoje assustadoramente fechado em uma batalha até a morte entre a democracia e o autoritarismo”. Em vez de enfrentar o grande realinhamento global que está em curso, com a convergência de Rússia, China e Índia, os estadunidenses continuam ligados às visões do Armagedom – o desejo de morte no coração do delírio imperial.

*Historiador cultural e intelectual estadunidense

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ISRAEL ATURDIDO PELOS NEONAZIS UCRANIANOS

Thierry Meyssan*

A presença organizada pelo Estado de neo-nazis no seio do Exército ucraniano não é anedótica, mesmo não sendo possível quantificá-la de maneira precisa. Já, pelo contrário, é fácil quantificar as suas vítimas. Perante a indiferença geral, eles mataram 14. 000 Ucranianos em oito anos. Esta situação é uma das causas da intervenção militar russa na Ucrânia. Israel vê-se confrontado pela primeira vez com aquilo que jamais podia imaginar : o apoio do seu protector EUA ao seu inimigo histórico, o nazismo.

Este artigo dá seguimento a:
 1. « A Rússia quer obrigar os EUA a respeitar a Carta das Nações Unidas », 5 de Janeiro de 2022.
 2. « Washington prossegue o plano da RAND no Cazaquistão, a seguir na Transnístria », 11 de Janeiro de 2022.
 3. « Washington recusa ouvir a Rússia e a China », 18 de Janeiro de 2022.
 4. « Washington e Londres, atingidos de surdez », 1 de Fevereiro de 2022.
 5. « Washington e Londres tentam preservar a sua dominação sobre a Europa », 8 de Fevereiro de 2022.
 6. “Duas interpretações do processo ucraniano”, 16 de Fevereiro de 2022.
 7. «Washington canta vitória, enquanto seus aliados se retiram », 22 de Fevereiro de 2022.
 8. «A Rússia declara guerra aos Straussianos», 3 de Março de 2022.
 9. «Um bando de drogados e de neo-nazis», 5 de Março de 2022.

Israel está confrontado com um problema inesperado face à crise ucraniana: é verdade, tal como pretende Moscovo (Moscou-br), que o país está nas mãos de um «bando de neo-nazis» financiado por judeus ucranianos e norte-americanos? Se sim, é um dever moral para Telavive clarificar a sua posição sobre os judeus que apoiam nazis, independentemente qualquer outra tomada de posição sobre a crise ucraniana.

A questão é tanto mais cruel quando os poucos judeus norte-americanos que apoiam, ou instrumentalizam, os grupos nazis ucranianos são um grupúsculo de uma centena de pessoas, os Straussianos, actualmente no Poder no circulo imediato do Presidente Joe Biden.

QUE REPRESENTAM OS NEO-NAZIS UCRANIANOS?

Em Fevereiro de 2014, a «revolução da dignidade», dita também «EuroMaidan», foi uma mudança de regime patrocinado pela straussiana Victoria Nuland, adjunta dos Secretários de Estado John Kerry e Hillary Clinton. Neste contexto, um grupo de hooligans apoiantes do clube de futebol de Kharkiv, a «Seita 82», ocupou os locais da governação do oblast e espancou os funcionários do anterior regime.

Tornado Ministro do Interior, Arsen Avakov, que havia sido governador de Kharkiv durante o anterior regime e um dos organizadores do Euro 2012, autorizou a formação de uma força paramilitar de 12.000 homens, em torno dos hooligans da «Seita 82» para defender a « revolução ». Em 5 de Maio de 2014, o « Batalhão Azov » ou « Corpo do Leste » era oficialmente constituído sob o comando de Andriy Biletsky.

Este, chamado o « führer branco », é um teórico do nazismo. Tinha sido o líder dos « Patriotas da Ucrânia », um grupúsculo neo-nazi partidário de uma Grande Ucrânia e violentamente anti-comunista.

Andriy Biletsky e Dmitro Yarosh fundaram juntos o «Sector Direito» (Pravyi Sektor -ndT) que jogou o papel principal na Praça Maidan, em 2014. Esta estrutura, abertamente anti-semita, homofóbica, era financiada pelo padrinho da máfia ucraniana, o multi-milionário (bilionário-br) judeu Ihor Kolomoïsky. No plano internacional, o « Sector Direito » é violentamente oposto à União Europeia e entende, pelo contrário, formar uma aliança de Estados da Europa Central e do Báltico, o Intermarium. Coisa que funciona, já que é também o projecto dos Straussianos, os quais, desde o Relatório Wolfowitz de 1992, consideram a União Europeia como um rival para os EUA mais perigoso que a Rússia. Estarão, por certo, lembrados da conversação telefónica interceptada entre V. Nuland e o embaixador dos EUA, onde ela se gabava que ia « dar no cú à União Europeia » (sic).

Dmitro Yarosh é um agente das redes stay-behind (de retaguarda-ndT) da OTAN que organizou com o emir Doku Umarov um Congresso anti-russo em Ternopol, em 2007, sob o olhar atento de Victoria Nuland, que à época era embaixatriz dos Estados Unidos na OTAN. Yarosh reuniu neo-nazis de toda a Europa e islamistas do Médio-Oriente para travar a jiade na Chechénia contra a Rússia. A seguir, ele foi o chefe do «Tridente de Stepan Bandera» (dito « Tryzub »), um grupúsculo que glorificava o Colaboracionismo ucraniano com os nazis. Segundo Stepan Bandera, os Ucranianos autênticos são de origem escandinava ou proto-germânica, infelizmente misturaram-se com os eslavos, os Russos, os quais devem combater e dominar. Nos fins de 2013, os homens de Yarosh e jovens de um outro grupo nazi foram treinados em combates de rua por instrutores da OTAN na Polónia. Fui muito criticado quando revelei este assunto porque tinha citado um jornal satírico numa nota, no entanto o Procurador-Geral (Promotor-br) da Polónia abriu uma investigação que, claro, nunca teve sucesso porque teria implicado o Ministro da Defesa [1].

No Verão de 2014, o Batalhão Azov incluía já todos estes grupos neo-nazis, e não só. Foram enviados para combater os rebeldes de Donetsk e de Lugansk, o que eles fizeram com prazer. O seu soldo foi aumentado atingindo o dobro do dos soldados regulares. O Batalhão tomou a cidade de Marinka à autoproclamada República popular de Donestk onde massacrou os «separatistas».

Em Setembro de 2014, o Governo Provisório encarregou a Guarda Nacional de absorver o Batalhão Azov e afastar alguns líderes nazis da formação.

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