quinta-feira, 17 de março de 2022

ÚLTIMA HORA -- Ucrânia Ganhou a Guerra e Converteu os Russos

Artur Queiroz*, Luanda

CNN Portugal já foi TVI e da Igreja Católica Apostólica Romana. Agora é cais de um barqueiro do Douro e capoeira de uma galinhola saloia descerebrada. Uma imagem de Nossa Senhora de Fátima chegou hoje a Leviv, na Ucrânia. Joaquim Franco é perito nestas coisas e garantiu que a imagem número 13 de Nossa Senhora de Fátima, peregrina, milagreira, chegou a Leviv. Senhor reitor do Santuário de Fátima, e se a imagem não volta? As narrativas de Fátima, uma súplica derradeira. As Bodas de Canaã. Estamos num conceito simbólico completamente diferente.

O senhor reitor respondeu: - Isso não é um drama, se não voltar, não volta. Importante é a paz. O último reduto operativo a verificar crescentemente estes dias de guerra na Ucrânia, não só o presidente Zelensky. E o presidente Putin mandou logo cessar o fogo. 

A CNN Portugal também mandou a Leviv Ana Sofia Cardoso autocéfala e autónoma. Entrou na igreja e captou logo o cheiro do incenso. E com a voz rasca desbobinou: - São memórias adicionais do ritual que aqui se vive. A esperança que é dada pela imagem de Fátima. A esperança de que possa voltar ao Santuário de Fátima. Que volte. Porque os ucranianos vão vencer esta guerra. Não sabem quanto tempo vai acontecer.

Ana Sofia Cardoso, sem se deter, assim rezou: 

- Mas o objectivo de Fátima chegar até aqui está garantida a vitória. Uma vitória da razão. Que chega o estado do lado deles, um país atravessado pelas forças russas surpreendendo os líderes ocidentais. Vão ganhar esta guerra e devolver a imagem de Fátima ao Santuário. Para já fica um mês. 

Isto é jornalismo e do lombo, filé mignon de vitela maronesa. Sigam com atenção a reportagem da Ana Sofia Cardoso na CNN Portugal :

- A mais pura das verdades há medida que se vão benzendo e as suas orações são mais audíveis. Enquanto a imagem número 13 de Nossa Senhora de Fátima aqui estiver durante um mês, será visitada pelos quatro milhões de católicos ucranianos. As suas próprias orações, as suas preces, o sentimento patriótico é muito grande, exemplar, orações para a sua própria segurança dos homens que estão na guerra, filhos, pais, sobrinhos, amigos, aqueles que foram chamados a pegar nas armas. 

É isso mesmo Aninhas. Não bebes mais hoje. Deita fora a garrafa. Querem mais? Se os leitores pedem eu obedeço. Aí vai outro um naco fabuloso na reportagem da Ana Sofia Cardoso:

- Para que sobrevivam a esses dias mais negros, para que Fátima possa trazer alguma luz. A alma patriótica deste país está em níveis muito elevados, as flores são acrescentadas às liturgias, este acolhimento, esta segurança, pelo menos um pouco maior para os próximos dias. Um momento mais simbólico. O rito está pelo menos a meio. Esta missa que acompanhamos em directo.

Aninhas, tu pensavas que vodka é água? Vodka não é água não. Vodka vem do alambique e água vem do ribeirão. Não dizes mais nada. Os leitores querem mais? Está bem. Mas só este cheirinho:

- O caminho é bastante longo mesmo depois da guerra terminar. Temos falado com algumas pessoas. Esperam um país mais violento, bem menos pacífico pela chegada de pessoas. Quem aqui está tem cada vez mais armas. Dizem pessoas completamente pacíficas. Para desvalorizar a vivência religiosa que está a ser acompanhada em todo o mundo, a dimensão religiosa até de impacto político está presente essa relevância da dimensão religiosa, a imagem peregrina de Fátima ainda valoriza mais. A conversão da Rússia, uma mensagem no sentido da emenda do ser russo. Alterar o comportamento político também.

Aninhas, não bebes mais hoje. Acabou. Mas o especialista Joaquim Franco tem a palavra na CNN Portugal:

- Agora não temos a dimensão do comunismo mas a dimensão da força. A Rússia e a guerra. O impacto político da dimensão religiosa. A diplomacia nas últimas décadas há um discurso para que seja a dimensão possível. As esperanças. Esta dimensão espiritual, o tempo secularizado não realça a fé, pode operar mudanças. Não podemos alhear-nos.

Quinzinho, isso é muito kaporroto e um alto snife! Modera-te, rapaz! Sigam o génio:

- O patriarca Cirilo tem uma posição ambígua, não critica o conflito mas é contra a guerra, dando a entender que há uma certa legitimidade política da Rússia. Cirilo diz que as origens do conflito é a segurança da Rússia. Este é o argumento de Putin aqui legitimado pelo patriarca de Moscovo. Depois temos o Papa a endurecer as suas palavras sem deixar de tentar estabelecer uma ligação das partes. O dilúvio, o símbolo do fim de uma restauração, digamos assim. O pior que há, um conflito nuclear. O Papa chamou à atenção disso. O Cirilo tem uma posição ambígua. A linguagem do Evangelho é que manda.

Por fim, Joaquim Franco falou a sua verdade de intrépido jornalista:

- Maria é muito querida entre os cristãos católicos e de que maneira os ortodoxos! Esta imagem de Nossa Senhora de Fátima a chegar a Leviv, os cristãos a rezarem pela paz. Por outro lado ainda há dias vimos o patriarca de Moscovo entregar uma imagem a um chefe militar para proteger os russos.

A primeira baixa irreparável na Ucrânia foi o Jornalismo. Quanto ao Jornalismo Português, pelo exemplo anexo, estamos conversados.

Subitamente os Media ocidentais perderam a vergonha e já falam no Batalhão de Azov, bandeira de milhares de nazis em armas. Já não é mau. Também vão aflorando, timidamente, as causas que justificam a operação militar especial da Federação Russa na Ucrânia. Primeira causa: O senhor Zelensky teve uma maioria qualificada nas últimas eleições. Por isso fez uma revisão constitucional onde incluiu na Lei Fundamental que a Ucrânia vai ser membro da OTAN (ou NATO) e da União Europeia, o cartel falido que tem o bloco militar às costas. Segunda causa: Integrou as milícias nazis nas forças armadas nacionais. Por isso, há que desnazificar e desarmar. A Ucrânia e o mundo. Já agora...

*Jornalista

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