segunda-feira, 16 de maio de 2022

Porque o Ocidente está falando sobre cessar-fogo e concessões de repente?

# Publicado em português do Brasil

Andrew Korybko* | One World

A conclusão desses desenvolvimentos recentes é que o Ocidente liderado pelos EUA não acredita mais em sua retórica sobre a vitória supostamente inevitável de Kiev, mas essa guerra por procuração parece ter espiralado a ponto de nem mesmo a América ser capaz de controlar totalmente sua dinâmica, uma vez que é incapaz de impor um cessar-fogo de ambos os lados.

O Ocidente liderado pelos EUA insiste que Kiev derrotará a Rússia ao longo de sua intervenção militar especial em andamento , mas desenvolvimentos recentes sugerem que esse bloco civilizacional não acredita verdadeiramente em sua própria retórica. O presidente francês Macron alertou contra a Europa “humilhando” a Rússia no caso de Kiev vencer, até propondo que Kiev conceda parte de seu território a Moscou para evitar isso, o que o presidente Zelensky criticou publicamente e, portanto, levou seu colega a negar. Na mesma época, o secretário de Defesa dos EUA, Austin, ligou para seu colega russo para exigir um cessar-fogo imediato, apesar de declarar no mês passado que a Ucrânia “pode ganhar”. Por fim, o Politico acabou de publicar um artigo chamando a atenção para como a Alemanha, a França e a Itália estão supostamente fazendo propostas para a Rússia.

O que de forma convincente parece estar acontecendo é que o Ocidente finalmente percebe cerca de 80 dias após o conflito que a Rússia não está “perdendo” como esperavam, mas está se mantendo firme, obtendo ganhos lentos, mas constantes, apesar da guerra por procuração liderada pela OTAN contra ela. pela Ucrânia. Temendo um colapso das Forças Armadas Ucranianas (UAF) que poderia levar a um avanço russo do leste da Ucrânia em sua porção central em toda a margem esquerda do Dnieper e potencialmente até mesmo além nos cenários mais extremos, eles estão lutando para convencer ambos os lados para concordar com um cessar-fogo. A abordagem dos EUA em relação à Rússia é presumivelmente para avisá-la de uma prolongada e cara guerra por procuração, enquanto a da Europa Ocidental em relação a Kiev pode ser para dizer que perder território é o “preço a pagar pela vitória” para evitar uma “Rússia de Weimar”.

Ucrânia: Batalhas em toda a linha de frente, sem muito sucesso de ambos os lados


BATALHAS POSICIONAIS E TRAVESSIAS DE RIOS RESULTAM EM PERDAS PARA AMBOS OS LADOS

#Traduzido em português do Brasil 

Na Ucrânia, a luta continua ao longo de toda a linha de frente, sem muito sucesso de ambos os lados.

Na região de Kharkiv, as Forças Armadas da Ucrânia (AFU) controlam a linha Prudyanka — Pitomnik — Rubezhnoye. A AFU assumiu posições perto da fronteira do estado da Rússia, perto da vila de Ternovy. Nos últimos dias, não houve mais avanço da AFU para o leste, apesar das tentativas contínuas.

Incapaz de desferir um golpe esmagador nas posições militares russas na região, os militares ucranianos continuam a bombardear aldeias russas localizadas perto da fronteira. Durante outro bombardeio na região de Belgorod, um civil local ficou ferido.

Na área de Izyum, os combates continuam ao sul da vila de Dolgenky e perto de Kurulki. As tropas russas chegaram às posições ucranianas em Barvenkovo. Há relatos de combates na vila de Gusarovka, localizada na periferia sul da cidade.

A oeste de Izyum, as unidades AFU que tentaram forçar os Seversky Donets foram destruídas. Apesar da ameaça de cerco, o regime de Kiev continua a transferir equipamentos e pessoal adicional para a área.

A luta continua perto da vila de Liman. De Yampol, a linha de frente mudou-se para a vila de Dibrovo.

De acordo com dados preliminares em 16 de maio, as forças lideradas pela Rússia assumiram o controle das aldeias de Yarovaya e Drobyshevo na área de Oskol. O agrupamento de tropas ucranianas em Liman corre o risco de cair no cerco operacional, enquanto a ponte que liga a cidade a Slavyansk foi destruída. O agrupamento AFU na região é dividido em duas partes centradas em Svyatogorsk e em Liman.

A SOCIAL DEMOCRACIA EUROPEIA E A GUERRA

Em mais de um século, mesmo participando de muitos governos, esta corrente nunca desenvolveu política externa independente – e sempre nutriu preconceito antirrusso. Não surpreende que tenha se tornado força auxiliar da estratégia dos EUA

José Luís Fiori* | Outras Palavras

Há fortes evidências históricas de que foi no período
em que se consolidou a utopia europeia da “paz perpétua” e
se formulou pela primeira vez o projeto de uma ordem mundial
baseada em valores e instituições compartidas
que se travaram as guerras mais numerosas
e sanguinárias da história 
 -- Fiori, J. L. “Dialética da guerra e da paz”

Foi no dia 28 de setembro de 1864 que nasceu, na cidade de Londres, a Associação Internacional dos Trabalhadores – chamada de Primeira Internacional – com a proposta de abolir todos os exércitos nacionais e todas as guerras do mundo. A mesma tese pacifista e radical que foi depois referendada pelo congresso da Segunda Internacional, realizado em Paris em 1889, e que depois foi uma vez mais confirmada pelo Congresso Social-Democrata de Stuttgart, em 1907. Apesar disso, no dia 3 de agosto de 1914, a bancada parlamentar do Partido Social-Democrata alemão apoiou por unanimidade a entrada da Alemanha na Primeira Guerra Mundial e aprovou de imediato o orçamento militar apresentado por seu Imperador, Guilherme II.

Depois dos alemães, o mesmo aconteceu com os partidos social-democratas austríaco, húngaro, polonês, francês, belga, inglês, italiano, português e espanhol. E com exceção dos social-democratas russos, quase todos os socialistas europeus deixaram de lado o “pacifismo” e o “internacionalismo” de seus antepassados e adotaram a retórica patriótica de seus Estados e governos nacionais durante a Primeira Guerra Mundial. E já então a maioria dos social-democratas incorporou o tradicional medo dos conservadores europeus com relação ao que consideravam uma ameaça permanente à civilização ocidental, representada pelos “russos” e pelos “asiáticos”. Devem-se destacar, entretanto, algumas dissidências individuais notáveis que se opuseram à guerra ou defenderam a neutralidade dos socialistas, naquele momento, como foi o caso, entre outros, de Kautsky, MacDonald, Karl Liebknecht, Rosa de Luxemburgo, Lênin e Gramsci.

Depois da Revolução Russa de 1917, e da criação da Terceira Internacional, em 1919, os Partidos Comunistas da Europa e de todo o mundo adotaram uma posição internacional convergente com a política externa da União Soviética frente à Segunda Guerra Mundial (1938-1945), à Guerra da Coreia (1950-1953), à Guerra do Vietnã (1955-1975), frente às Guerras de Libertação Nacional da África e da Ásia, nas décadas de 1950 e 60, e frente a todos os demais conflitos do período da Guerra Fria, até o fim da própria União Soviética e a perda de importância generalizada dos partidos comunistas. Assim mesmo, os partidos comunistas europeus não chegaram a ser governo ou só tiveram um papel secundário de apoio a algum governo de coalizão, e não tiveram que formular uma política externa própria dentro da “Europa Ocidental”. Mas este não foi o caso dos partidos socialistas, social-democratas e trabalhistas, que seguiram um caminho completamente diferente, desde o primeiro momento em que foram governo, e muito mais ainda durante e depois da Guerra Fria.

AS ARMAS OCIDENTAIS QUE ALIMENTAM A GUERRA NA UCRÂNIA

#Traduzido em português do Brasil

Mais de 30 nações, principalmente ocidentais, enviaram armas militares e ajuda para ajudar a Ucrânia a combater a Rússia

Jordan Cohen | Asia Times

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, muitas nações do mundo procuraram apoiar os ucranianos enviando armas . Mesmo antes disso, porém, muitos países ofereciam ajuda limitada como resultado da tomada russa da Crimeia , no sul da Ucrânia, em 2014.

Os Estados Unidos doaram mais de US$ 3 bilhões em ajuda militar e venderam mais US$ 165 milhões em armas ao país. A nova legislação sugere que esse número continuará aumentando, tanto por meio de um processo simplificado de empréstimo ou arrendamento de equipamentos para a Ucrânia quanto por US$ 20 bilhões adicionais em ajuda militar que Biden pediu ao Congresso para aprovar.

Como pesquisador do comércio de armas e analista de políticas do Cato Institute, observei que alguns países forneceram itens como tanques e helicópteros . Isso ajuda a Ucrânia a impedir que a Rússia capture e mantenha o território ucraniano.

Mas eles não são a maioria das transferências de armas. As quatro principais categorias de armas que o Ocidente enviou à Ucrânia são armas e munições básicas, mísseis, drones de ataque e artilharia.

31 países apoiaram a Ucrânia com ajuda militar

Em 28 de abril de 2022, 31 nações, incluindo muitas nações europeias, bem como EUA, Austrália e Japão, enviaram ajuda militar à Ucrânia para ajudar na defesa contra o ataque da Rússia


Armas de fogo

Armas e munições compõem uma grande quantidade de armas transferidas. Os EUA enviaram à Ucrânia mais de 50 milhões de cartuchos de munição para revólveres, rifles e artilharia. Canadá, Grécia, Lituânia, Holanda, Polônia, Portugal, Romênia e Eslovênia também forneceram munição.

A utilidade das armas e munições é bastante simples: sem eles, os soldados ucranianos – e os civis que se juntaram a eles – não podem se defender. Este equipamento também é simples de aprender a usar, e relativamente pequeno e leve, facilitando o envio de grandes quantidades de um país para outro.

VITÓRIAS E DERROTAS NO TEATRO DA GUERRA

Artur Queiroz*, Luanda

Andulo. Durante décadas este município do Planalto Central era conhecido por fornecer escravos para as roças de café no Norte de Angola. Um dia quis saber a origem do nome da terra sangrada pelos escravocratas. A palavra original é Ndulo que significa tristeza. Mais do que tristeza, amargura. Mais do que amargura, fel. O filho primogénito do soba Chicolungunja, seu sucessor, foi mordido por uma cobra surukuku (o Savimbi?) e o jovem teve morte fulminante. Decidiu baptizar aquelas terras de Ndulo. 

Tristeza e amargura foram multiplicadas por milhões quando Jonas Savimbi e seu séquito de bandidos, entre os quais Alcides Simões, dito Sakala para parecer mais autóctone, assaltou o município e ali se instalou pela força das armas, contra a vontade do povo. Outro bandido armado, que participou no assalto, foi Abílio Camalata Numa, que hoje escreve no “portal” da UNITA e dos restos do regime de apartheid da África do Sul, nomeado Club K:

“Em Angola, onde lutamos pela liberdade contra os russos, também sabemos o que vem a seguir, a victória da tecnologia. O que está em causa nesta guerra (da Ucrânia) é a liberdade e não a falácia da OTAN ter se aproximado as fronteiras da Federação Russa. Os russos e os americanos têm armas nucleares intercontinentais para se anularem sem saírem dos seus países”. (não emendei os erros de ortografia). Quando os bandidos ocuparam o Andulo (tristeza, amargura, fel) a Ucrânia foi escolhida pelos EUA, Reino Unido e potências europeias para armar a rebelião de Jonas Savimbi. Os ucranianos até estavam a construir uma grande pista de aterragem, perto do Andulo, para reabastecimento dos bandidos armados. 

As unidades dos brigadeiros Guto e Gonga avançaram sobre o Andulo com forças de Malanje, Bié e Huambo, comandadas pelo general Simione Mukundi. As forças de Malanje foram as primeiras a entrar na vila. O general Mukundi morreu, ao accionar uma mina. O brigadeiro Guto tomou o comando da operação. As tropas da UNITA fugiram em debandada. O coronel Eugénio perseguiu implacavelmente os fugitivos. A essa força juntou-se a tropa do brigadeiro Walla. O desfecho é conhecido de todos, menos do Simões (Sakala) e do Numa, que ainda estão a combater contra russos e cubanos, ao lado dos racistas da África do Sul

Hoje estou numa de Ideias Gerais, alcunha do inesquecível amigo e camarada Rui de Matos, o guerrilheiro Maio, poeta, artista plástico, general das Forças Armadas Angolanas e amante do mar. Um dia esteve horas a explicar-me que a palavra Mar é feminina. Mar é mulher. Mar é a vida na sua dimensão misteriosa. Em latim a palavra era do género neutro, nem carne, nem peixe. Para português emigrou no masculino. Mas em espanhol é do género feminino.

O presidente Marcelo Rebelo de Sousa garantiu aos portugueses que Portugal é um beneficiário líquido da actual situação mundial. Isso quer dizer que ganha dinheiro. Ganhará, mass fica todo no Palácio de Belém. As portuguesas e portugueses que conheço andam todas e todos com os bolsos cheios de ar e os estômagos repletos de vento. 

O senhor João Gomes Cravinho garante que a Rússia vai ter uma tremenda derrota! A OTAN (ou NATO) não perdoa. Que alguém avise, urgentemente, o presidente Marcelo. Portugal é membro da organização militar mais agressiva e reaccionária do mundo. E se vai dar porrada aos russos, a guerra também toca aos portugueses. Lá se vão os benefícios líquidos. 

Os ministros das relações exteriores da OTAN (ou NATO) estiveram hoje reunidos em Berlim. Trataram dos negócios de guerra, guerra, guerra, sanções, sanções, sanções. O Papa Francisco mandou-lhes um recado: “Tratem da paz, não da guerra”. Ninguém o quer ouvir. Mas ele insiste, o que só lhe fica bem. Continua a ser um dos poucos líderes mundiais sensatos e que ainda não enlouqueceu. Mas até quando vai aguentar? 

Annalena Baerbock, ministra das guerras exteriores da Alemanha, é verde. Mau sinal. Isso quer dizer que o Reich renasce em força e já chegou a partidos que tinham paleio de esquerda. Esta também diz que a Federação Russa já perdeu a guerra. (O secretário-geral da OTAN ou NATO diz que já ganhou!) E manda armas para os nazis de Kiev. Como a menina Annalena é ambientalista, verdíssima, pode não perceber bem o que está a acontecer. Se mísseis disparados do Mar Negro acertam com precisão em instalações militares e armazéns de armamento em Leviv, também podem acertar no estúdio onde Zelensky faz os seus números. Ou no centro político e administrativo de Kiev. Por favor, façam um esforço para perceber que a Federação Russa é uma potência militar mundial. Não é a Líbia, a Síria ou o Iraque.

O presidente da Finlândia desfaz-se em declarações sobre as conversas que teve com os presidentes Putin e Erdoğan . Estes nórdicos eram tidos como muito educados, adiantados, acima de todos os outros europeus. O senhor Sauli Niinistö afinal é um alcoviteiro de bordel, um coscuvilheiro rastejante. Ainda não sabe as regras mínimas da educação. Estes reis, afinal são todos analfabetos e vão mais nus do que parece.

Sauli Niinistö é capaz de não ter dois dedos de inteligência para perceber que o mundo unipolar está a dar as últimas. Mas a sua capacidade ainda deve dar para entender que a operação militar (se fosse guerra, Kiev já não existia...) na Ucrânia tem como objectivos desnazificar e desarmar o país. Porque a Federação Russa considera “uma ameaça existencial” a presença da OTAN (ou NATO) nas suas fronteiras. Sabe o que é uma fronteira? Não sabe? Então de castigo vai ter de percorrer, a pé, a fronteira entre a Federação Russa e a Finlândia. 

A Finlândia está a comprar uma situação de guerra latente quando antes tinha paz. Os suecos parecem mais comedidos. O governo da Suécia encomendou uma sondagem e os resultados saíram piores do que a encomenda. Metade dos inquiridos é contra a adesão do país à OTAN (ou NATO). Diz quem sabe que militarmente, Suécia e Finlândia nada adiantam à organização militar ofensiva, agressiva e reaccionária. Só se meteram nisto porque o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) assim decidiu. Isto está mesmo muito perigoso!

A Ucrânia já domina o mundo, até o das cantorias da Eurovisão. As sanções, sanções, sanções, guerra, guerra, guerra, também. Os portugueses, num acto de grande coragem, roubaram uma casa de dez milhões de euros ao senhor Roman Abramovich que, como se sabe, é russo, lituano, israelita e português. Os intrépidos portugueses já aplicam sanções à Federação Russa, roubando os próprios cidadãos portugueses. Mas se fosse só Abramovich o roubado, boa ia a festa. O problema é que a esmagadora maioria da população também está a ser gravemente sancionada. O custo de vida aumenta e o povo não aguenta.

*Jormalista

Na imagem: Sauli Niinistö, político finlandês, membro do Partido da Coligação Nacional (conservador) e atual presidente da Finlândia.

QUEM É, QUEM É, O “CAMPEÃO” DOS NOTICIÁRIOS?

A agência de comunicação Marktest divulgou um ranking sobre o protagonismo noticioso. Depois de fazer contas ao número de notícias publicadas nas televisões e à duração das mesmas, a Marktest diz que Marcelo Rebelo de Sousa foi quem teve maior exposição mediática.

Cento e trinta e cinco (135) notícias com 5 horas e 16 minutos de duração durante o mês de abril, é o resultado mediático do labor presidencial.

Nas posições seguintes estão, em segundo lugar António Costa e, em terceiro lugar André Ventura. Depois aparecem, por ordem descendente, Inês Sousa Real, António Guterres, Rui Tavares, Fernando Medina, Mariana Mortágua, Augusto Santos Silva e Rui Rio.

Deste ranking, é notável o mediatismo concedido ao líder do Chega. É o triunfo do populismo caceteiro em todo o seu esplendor. Os jornalistas serão os primeiros responsáveis pelo relativo sucesso da extrema-direita em Portugal. E é igualmente notável o apagamento do líder do segundo maior partido português. Rui Rio deve andar a dormir na forma.

Também não deixa de surpreender a ausência de Jerónimo de Sousa. Nem mesmo os ímpetos persecutórios motivados pelo posicionamento do PCP quanto à guerra na Ucrânia geraram número de notícias suficiente para o dirigente comunista constar no ranking dos 10+ da Marktest.

Por fim, esta análise peca por aparentemente não considerar protagonistas estrangeiros. Caso considerasse, o grande vencedor, o campeão seria Volodymyr Zelensky. “Não há pai” para o Presidente ucraniano, em termos de popularidade e importância mediática.

Carlos Narciso | DuasLinhas

DIZ-ME QUE AMAS A UCRÂNIA E OS SEUS FILHOS NAZIS...


Ursula von der Leyen, da UE, dá as mãos e olha embevecida para Zelensky enquanto ele lhe solicita que “diz-me que amas a Ucrânia e os seus filhos nazis”.

EUFEMIZA-ME

Joana Amaral Dias* | Diário de Notícias | opinião

Sabemos que a "operação especial" de Putin é uma invasão. Muito bem. Óptimo. De igual forma, sabemos que a "operação israelita" foi um pelotão de fuzilamento da jornalista na Palestina e até um aviso para não aparecerem mais repórteres. Executar Shireen Abu Akleh com total impunidade só em figura de estilo pode ser classificado como "confrontos" ou "repressão". Da mesma maneira, sabemos que o "direito de resistência" da Finlândia ou da Suécia juntando-se à NATO é mesmo uma declaração de guerra. Talvez irreversível e aniquilando as poucas alternativas restantes. Pois é. Hipocrisias e ingenuidades à parte, não é preciso ser-se versado em Relações Internacionais ou em Negócios Estrangeiros para entender que a comunicação e as interacções entre Estados se regem por interesses e estão subordinadas a uma lógica de poder. Esta guerra na Ucrânia é uma guerra por procuração, um triângulo bélico, tal como assumido pelo próprio secretário da Defesa norte-americano Lloyd Austin.

Ou seja, mediante um conflito prolongado que pode durar anos, os interesses geoestratégicos e da indústria de armamento estado-unidenses são evidentes. Os interesses russos óbvios são. Aliás, o rublo é agora a moeda com melhor desempenho do mundo, segundo a Bloomberg. Resta saber o que é que os europeus ganham servindo as opções de Biden. Com uma guerra a demorar-se anos, a miséria e a fome vão arrasar-nos e ameaçar as nossas democracias.

A catástrofe já começou. Com a inflação galopante, cada vez mais famílias têm dificuldades em pagar as suas contas e prestações. Da mesma forma, o ataque ao pensamento crítico e ao debate engrossa.

Adrien Bocquet, ex-oficial, médico e figura grada em França, regressou do seu voluntariado na frente de combate ucraniana em estado de choque com a perversão do Exército de zelensky, mais ainda do Batalhão Azov: "Os únicos crimes de guerra com os quais fui confrontado foram perpetrados por militares ucranianos e não por militares russos (...) os militares Azov, estão por todo o lado, até em Lviv, fardados e com aquele símbolo neo-nazi" (suástica inspirada nas SS). Bocquet diz que os seus planos são de "esmagar judeus e negros", que há assassinatos dos prisioneiros de guerra com tiros no meio dos olhos, civis usados como escudos humanos e até que Bucha "foi um espectáculo. Os cadáveres foram ali colocados para que as imagens fossem feitas". Mais uma das mentiras fabricadas pelos meios de comunicação ocidentais.

Simultaneamente, Vadim Shishimarin, de 21 anos de idade, prisioneiro de guerra russo, foi presente a julgamento a um tribunal arbitrário e formalmente acusado de crimes. Não há investigação, não há defesa, não há qualquer procedimento legal nem respeito pela Convenção de Genebra. Há confissões esmifradas a tortura e, claro, uma sentença.

Tudo isto o ocidente branqueia, prosseguindo a sua ravina desastrosa. Depois de mais de dois anos de covid com ataques inéditos aos nossos direitos, liberdades e garantias, lucros obscenos das farmacêuticas e empobrecimento geral das populações, passámos directo para despejar rodos de dinheiro nos falcões da guerra. Como era que dizia há uns anos uma representante dos interesses privados? "Melhor negócio do que a saúde só o das armas". Ei-lo no seu esplendor. E sem sombra de eufemismo.

*Psicóloga clínica. Escreve de acordo com a antiga ortografia

Imagem:  Uma vigília à luz de velas em luto pelo assassinato do repórter da Al Jazeera Shireen Abu Akleh em Beirute, Líbano, em 12 de maio de 2022. (adel Itani / NurPhoto via Getty Images)

ASSIM VAI A GUERRA NA UCRÂNIA… E NOS BASTIDORES

Ucrânia prepara-se para nova investida russa em Donbass. Rússia diz que adesões de Suécia e Finlândia à NATO são "erros graves"

A Ucrânia está a preparar-se esta segunda-feira para um novo ataque russo na região leste de Donbass, enquanto o contra-ataque das forças ucranianas em torno de Kharkiv ganhou força.

Combates na região de Sumy, perto da fronteira

O governador da região de Sumy, Dmytro Zhyvytskyi, deu conta de combates entre forças russas e ucranianos junto à fronteira entre os dois países.

"Os combatentes russos tentaram atravessar a fronteira para o território da região de Sumy e abriram fogo na zona da fronteira com morteiros, lançados de granadas e metralhadoras. Os guardas de fronteira lutaram com os russos e fixeram-os recuar para lá da fronteira", afirmou, citado pela Hromadske Radio.

Rússia lança ataque de mísseis na região de Odessa

Um ataque russo com recurso a mísseis na região de Odessa danificou infraestruturas turísticas na região e feriu dois adultos e uma criança, informou a agência de notícias Interfax.

"O inimigo continua a atacar a ponte danificada e inoperante sobre o estuário do Dniester, mas atingiu civis. Dois adultos ficaram feridos e uma criança pequena ficou gravemente ferida", indicou a agência, que citou o canal da autarquia de Odessa no Telegram.

Rússia diz que adesões de Suécia e Finlândia à NATO são "erros graves"

A Rússia alertou esta segunda-feira que as decisões de Finlândia e Suécia em juntarem-se à NATO são erros graves e que Moscovo vai tomar medidas.

"Esse é outro erro grave com consequências de longo alcance", afirmou aos jornalistas o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov.

"O nível geral de tensões militares vai aumentar. É uma pena que o bom senso esteja a ser sacrificado por algumas ideias fantasmas sobre o que deve ser feito na situação atual", acrescentou.

AFP

Bielorrússia destaca forças especiais ao longo da fronteira com a Ucrânia

O Ministério da Defesa do Reino Unido relatou um aumento da atividade das forças armadas da Bielorrússia ao longo da fronteira com a Ucrânia, alegadamente para impedir que as tropas ucranianas sejam reforçadas.

Na sua atualização diária, o ministério disse que o aliado da Rússia "anunciou o envio de forças de operações especiais ao longo da fronteira com a Ucrânia, bem como defesa aérea, artilharia e unidades de mísseis para campos de treino no oeste do país".

"A presença de forças bielorrussas perto da fronteira provavelmente vai cercar as tropas ucranianas, para que não se possam posicionar em apoio às operações no Donbass", indica o relatório britânico.

Forças ucranianas chegam à fronteira russa perto de Kharkiv

A governadora de Kharkiv anunciou que as tropas que defendem essa região ucraniana chegaram à fronteira com a Rússia.

Este anúncio aconteceu depois de o Ministério da Defesa da Ucrânia ter divulgado um vídeo a mostrar a chegada das tropas ucranianas à fronteira.

Ucrânia prepara-se para nova investida russa em Donbass

A Ucrânia está a preparar-se esta segunda-feira para um novo ataque russo na região leste de Donbass, enquanto o contra-ataque das forças ucranianas em torno de Kharkiv ganhou força.

O controlo do Donbass tornou-se um dos principais objetivos da Rússia, sobretudo depois de o objetivo de tomar Kiev ter falhado.

"Estamos a preparar-nos para novas tentativas da Rússia de atacar em Donbass e de alguma forma intensificar movimentos no sul da Ucrânia", afirmou o presidente Volodymyr Zelensky no seu discurso noturno.

"Os ocupantes ainda não querem admitir que estão num beco sem saída e que a sua chamada operação especial já faliu", acrescentou.

AFP

Bruxelas divulga hoje previsões económicas que já devem refletir efeitos da guerra

A Comissão Europeia divulga hoje as previsões económicas de primavera, que já deverão refletir as consequências da guerra da Ucrânia, causadas pela invasão russa, esperando-se uma revisão em baixa do crescimento na União Europeia (UE) e zona euro.

A apresentação será feita em conferência de imprensa, em Bruxelas, pelo comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, a partir das 11:00 (hora local, menos uma em Lisboa).

Paolo Gentiloni já veio reconhecer que as anteriores previsões de crescimento de 4% da economia do euro e da UE em 2022 são "excessivamente otimistas" devido aos impactos económicos da guerra ucraniana, à crise energética e ao aumento dos preços, admitindo uma revisão em baixa.

Em altura de confronto armado em território ucraniano devido à ofensiva russa, o responsável europeu da tutela reconheceu que, por isso, "existem várias formas através das quais o PIB [da zona euro e da UE] será afetado", em declarações feitas no final de março.

Lusa

MNE ucraniano participa hoje em Bruxelas em reunião da UE

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, participa hoje em Bruxelas na reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia (UE), para debater a invasão militar russa do país, quando os 27 tentam aprovar novas sanções.

A reunião, que se inicia pelas 11:00 (10:00 em Lisboa), tem como pontos de agenda uma análise dos "mais recentes acontecimentos da agressão russa contra a Ucrânia" e uma "troca de pontos de vista informal sobre esta matéria com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, e a ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly", esta última em Bruxelas para uma reunião ministerial UE-Canadá.

A reunião dos 27 chefes da diplomacia europeia -- na qual participa o ministro português João Gomes Cravinho -- acontece numa altura em que a UE tenta negociar um embargo energético gradual à Rússia, no âmbito do sexto pacote de sanções à Rússia apresentado pela Comissão Europeia no início de maio, não se prevendo, porém, um acordo no encontro de hoje.

No domingo, após participar na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Berlim, João Gomes Cravinho garantiu que Portugal poderia "fechar amanhã a torneira do gás ou do petróleo russo", embora essa não seja a situação de todos os Estados-membros.

Lusa

David Pereira | Diário de Notícias

ZELENSKY NA HISTÓRIA… HÁ SEMPRE QUEM VENDA A ALMA AO DIABO

Hoje o Expresso avança com mais uma enfadonha propaganda sobre Zelensky, o presidente eleito após um golpe de estado na Ucrânia, que tem a particularidade de recordar aos atentos as terríveis desgraças da praça Maidan, assim como a morte de sindicalistas e outros elementos da população ucraniana atirados para o fogo pelas mãos criminosas de ukronazis nacionais e mercenários de outros países. Atualmente a Ucrânia é o principal centro de recrutamento de nazis da Europa, do Canadá, dos EUA e um pouco de todo o mundo. Além disso existe a NATO.

Consta no artigo que envolve uma entrevista propagandista sobre o aliado e cada vez mais comprometido com o Batalhão Azov (nazi) Zelensky, agora dito presidente da Ucrânia, que  ele tem “um lugar na história da humanidade”… Um lugar na história terá. Isso é certo. Foi e é ele o presidente que abriu caminho à posse da Ucrânia de laboratórios para a guerra biológica e escancarou as portas do país aos nazis de todo o mundo. Também foi ele que demonstrou não ser honrado, de não ter palavra honesta, de não aceitar os acordos de Minsk, procedendo contrariamente ao acordado e incrementando os desafios e provocações à Rússia, dando liberdade aos nazis para perseguir e assassinar muitos das populações do leste que consideraram ucranianos russofobos. Essas ações de matanças foram (são) consideradas genocídio e Zelensky vai ter que ver o seu nome na história associado a muito daquilo que até consta em relatórios na ONU, assim como em referências textuais na posse da União Europeia.

Acresce que o referido artigo atrás citado é facilmente identificado por gentes atentas de que é mais uma acha para a propaganda do “herói” Zelensky às ordens dos EUA e da internacional nazi europeia. Felizmente para se chegar a todo o artigo tem de se pagar, pelo menos na net já não há almoços grátis. É de estranhar ou talvez não… Propaganda paga? Que descaramento!

Fiquem com um “cheirinho” do exposto no Expresso. A que vos cheira? É sempre a mesma coisa. Há sempre quem venda a alma ao diabo. (PG)

Zelensky: o Presidente que se “revelou verdadeiramente” com a guerra já tem um “lugar na história da humanidade”

O jornalista Sergii Rudenko, autor de uma biografia do Presidente da Ucrânia, descreve em entrevista ao Expresso a ascensão de Zelensky, desde a entrada na política, há três anos, até ao desafio de liderar um país que enfrenta uma guerra. As últimas páginas do livro, que chegou esta semana a Portugal, foram escritas num abrigo em Lviv... -- Expresso

PAGUE E TERÁ O PRIVILÉGIO DE LER O QUE SÓ NÃO SABE SE IGNORAR QUE "COM OMO BRANCO MAIS BRANCO NÃO HÁ". É propaganda e é mentira, obviamente.

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