CHAHID EL-HAFEDH (campos de refugiados saharauis) – APS.dz.- O secretário-geral da União Nacional das Mulheres Saharauis (UNMS), El-Chaba Seini, afirmou quinta-feira que as mulheres saharauis estão empenhadas em conquistar o seu direito à liberdade e à independência , apesar da opressão do ocupante marroquino, e estão prontos, se necessário, para ir à frente para libertar a pátria.
Em declarações à APS, a senhora Seini sublinhou que "após o recomeço da luta armada, todo o povo saharaui está mobilizado para expulsar o ocupante que continua com os seus abusos, opressão e pilhagem de recursos nos territórios ocupados", salientando que "atualmente está sendo feito um trabalho para aplicar as conclusões do 16º Congresso da Frente Polisario em todas as áreas."
Neste contexto, a dirigente da União Nacional das Mulheres Saharauis confirmou "uma mudança importante na resistência contra a ocupação marroquina, que se recusa a obedecer às leis internacionais", sendo que no próximo período haverá, segundo ela, "uma escalada da luta armada”, na sequência das conclusões do último congresso da Frente Polisario realizado em Janeiro.
Nesse sentido, afirmou que “a mulher saharaui estará ao lado do homem, nesta batalha e em todos os âmbitos, e se for preciso, irá à frente como soldado e combatente para fazer valer o seu direito à liberdade e independência” .
"A história regista que a mulher saharaui acompanhou a revolução saharaui desde os seus primórdios até hoje, esteve também no centro da batalha para a construção das instituições da República saharaui", afirmou.
E continuou: “As mulheres saarianas também estão muito presentes na cena política. Por exemplo, há seis mulheres no Secretariado Nacional da Frente Polisário, o que mostra que as mulheres saharauis desempenham o seu papel na luta pela libertação da pátria, bem como na construção das instituições do Estado. A mulher saharaui foi e continuará a ser a espinha dorsal das instituições da República saharaui.
E para que as gerações futuras não se esqueçam dos crimes do ocupante marroquino contra civis indefesos, a ativista recordou que o povo saharaui comemora todos os anos o Dia Nacional da Mãe saharaui a 18 de fevereiro, “que nos recorda, disse, os crimes da ocupação marroquina, durante dois dias consecutivos no campo de Umm Dreika em 1976, com o uso de napalm e bombas de fósforo, embora proibidas, contra civis saharauis, que mataram 75 saharauis, na sua maioria mulheres e crianças.
Mas apesar de todos estes crimes e tragédias, sublinhou El-Chaba Seini, "a fé do povo saharaui na rectidão da sua causa, na sua luta e na sua resistência, continua a ser o escudo protector e baluarte sólido contra todos os planos do ocupante , que joga todas as cartas para legitimar a sua ocupação do Sahara Ocidental”.
Na mesma ocasião, o secretário-geral do UNFS destacou a crescente solidariedade internacional para com a causa saharaui. Referiu que a União Nacional das Mulheres Saharauis recebeu recentemente, à margem de uma actividade cultural, uma delegação italiana constituída por várias associações de solidariedade, bem como uma delegação de jovens dinamarqueses constituída por vários partidos políticos.
Por último, a União Nacional das Mulheres Saharauis reafirmou o apego do povo saharaui ao seu direito à independência e à sua disponibilidade para fazer mais sacrifícios em nome da liberdade, apelando à comunidade internacional para que pressione o Estado de ocupação marroquino a respeitar direito internacional e realizar um referendo sobre a autodeterminação.
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