segunda-feira, 22 de maio de 2023

CNRT de Xanana Gusmão vence quintas eleições legislativas de Timor-Leste

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 EM TIMOR-LESTE

O Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), de Xanana Gusmão, venceu as eleições de domingo em Timor-Leste, quando está praticamente concluída a contagem dos votos, faltando definir se obtém maioria absoluta.

A vitória dará ao partido uma ampla representação parlamentar, conseguindo pelo menos 31 dos 65 lugares do parlamento (mais dez do que tem atualmente), segundo os resultados nacionais provisórios do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

Neste momento falta apenas concluir o apuramento em três municípios -- Bobonaro, Covalima e Manatuto -, com a contagem nos três casos já bastante avançada e o CNRT a liderar em todos.

Quando estão contados 92,73% dos centros de votação de todo o país - e se mantém a tendência que ficou praticamente inalterada desde o iníciuo da contagem-, o CNRT lidera com 263931 votos e 41,59%, um resultado superior aos votos obtidos pelas três forças políticas que compõem o atual governo .

Se não chegar à maioria de 33 cadeiras, o CNRT deverá fazer um acordo com o Partido Democrático (PD), o que daria às duas forças políticas uma maioria clara, ainda que matematicamente a maioria absoluta ainda seja possível, tendo em conta os votos que falta contar.

O Partido Democrático (PD) passou de quarta a terceira força política em número de votos, invertendo uma tendência de queda no apoio ao partido que se mantinha desde as eleições de 2007, conseguindo mais uma cadeira para um total de seis. Obteve para já 57721 votos ou 9,09%.

Em segundo lugar, ficou a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), que tem atualmente 166147 votos e 26,18%, o que representa perder quatro das suas atuais 23 cadeiras.

Os resultados mostram uma punição aos partidos do Governo, em particular ao Partido Libertação Popular (PLP), do primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, que perde metade dos oito lugares no parlamento, passando de terceira a quinta força política.

Sapo | Lusa

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