Portugal pede ajuda à Europa para resolver crise na habitação. Poupanças da pandemia já foram. Corridas de toiros regressam ao Campo Pequeno
Miguel Cadete, diretor-adjunto | Expresso (curto)
Bom dia!
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E na manchete pode ler-se que António Costa quer ajuda da Comissão Europeia para a crise da
habitação. O Governo de Portugal enviou uma carta a Ursula von der Leyen
onde inclui a proposta a habitação, bem como a retenção de talentos, passem a
constituir uma das prioridades da União Europeia. "A falta de oferta
imobiliária é um problema em muitas cidades, e os encargos com habitação têm
vindo a subir, ocupando já um espaço muito significativo no rendimento mensal
das famílias europeias”, pelo que “a Comissão Europeia deve estar atenta ao
problema da escassez e dos altos custos da habitação”, diz a missiva que o
chefe do Executivo português enviou para a Comissão Europeia. Saiba ainda que o
número de quartos disponíveis para estudantes caíu 14%. Com mais procura e
menos oferta, os preços médios dos quartos aumentaram mais de 10% no último
ano. Lisboa e Porto são as cidades mais caras, mas o fenómeno é transversal ao
país.
Além da habitação, também crescem os problemas na educação. Os estudantes mais
qualificados enveredam pela emigração que está a crescer mais depressa. Há
países nórdicos com recorde de entradas de portugueses sobretudo porque o peso
da renda da casa (ou a sua propriedade) nos baixos salários praticados em Portugal
está a expulsar jovens do país e ameaça trazer uma nova vaga de
emigração nos próximos anos.
Segundo o bastonário da Ordem dos Engenheiros, há empresas a dar apoios ao
alojamento para não perderem mais trabalhadores. Para reter os engenheiro por
cá, as empresas já lhes pagam a casa. A dificuldade sentida pelas empresas portuguesas em competirem
com os salários propostos pelo mercado estrangeiro tem levado algumas a
diversificarem o tipo de apoios que oferecem.
O futebol regressa à primeira página do Expresso, não por causa da Liga dos
Campeões europeus - que ontem conheceu o seu sorteio - mas sim devido à candidatura de Luís Figo à presidência da federação Portuguesa
de Futebol. O ex-jogador do Sporting, assim como do Barcelona, Real
Madrid e Inter de Milão, tem sido pressionado para concorrer às eleições de
2024 e estará perto de avançar. Segundo o Expresso apurou, o ex-jogador
internacional terá sido abordado por pessoas ligadas ao mundo do futebol para
avançar para o cargo e estará praticamente decidido. A FPF é liderada por
Fernando Gomes desde 2011, e terá, em 2024, novo responsável máximo.
Ainda o desporto-rei: o tempo extra está a mudar o futebol. Os jogos estão
maiores e os golos em período de compensação dispararam ( 251%) em relação à
época anterior. Por que razão temos sempre jogos com mais de 100 minutos?
Na capa da Revista do Expresso
encontra-se o matador de toiros Andrés Roca Rey. A sua rivalidade com Morante de la Puebla pode representar o
derradeiro fôlego de um decadente mundo taurino. Mas, à sua boleia, as maiores
praças de Espanha voltaram a ter lotação esgotada. Morante regressa ao
Campo Pequeno esta quinta-feira atiçando a controvérsia qu e tem rodeado a
tauromaquia, também em Portugal.
Aos 46 anos, Rodrigo da Costa tornou-se o português - oriundo da cidade de
Chaves - que manda no Espaço. É ele quem lidera a Agência da União Europeia para o Programa
Espacial, que emprega quase 300 pessoas, tem um orçamento anual de €1,5 mil
milhões e controla sistemas estratégicos como o Galileo, de navegação
por satélite, e o Copernicus, de observação da Terra. Um perfil.
È considerado um dos maiores escritores latino-americanos da atualidade. Juan
Gabriel Vásquez fala ao Expresso da sua visão da literatura, dos anos que viveu
em Paris e Barcelona, do regresso a uma Colômbia desde sempre marcada pela violência
e da importância da ficção nas nossas vidas. “A ficção permite-nos antecipar o futuro”, diz.
Na primeira página do caderno de Economia fica-se a saber que os portugueses já
gastaram a poupança da pandemia. A taxa de poupança das famílias atingiu 13,7%
em 2020 mas recuou para 5,9% este ano. A almofada de segurança constituída
pelas famílias portuguesas durante a pandemia de covid-19 já desapareceu. Num
contexto de agravamento da fatura mensal de muitos agregados — por causa da
subida dos preços e do agravamento das prestações do crédito à habitação —, e
com poucos estímulos ao aforro — grandes bancos ainda têm depósitos a dar zero
e a taxa de juros dos certificados baixou —, a taxa de poupança das famílias está num dos valores mais
baixos deste século.
A procura mundial dos medicamentos para a diabetes que fazem
emagrecer fez disparar o excedente comercial dinamarquês. Marcas como Ozempic
e Victoza, da farmacêutica Novo Nordisk, têm provocado um excedente da balança
corrente dinamarquesa (que contabiliza a diferença entre as exportações e as
importações e recebimentos e envios de capital) calculado nos 12,8% do produto
interno bruto (PIB) em 2022. É o 15º rácio mais elevado do mundo.
Educação, Saúde e Função Pública lideram greves. Depois
de um recuo em
Não esqueça a Opinião do Expresso que a partir desta semana se vê reforçada com
o contributo de Sebastião Bugalho e Rui Tavares. Os dois escreveram na edição
semanal que chega todas as sextas-feiras às bancas, mas também noutros formatos
e plataformas ao longo da semana.
Tenha um bom fim de semana!
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