sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Moedas usa mortes civis na Palestina e Israel para fazer jogo político em Portugal

Pedro Filipe Soares acusou Carlos Moedas de fazer acusações inaceitáveis sobre o Bloco e de não estar à altura do cargo que ocupa. O líder bloquista lembrou as posições do secretário-geral da ONU, António Guterres, que o partido subscreve na totalidade.

Em comentário à entrevista que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, deu na Noite Informativa desta quarta-feira, Pedro Filipe Soares afirmou que o autarca “fez acusações sobre o Bloco de Esquerda que são inaceitáveis”.

“Carlos Moedas demonstrou ser um político mentiroso, porque acusou o Bloco de Esquerda de coisas que ele sabe que não são verdade, e usou a guerra e as mortes de civis para jogo político em Portugal”, frisou.

Para o líder parlamentar do Bloco, este é um comportamento “mesquinho e absolutamente inaceitável”, que partido “repudia de forma absoluta”.

“O Bloco de Esquerda, desde a primeira hora, condenou o massacre de civis, condenou os crime de guerra levados a cabo pelo Hamas contra israelitas ou contra pessoas de outras nacionalidades. Fizemo-lo com a mesma veemência com que condenamos os crimes de guerra perpetrados por Israel e que neste momento estão a acontecer no território de Gaza”, lembrou Pedro Filipe Soares.

De acordo com o dirigente bloquista, o partido não tem “dois pesos nem duas medidas”.

“Carlos Moedas, ao usar estas mortes e esta guerra para fazer jogo político em Portugal, prova que não está à altura do cargo que ocupa e como, de facto, os valores que deviam nortear o espaço democrático não estão presentes na sua conduta”, defendeu Pedro Filipe Soares.

O líder parlamentar do Bloco explicou que prestou estes esclarecimentos “para garantir que não haja qualquer tipo de validade a estas mentiras, na medida em que o Bloco sempre manteve “a sua coerência no que toca ao respeito pela lei internacional, à condenação de crimes de guerra e da utilização de civis como instrumento de guerra”.

Pedro Filipe Soares recordou ainda as posições do secretário-geral da ONU, que o Bloco subscreve na totalidade. António Guterres reconhece a existência de crimes de guerra, exorta a um cessar fogo incondicional e ao imediato cumprimento da lei internacional e respeito pelos acordos assumidos junto das Nações Unidas, que “deviam dar espaço a solução de dois estados e cessar a ocupação dos colonatos por parte de Israel”.

O Bloco reitera a existência de crimes de guerra, que têm uma contundente penalização do ponto de vista do direito internacional, frisando que reconhece que “o Hamas cometeu crimes de guerra, mas com a mesma coerência com que reconhece que Israel já cometeu e está a cometer crimes de guerra atualmente em Gaza” e que, atualmente, está a promover “uma espécie de penalização coletiva a toda a população de Gaza como se fossem todos agentes do Hamas”.

Esquerda.net | Imagens: 1 - Carlos Moedas; 2 - Pedro Filipe Soares. Foto Ana Mendes 

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