sábado, 4 de novembro de 2023

Milhares de manifestantes em Telavive aumentam pressão sobre Netanyahu

Uma manifestação das famílias e apoiantes dos reféns raptados pelo grupo islamita Hamas reuniu hoje milhares de pessoas em Telavive, exigindo mais esforços do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para os libertar.

Quase um mês depois dos ataques mortais do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, várias centenas de pessoas também se manifestaram em Jerusalém para exigir a demissão de Netanyahu, que consideram "responsável e culpado" por falhas na gestão do país.

Os ataques causaram a morte de 1.400 pessoas em Israel, a maioria civis, e pelo menos 240 pessoas foram feitas reféns, segundo as autoridades israelitas.

Na Faixa de Gaza, que desde então tem sido incansavelmente bombardeada pelo exército israelita, perto de 9.500 pessoas, principalmente civis, foram mortas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

"As famílias dos reféns e dos desaparecidos não voltarão para casa até que todos os reféns estejam em casa", declarou o Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, que convocou a manifestação em Telavive, em frente ao Ministério da Defesa.

"Espero e exijo que o meu Governo mude a sua abordagem", disse Hadas Kalderon, que tem cinco familiares raptados.

"Todos os dias acordo para mais um dia de guerra. Uma guerra pelas vidas dos meus filhos", disse Kalderon.

Os manifestantes disseram que estavam determinados a acampar em frente ao ministério até que os reféns retornassem a casa.

Em Jerusalém, centenas de pessoas reuniram-se em frente à residência do primeiro-ministro, gritando "demita-se agora" e "07 de outubro, responsáveis e culpados".

"Depois de um mês de luto, esta é a maior manifestação contra Netanyahu", disse à AFP Yoev Lotem, um participante de 64 anos.

Alguns manifestantes usavam camisolas estampadas com o rosto do primeiro-ministro manchado de sangue ou adesivos onde se lia "ministro do crime".

"Queremos uma votação para nos livrarmos de Netanyahu. Espero que as manifestações continuem e cresçam", disse à AFP Netta Tzin, de 39 anos, sentindo-se "traída" pela ação do primeiro-ministro.

Os ataques de 07 de outubro enfraqueceram ainda mais Benjamin Netanyahu, que detém o recorde de longevidade como primeiro-ministro em Israel e já enfrentava protestos massivos contra a sua reforma judicial há vários meses.

Noticias ao Minuto | Lusa 

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