quarta-feira, 22 de março de 2023

ALEMÃES DERROTADOS E RUSSOS ELIMINADOS -- Diana Johnstone

Visões anti-guerra criminalizadas na Alemanha

Sobre o propósito da OTAN: “Manter os americanos dentro, os russos fora e os alemães para baixo” — frase atribuída a Lord Hastings Ismay, secretário-geral da OTAN de 1952-1957.

Diana Johnstone, em Paris | Especial para Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

Dividir para reinar é a lei eterna do Império 

Acima de tudo, não deixe que outros marmanjos se juntem. Mantenha-os na garganta um do outro. Meio século atrás, preso na invencível guerra do Vietnã, o presidente Richard M. Nixon atendeu ao conselho de Henry Kissinger de abrir relações com Pequim para aprofundar a divisão entre a União Soviética e a China.

Mas quais caras grandes, e quando? As prioridades evidentemente mudaram. Oito anos atrás, o analista geoestratégico privado mais influente da América, George Friedman, definiu a atual prioridade divide et impera dominante dos EUA, em ação na Ucrânia.

“O interesse primordial dos Estados Unidos é a relação entre a Alemanha e a Rússia, porque unidos, eles são a única força que pode nos ameaçar”, explicou Friedman. 

O principal interesse da Rússia sempre foi ter uma zona tampão neutra na Europa Oriental. Mas o propósito dos EUA é construir um cordão sanitário hostil do Báltico ao Mar Negro, como uma barreira definitiva separando a Rússia da Alemanha.

“A Rússia sabe disso. A Rússia acredita que os Estados Unidos pretendem quebrar a Federação Russa”, disse Friedman, acrescentando brincando que achava que a intenção não era matar a Rússia, mas apenas fazê-la sofrer.

Falando a um grupo de elite em Chicago em 13 de abril de 2015, Friedman observou que o comandante do Exército dos EUA na Europa, general Ben Hodges, havia acabado de visitar a Ucrânia, condecorando soldados ucranianos e prometendo-lhes treinadores. Ele estava fazendo isso fora da OTAN, disse Friedman, porque a adesão à OTAN exigia 100 por cento de aprovação e a Ucrânia corria o risco de ser vetada, de modo que os EUA seguiam em frente por conta própria. 

O que os EUA há muito temem, disse Friedman, é a combinação de capital e tecnologia alemães com recursos e mão de obra russos. O oleoduto Nord Stream estava indo nessa direção, em direção a arranjos mútuos de comércio e segurança que não precisariam mais do dólar ou da OTAN. 

“Para a Rússia”, disse Friedman, “o status da Ucrânia é uma ameaça existencial. E os russos não podem se dar ao luxo de deixá-lo ir. Para os Estados Unidos, porém, é um meio para um fim: separar a Rússia da Alemanha.

Friedman concluiu que a grande questão era: como os alemães reagiriam?

Até agora, os líderes alemães têm reagido como os administradores leais de um país sob ocupação americana – o que é verdade.

A HORA DA CONVERSÃO DE PUTIN -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Atenção Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA)! Muita atenção Comissão da Carteira e Ética (CCE)! Alerta Ministério Público! No Club K (instrumento da Irmandade Africâner e do general Miala), num texto assinado por Paulo Assuilo, datado de 20 de Março de 2023, intitulado “Angola é governada por colonos ango-Lusos”. A peça é ilustrada com as fotos de 18 angolanas e angolanos, membros do Executivo ou titulares de órgãos de soberania, como a Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira. Mas também militares e membros da magistratura judicial.

O autor afirma no texto que “os governantes angolanos são na sua maioria assimilados transformados em colonialistas”. Ou então “governantes angolanos são desumanos como os colonos”. O autor faz um exercício repugnante de racismo e xenofobia sobre cidadãos angolanos que têm também a nacionalidade portuguesa. Uns são mestiços e mestiças. Outros “negros assimilados” que desconhecem a cultura angolana. O ministro da tutela é negro mas não presta porque nasceu em Portugal e é filho de angolano e cabo-verdiana. Que horror!

Em resumo: O “portal” do Miala e dos racistas da África do Sul, bem-amado do presidente do Sindicato dos Jornalistas, Teixeira Cândido, foi veículo de crimes contra a Humanidade: Racismo e xenofobia. O criminoso atacou os brancos, os mestiços e os portugueses. Agora quem vai ficar sem a Carteira Profissional? Quem vai instaurar o competente processo-crime?   

O autor racista e xenófobo deu o pontapé de saída. Depois a “redacção” do portal acrescentou “comentários” ainda mais racistas e xenófobos. Numa peça à parte, é publicado um texto onde se explica que de acordo com uma pesquisadora norte-americana (de onde havia de ser?) descobriu que para derrubar o governo basta mobilizar 3,5 por cento da população. Vamos ver se as autoridades competentes, desde a regulação da profissão de jornalista até aos titulares da investigação e acção penal, começam a mostrar ao mundo que Angola não é o quintal do Tio Sam e seus apaniguados.

ÁFRICA DO SUL: PROTESTOS SOB FORTE APARATO DE SEGURANÇA

Pelo menos 87 pessoas foram detidas na África do Sul por "violência pública" devido aos protestos convocados pelo líder da oposição Julius Malema. Polícia e soldados foram destacados por todo o país.

Milhares de manifestantes reuniram-se hoje numa praça na capital Pretória preparando-se para marchar até aos Edifícios da União, a sede do Governo, onde a polícia e as tropas estavam em patrulha.

Milhares de outros reuniram-se em outras partes do país, de acordo com imagens veiculadas nos meios de comunicação locais.

"Os agentes da autoridade, através da Estrutura Nacional Conjunta de Operações e Inteligência (NATJOINTS), prenderam, nas últimas 12 horas, 87 manifestantes em todo o país por crimes relacionados com violência pública", referiu a polícia sul-africana (SAPS), em comunicado esta manhã. As detenções terão sido realizadas à noite, antes mesmo do início dos protestos.

"Dos 87, 41 foram presos em Gauteng (província onde estão localizadas Joanesburgo e a capital Pretória), 29 em North West, 15 no Free State. Também há detenções em outras províncias, como Mpumalanga e Cabo Oriental, a atualizar quando as informações estiverem disponíveis", adiantou.

As autoridades sul-africanas salientaram que "pelo menos 24.300 pneus" - regularmente utilizados como combustível em protestos violentos no país - foram confiscados em todo o país pelas autoridades policiais.

"Eram pneus colocados estrategicamente para atos de criminalidade", sublinhou a NATJOINTS, acrescentando que "6.000 foram apreendidos no Cabo Ocidental, 4.500 no Free State, 3.600 em Gauteng, 1.513 no Cabo Oriental e mais alguns em outras províncias".

FUTEBOL: NOVO FORMATO DO MUNDIAL DÁ DEZ VAGAS A ÁFRICA

Dos 48 países que vão disputar o Mundial de futebol em 2026, dez serão africanos. Até aqui, África só tinha direito a cinco vagas. A Europa terá 16 representantes. Infantino (na foto) diz que está a "democratizar" a competição.

Pela primeira na história, o continente africano terá dez países na fase final de um Mundial de futebol. O Conselho da FIFA aprovou por unanimidade a emenda ao formato da fase de grupos do Mundial de 2026, dando mais lugares aos países africanos.

De acordo com o documento consultado pela DW África, a Confederação Africana de Futebol (CAF), órgão que gere o futebol no continente africano, terá nove vagas diretas, mais uma que será definida no play-off. Ao todo, 10 países africanos estarão presentes no Mundial já em 2026.

A Europa continua a ter mais representantes: São, ao todo, 16 países europeus. Ásia terá nove vagas; a CONCACAF, que cobre a América do Norte, América Central e Caribe, terá oito lugares; a América do Sul fica com sete lugares disponíveis.

Segundo a FIFA, órgão que gere o futebol mundial, cada confederação tem autonomia para definir o modelo de competição e o período para os jogos de classificação para o Mundial. 

RDC: A IMPOTÊNCIA CONTRA OS GRUPOS REBELDES

Apesar de os países da África Oriental e Austral enviarem as suas tropas para o leste da República Democrática do Congo, a matança de civis continua e assiste-se a uma nova vaga de refugiados. Angola irá enviar tropas.

Para entender a magnitude do conflito congolês, olhamos para a vizinha Tanzânia onde, desde o início de março, todos os dias, entre 300 e 600 refugiados atravessam a fronteira a partir da República Democrática do Congo (RDC) e são registados pelo Governo tanzaniano.

Essas pessoas são levadas para o campo de refugiados de Nyarugusu, segundo o comissário da Tanzânia para as Migrações.

"O que está a acontecer aqui é a implementação de nosso papel principal em abrigar refugiados," afirma Sudi Mwakibasi.

AS LIÇÕES DE AGUSTINA E DO MPLA – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A notícia chegou ao meu correio electrónIco em forma de pergunta: O que se passa com o Projecto Aldeia Nova no Waku Cungo (Cela)? Dizem-me que equipamentos sociais e comunas inteiras ficaram sem abastecimento de água…”. Estremeci. Graças à existência de um hotel com todas as condições (Ritz!) a administração da Empresa Edições Novembro decidiu juntar na cidade todas e todos os jornalistas das províncias do Leste, Planalto Central, Litoral Centro e do Sul paras formação. Uma experiência muito positiva.

José Ribeiro e a sua administração reuniram com o administrador municipal da Cela e propuseram-lhe um projecto ousado. Se nos cedessem um terreno a empresa construía uma nave industrial e um edifício para alojar serviços e transferia uma das rotativas para lá. O objectivo era imprimir o Jornal de Angola na Cela, edição para o Planalto Central e províncias do Leste. No Lubango era instalada outraunidade de produção para a edição do Sul. No Sumbe era criada outra unidade de produção para a edição do Litoral Centro e Sul. 

Na Cela ia nascer um novo jornal destinado exclusivamente ao mundo rural, “amarrado “ à experiência do Projecto Aldeia Nova. O administrador municipal disponibilizou imediatamente um grande terreno mesmo no centro da cidade e comprometeu-se a reservar vivendas para os quadros deslocalizados de Luanda, num bairro que estava praticamente concluído. 

Ainda fizemos mais duas sessões de formação no Waku Cungo. Foi uma experiência extraordinária. Seleccionava jovens jornalistas da Redacção Central que iam comigo para monitorizarem as acções de formação simuladas (notícias, entrevistas e reportagens). Muito gratificante e bons resultados.

O projecto de José Ribeiro morreu menos de um ano após nascer. E lá se foi o sonho de criar unidades de produção na Cela, Lubango e Sumbe. Cada uma com a sua edição autónoma da edição nacional. E o jornal dedicado ao mundo rural. O próprio Gabinete de Formação foi extinto quando eu saí da empresa. 

Nada que me tivesse deprimido porque sou um sonhador falhado. Mas fiquei com uma mágoa muito grande. Aquelas e aqueles profissionais mereciam ir mais longe do que foram. Tinham talento, vontade e disponibilidade para chegarem ao olimpo do jornalismo. Ficaram onde eu caí, por falta de asas para continuarem a voar. Espero que já tenham recuperado e estão a voar muito alto.

O MPLA é em primeiro lugar um espaço de camaradagem. Depois é uma interminável cadeia de amizade. E para reforçar o que já é tão forte, o partido é uma Grande Família. Imbatível. Um camarada daqueles que é também amigo e parente mandou-me uma mensagem dizendo que o meu MPLA já não existe. Afirma mesmo que a direcção se afastou tanto dos valores e princípios do nosso EME que já toca as raias da extrema-direita. Não acredito. Não quero.

Quando era miúdo eu e o Carlos Pacheco (esse mesmo o falso historiador) apostámos tudo na Filosofia. Fui niilista, duvidei da própria dúvida, tornei-me um ateu militante. Anticlerical primário. Apesar de saber tudo do pensamento de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Este ensinou-me que todo o ser humano é uma dignidade infinita, único e irrepetível. Somos todos Deus. 

O MPLA em 1992 deu-me mais uma grande lição. Aquilo em que não acreditamos pode vir a ser uma realidade que nos toca. O meu partido tornou viável a democracia representativa e a economia de mercado. Aí passei a ser irracionalmente do MPLA. Continuo a acreditar que um dia vamos construir uma sociedade de paz, abundância e felicidade. 

A LUTA PELA LIBERDADE EXIGE DIGNIDADE – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Ao longo da minha carreira profissional trabalhei em 32 órgãos de comunicação social, desde a imprensa regional à internacional. Nunca gostei de ficar ancorado muito tempo na mesma redacção e quando me sentia prisioneiro cortava as amarras e partia para outra. De alguns jornais fui despedido porque a entidade patronal alegou que faltei ao respeito aos donos. De um fui despedido porque corri com um administrador da redacção que eu chefiava. Ele foi chantagear e ameaçar os jornalistas em greve e eu dei-lhe umas chapadas e pontapés. Justa causa. No Jornal de Notícias do Porto arranjei uma maka mundial. Já conto.

Numa das páginas de economia saiu uma notícia com este título: “Ele Fugiu para a Liberdade”. Fui ler e era um senhor da Alemanha Democrática que “saltou o muro da vergonha” para Berlim ocidental na então República Federal da Alemanha. Apresentei queixa ao Conselho de Redacção por grave violação dos preceitos éticos e deontológicos. O fugitivo saiu de uma Alemanha para a outra mas um jornalista digno da profissão que abraçou não pode dizer que fugiu para a liberdade. Ele misturou opinião com informação e isso é proibido.

O Conselho de Redacção reuniu com o director do jornal e todos concluíram que eu tinha razão. E por aí ficaram. Exigi que fosse publicado um pedido de desculpas aos leitores e o jornalista se retratasse do crime grave que cometeu contra o Jornalismo. Todos contra mim mas para não me aturarem mais, o pedido de desculpas foi publicado e o propagandista barato disfarçado de jornalista pediu desculpas por ter introduzido “um grão de opinião na notícia”. O artista, mais tarde foi para a RTP e um dia visitou os EUA. Quando regressou já era um agente declarado. Antes recebia por baixo da mesa.

O jornal angolano onde comecei a minha carreira profissional também me despediu sem justa causa e sem pagamento do salário. Ameacei o dono de defenestração. Ele ficou tão nervoso que chamou a polícia e eu fiquei de mãos a abanar mas feliz por ter mandado à merda o patrão. Depois comecei o calvário das colaborações à peça. Fiquei com a entrada cortada nas redacções. Até que o Pedro Moutinho e o Paulo Cardoso me reabilitaram e fui trabalhar com eles para a Voz de Luanda. Um luxo. Aqueles dois génios da Rádio não me despediram mas zangaram-se e acabaram com a emissora, quando ela estava no auge das audiências.

COLIGAÇÃO ELEITORAL DA OPOSIÇÃO GANHA FORÇA EM MOÇAMBIQUE

MDM e RENAMO confirmaram à DW que há conversações para criar coligação eleitoral da oposição para as próximas eleições, embora não revelem com quem têm dialogado. Autárquicas podem servir de teste a uma possível aliança.

Está a ganhar tração a ideia de uma aliança entre os partidos da oposição em Moçambique, para enfrentar a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), formação política que governa o país desde a independência.

No sábado (18.03), o presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, anunciou a disponibilidade do seu partido para coligar-se com "qualquer organização da sociedade civil ou individualidade".

Em declarações à DW, o porta-voz do partido, Ismael Nhacucue, insiste que é preciso criar uma "linha única de combate político".

"Neste momento estamos à espera da reação dos outros para ver se a frente única poderá efetivamente acontecer", revelou.

O MDM não indicou até agora quais seriam os outros partidos da oposição com os quais pretenderá coligar-se.

Mas o maior partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), também já tinha manifestado a disponibilidade de se aliar a outras forças políticas no final de 2022.

Governo timorense aprova subvenção anual de 15 MUSD para Conferência Episcopal

O Governo timorense aprovou hoje o pagamento de uma subvenção anual à Conferência Episcopal Timorense (CET) no valor de 15 milhões de dólares (13,9 milhões de euros), no quadro da Concordata assinada com a Santa Sé em 2015

A subvenção, de valor idêntico ao atribuído nos últimos anos, foi fixada no Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2023, tendo a autorização para a realização da despesa sido apresentada hoje ao Governo pelo Ministro das Finanças.

A Concordata de 2015 prevê “uma contribuição anual, conforme a disponibilidade financeira do Governo, para as atividades de caráter social, educativo e de governo eclesial da Igreja Católica”.

Visão | Lusa

Parlamento timorense inicia procedimento de perda de mandato a 16 deputados

A mesa do Parlamento Nacional timorense notificou 16 deputados do CNRT, maior partido da oposição, do início do procedimento para perda de mandato, por alegado não cumprimento do regimento, confirmou à Lusa a vice-presidente.

“Enviámos uma carta a cada um dos 16 deputados dando conta do procedimento para perda de mandato, como consequência de faltas injustificadas, tal como o regimento determina”, disse à Lusa Angelina Sarmento, vice-presidente do Parlamento Nacional e deputada do Partido Libertação Popular (PLP), um dos três partidos do Governo.

“Embora a bancada já se tenha pronunciado que as faltas injustificadas são faltas coletivas da bancada, mas a perda do mandato efetua-se a cada deputado, não coletivamente. A bancada não pode assumir esta violação coletivamente, mas terão que responder individualmente”, afirmou.

Sarmento explicou que o processo, sem precedentes na história do Parlamento Nacional, implica que cada um dos 16 deputados notificados terá que responder perante os cinco elementos da mesa, numa sessão à porta fechada, prevista para quinta-feira.

O movimento anti-China nos EUA enfrenta problemas intransponíveis a longo prazo

Houve uma transformação dramática na atitude dos EUA em relação à China desde que Donald Trump se tornou presidente em janeiro de 2017. O engajamento tem sido cada vez mais substituído por contenção e confronto. Havia esperanças de que o governo Biden adotasse uma abordagem mais cooperativa. Não era pra ser. Pelo contrário, após a demonização e arrogância de Trump, Biden evitou amplamente o envolvimento e procurou isolar a China e minar sua economia. A atmosfera nos Estados Unidos está cada vez mais parecida com a da Guerra Fria, ainda não histérica, mas cada vez mais tóxica para a China.

Martin Jacques* | Global Times | opinião | Imagem: Xia Qing/GT | # Traduzido em português do Brasil

A hostilidade dos Estados Unidos em relação à China é um lembrete salutar de duas coisas. Primeiro, os EUA não aceitam não ser o número 1 do mundo. Considera que este é um direito dado por Deus. Qualquer país que coloque isso em perigo é visto como uma ameaça e um inimigo. Essa atitude impregna profundamente a sociedade americana. É por isso que a hostilidade contra a China passou tão rapidamente de uma visão de uma pequena minoria para se tornar consensual. A atitude da grande maioria dos americanos em relação à China é agora muito mais hostil do que há alguns anos. Em segundo lugar, um tema poderoso na América é a intolerância: uma ênfase maniqueísta no bem e no mal, uma rejeição do outro, como exemplificado pelo tratamento dispensado aos afro-americanos e nativos americanos, e a caça às bruxas macarthista contra os comunistas e outros na década de 1950,

Então, onde isso vai acabar? A longo prazo, o movimento anti-China nos EUA enfrenta problemas intransponíveis. A China não pode ser eliminada à maneira da Guerra Fria porque a China já é mais importante para a economia global do que os Estados Unidos. Em outras palavras, as tentativas de dissociar e isolar a China têm limites muito severos. Os EUA serão obrigados a conviver e interagir com a China aconteça o que acontecer. Além disso, por mais que deseje, será totalmente impossível para os EUA minar o atual sistema de governo na China ou dividir o país, como conseguiu fazer com a URSS. Isso é para os pássaros. Mais cedo ou mais tarde, essas realidades se imporão. Desde 2017, sou pessimista sobre o cronograma de qualquer retorno a um relacionamento mais cooperativo entre os EUA e a China. Eu ainda estou. 

Japão está a despejar sistematicamente água contaminada por energia nuclear no mar

Comunidade internacional tem o direito de exigir responsabilidade do Japão por despejar água contaminada por energia nuclear

Se o Japão prosseguir arbitrariamente com o despejo de água contaminada por centrais nucleares no oceano, a comunidade internacional terá o direito de exigir do Japão a responsabilidade de transferir o risco de contaminação nuclear para toda a humanidade, disse o Ministério das Relações Exteriores da China, quando o Japão iniciou seu teste de descarga. ligando algum equipamento relacionado. 

Zhang Changyue | Global Times | # Traduzido em português do Brasil

De acordo com relatos da mídia japonesa, a usina nuclear de Fukushima Daiichi, danificada no Japão, iniciou a operação do equipamento usado para mexer a água contaminada por núcleos e homogeneizar a concentração de substâncias radioativas pela primeira vez na sexta-feira como um prelúdio para o despejo final .

Quando solicitado a comentar, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que o Japão não deve iniciar a descarga da água contaminada por armas nucleares antes que todas as partes interessadas e instituições internacionais relevantes possam confirmar a segurança do plano de descarga.

Wang disse que a comunidade internacional não está convencida da chamada segurança da água tratada, dada a duvidosa independência e verificabilidade dos dados, instando o Japão a lidar com a água contaminada por armas nucleares de uma maneira segura que atenda às obrigações internacionais, padrões internacionais de segurança e boas práticas internacionais, incluindo o estudo completo de outras opções de destinação além do plano de despejo.

Relatórios de direitos humanos dos EUA cheios de mentiras e viés ideológico

Olha, o Tio Sam está ocupado limpando sua própria bagunça em problemas de direitos humanos. Os EUA ainda pensam que são o farol dos direitos humanos?  GT

Relatórios anuais 'lista de preços para coagir, extorquir outros países'

Global Times | # Traduzido em português do Brasil

Os relatórios de 2022 dos EUA sobre práticas de direitos humanos estão "cheios de mentiras e viés ideológico, e os clichês são repetidos ano após ano e nem vale a pena refutá-los", disse o Ministério das Relações Exteriores da China na terça-feira.

O que o mundo pode ver nos relatórios deste ano não são as práticas de direitos humanos em vários países, mas as práticas hegemônicas e intimidadoras e os padrões duplos dos próprios EUA, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, na terça-feira em uma coletiva de imprensa regular, quando questionado sobre comentários sobre os relatórios.   

Divulgados na segunda-feira, os relatórios abrangem 198 países e regiões. O relatório sobre a China tem 87 páginas e contém acusações infundadas de supostos genocídios e crimes contra a humanidade na região chinesa de Xinjiang, conforme destacado no prefácio, que encontrou forte insatisfação por parte de autoridades e especialistas chineses.  

Os EUA há muito se consideram um farol de direitos humanos e muitas vezes criticam arbitrariamente a situação dos direitos humanos em outros países. Mas, na verdade, os direitos humanos são apenas uma ferramenta que os EUA usam para unir seus aliados e parceiros para suprimir seus dissidentes, disse Jia Chunyang, especialista dos Institutos de Relações Internacionais Contemporâneas da China, ao Global Times na terça-feira.

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