O bloco regional do Grupo Árabe afirma o seu “apoio inabalável” à candidatura da Palestina.
Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil
O Conselho de Segurança das Nações Unidas votará quinta-feira o pedido da Palestina para se tornar um Estado-membro de pleno direito da ONU, informou a AFP citando várias fontes diplomáticas.
A Palestina, que tem o estatuto de observadora no organismo mundial desde 2012, tem feito lobby durante anos para obter a adesão plena, o que equivaleria ao reconhecimento da condição de Estado palestiniano.
Qualquer pedido para se tornar um Estado membro da ONU deve primeiro passar pelo Conselho de Segurança, onde o aliado de “Israel”, os Estados Unidos, exerce o veto, e depois ser aprovado pela Assembleia Geral.
No meio da guerra israelita em curso na Faixa de Gaza, a Palestina reavivou um pedido de adesão à ONU de 2011 há algumas semanas, o que levou o Conselho de Segurança a lançar um processo de revisão formal, que incluiu um comité que não conseguiu, em 12 de Abril, chegar a um consenso sobre a candidatura da Palestina. e era composto pelos estados membros do Conselho.
O bloco regional Grupo Árabe emitiu um comunicado na terça-feira afirmando o seu “apoio inabalável” à candidatura da Palestina.
“A adesão às Nações Unidas é um passo crucial na direção certa para uma resolução justa e duradoura da questão palestina, em conformidade com o direito internacional e as resoluções relevantes da ONU”, afirmou o comunicado.
A Argélia, membro não permanente do Conselho de Segurança, redigiu a resolução que “recomenda” à Assembleia Geral que “o Estado da Palestina seja admitido como membro das Nações Unidas”.
A votação de quinta-feira coincidirá com uma reunião do Conselho de Segurança marcada há várias semanas para discutir a guerra em Gaza, na qual deverão participar ministros de vários países árabes, segundo a AFP .
De acordo com o lado palestiniano, 137 dos 193 Estados-membros da ONU já reconhecem um Estado palestiniano, aumentando a esperança de que o seu pedido seja apoiado na Assembleia Geral.
"Apelamos a todos os membros do Conselho de Segurança para que votem a favor do projecto de resolução... No mínimo, imploramos aos membros do Conselho que não obstruam esta iniciativa crítica", sublinhou o Grupo Árabe na Terça-feira.
Mesmo que a questão recebesse os necessários nove dos 15 votos, os observadores prevêem um veto dos Estados Unidos, que argumenta que a criação de um Estado palestiniano deveria ser o resultado de um acordo entre "Israel" e os palestinianos.
É digno de nota que no final de Fevereiro, o Knesset israelita aprovou um projecto de resolução governamental rejeitando unilateralmente o reconhecimento de um Estado palestiniano por “Israel”.
A resolução foi aprovada por uma esmagadora maioria de votos, já que 99 dos 120 legisladores israelitas apoiaram a legislação. A moção foi inicialmente aprovada pelo gabinete israelense.
O primeiro-ministro da ocupação israelita, Benjamin Netanyahu, salientou que a resolução visa rejeitar os chamados "ditados internacionais" relativos a um acordo permanente com os palestinianos.
Afirmou ainda que, se fosse alcançado um acordo, “o mesmo aconteceria apenas através de negociações diretas entre as partes, sem condições prévias”.
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