Grupo de media é dos poucos que tem resultados financeiros positivos. Sindicato dos Jornalistas critica despedimentos e apela à participação no 1.° de Maio.
O Sindicato dos Jornalistas denunciou esta quarta-feira a intenção da Medialivre de proceder a um despedimento coletivo focado nos fotojornalistas. O sindicato afirma estar "chocado" com a forma como o despedimento coletivo foi comunicado, "sem qualquer hipótese de diálogo".
No comunicado, disponível no site do Sindicato dos Jornalistas, explica-se que "o grupo escolhe comunicar despedimentos a pelo menos a dez trabalhadores – apanhando uns em serviços, outros de folga ou de férias – numa sequência apressada de reuniões, convocadas de véspera".
Deverão ser afetados trabalhadores trabalhadores em órgãos como o “Correio da Manhã”, o “Record”, “Jornal de Negócios” e a revista “Sábado”. O sindicato condena o despedimento na véspera do Dia do Trabalhador, que se assinala na quinta-feira, no 1°de Maio e apela à participação de todos os jornalistas no bloco do Sindicato dos Jornalistas que participará na manifestação da CGTP em Lisboa.
O grupo Medialivre é dos poucos em Portugal que apresenta resultados financeiros positivos, sendo detido maioritariamente pelo futebolista Cristiano Ronaldo. "Lamenta-se que Ronaldo (que a revista Forbes estima ter tido um vencimento de mais de 250 milhões de euros no ano passado) tenha comprado uma parte significativa da empresa para, a seguir, permitir que se procedam a despedimentos", lê-se no comunicado do sindicato.
São também denunciados casos de sobrecarga de trabalho e de desrespeito pelos direitos dos trabalhadores nas redações da Medialivre. O Sindicato dos Jornalistas apela a que todos os jornalistas dessas redações se juntem ao sindicato, para que este possa negociar em seu nome e continuar empenhado na luta pelos seus direitos.
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