Pedro Tadeu, opinião | Diário de Notícias
O resultado eleitoral das legislativas de ontem foi um desastre para a esquerda cuja representação parlamentar passa a ser a mais baixa em 50 anos de democracia.
A direita parece ser autossuficiente na sua divisão, pois a ascensão espetacular do Chega, enquanto a AD recusar governar com Ventura, reforça a ideia de existir uma alternativa de direita à própria direita, o que aumenta o problema da esquerda, que passa a lutar pela sobrevivência já nas próximas autárquicas e presidenciais.
Provavelmente teremos um governo
de maioria relativa, com AD ou AD/IL. Mas o impedimento de novas legislativas
durante um ano faz prever um ambiente confuso
O PS, em degradação, com Pedro Nuno Santos sentenciado, viverá a angústia de decidir, em nome da estabilidade e dos sacrossantos interesses da Comissão Europeia, se assume o papel de muleta formal ou informal do governo AD ou se tenta ser uma oposição agregadora no combate do dia-a-dia e das ideias.
Os revolucionários deviam revolucionar-se. O Livre sobe, mas o seu resultado não dá para tapar o buraco em que o Bloco se meteu. A CDU volta a largar mais um bocadinho de lastro, que nem a boa campanha de Paulo Raimundo reverteu.
Temos a novidade do JPP da Madeira eleger um deputado, continuamos com o PAN e temos um povo que “limpou” a falha ética de Luís Montenegro.
Quem volta a falar de Spinumviva, o motivo deste escrutínio? Ninguém, mas... e se o Ministério Público abrir um inquérito?... Ai!
* Jornalista
Ler/Ver em DN:
Pobreza. “Quando nos dizem que com trabalho e esforço se consegue, estão a mentir-nos"
Três em cada cinco portugueses diz não ter dinheiro para as necessidades básicas
Novo
Governo sem “muitas” mudanças, mas com “reacertos”. Revisão constitucional “não
é prioridade”
Sem comentários:
Enviar um comentário