“Quando faço o bem, sinto-me bem. Quando faço o mal, sinto-me mal. Esta é a minha religião.” – Abraham Lincoln
No fim de semana passada, em conversa com o meu amigo Jota da Baía (um dos fundadores do bairro Prenda, como ele gosta de auto-intitular-se), dissertamos sobre o primeiro discurso público do novèl Ministro do Interior, NOTA 20. À-todos os niveis um discurso promissor, corajoso e de grande visão, serà que ele conseguirà implementar as linhas de força do seu elogiável discurso?!...
È indiscutivel, ninguèm de bom senso ousa negar ou pôr em questão, a actuação de uma bem estruturada e muito poderosa MÀFIA, um bocado diferente da màfia Italiana/Napolitana-siciliana e Americana organizada e composta por familias poderosas do crime, “a nossa máfia” esta por razões óbvias estruturada a exemplo da MAFIA RUSSA e CHINESA ‘vestimentada’ com as cores do MPLA-JES e implicitamente entricheirada de ‘corpo e alma’ isto é no epicentro do poder localizado no Futungo, ou melhor na Presidência da República, diferentemente do que acontece na Itália e EUA, onde a ‘teia’ mafiosa é sistematica e impiedosamente combatido, e ligeiramente tolerado na Russia e China, desde que não ‘chateie’ ou ‘incomode’ o poder.
A sua metamorfose iniciou-se ainda na chamada era monopartidaria pouco tempo antes da morte do primeiro Presidente de Angola, naquela altura, sem que tivesse havido uma premeditação planificada, um grupo de pessoas da classe mèdia remanescentes do sistema colonial auxiliados ( a famosa Pequena Burguesia, ou simplesmente PB) por uns tantos emergentes com forte apetência a PB que se ‘guindaram’ a esta ‘estirpe’ por consequência dos nóveis cargos que ocupavam na recém formada oligárquia Nacional, deram inicio logo após 1975 a um movimento aparentemente inofensivo e expontanêo (um bocadinho de como Darwin explicou o surgimento da vida no Planeta) de ‘sobrevivência’ face ao sistema fortemente centralizado de planificação economica então existente, deu origem ao movimento do ‘plano’ quando se dissesse “faça um plano” significava dizer naltura, ‘desenrrascar’ ou ludibriar a lei utilizando sub-repticiamente se possivel instrumentos das engrenagens do sistema para alcançar o objecto proposto, que na maior parte das vezes, contrariava o exposto na Lei.
Provavelmente no principio sem o desejo de enriquecer ou fazer enriquecer, o intuito era apenas “COMER” obviamente comer mais e com qualidade, pois a comida era na época o principal objectivo dos Angolanos, era uma luta conseguir o ‘comer’ as bichas nas lojas da EMPA e mais tarde Lojas do povo, transformavam-se quase em batalha campal, e mesmo aqueles que conseguissem ‘furar’ ou ‘enfrentar’ tais longas e furiosas bichas e lograr obter o ‘produto’, não era em quantidade suficiente nem tinha a ‘qualidade’ necessària, por isso naltura emergiu o seguinte slogan: ‘parece comida’ para enfatizar algo bom e útil, os nossos músicos como sempre esgrimiram com prazer e inegável entusiasmo jubilante tal slogan, quando (por exemplo) a musica era boa ou o ambiente a volta, dizia-se nostálgicamente “parece comida!” para gaúdio dos ouvintes e participantes de determinado evento.
Mas, naquela altura uma fase extremamente dificil para o nosso povo, uma pequena e diminuta novel èlite de Angolanos, tinha tudo ao seu alcance, quem eram eles?!; òbviamente os dirigentes do MPLA, do Governo, e das Forças de Defesa e Segurança... a estes se socorreu o ‘grupo’ anteriormente mencionado a celébre PB, a principio por simples amiguismo, evoluindo mais tarde para uma organização (mesmo assim na minha opinião, naltura inofensiva) devidamente estruturada, surge uma novidade; o sistema de abastecimento alimentar, este foi-se estruturando e tambèm em paralelo as acções da PB, o famoso ‘plano’ ergue-se timida e seguramente, mais tarde evoluiu para o ‘esquema’ fazendo com manha e eficiência face as lacunas da referida estruturação da distribuição alimentar, numa fase em que algumas unidades de bens industriais, como o do vestuário por exemplo, com alguma qualidade de acordo os parâmetros daquela altura, foram surgindo no mercado, uma ‘inovação’ foi introduzida no nosso ‘habitat’; O cartão de abastecimento. A introdução de tal artimanha mêcanica, não logrou extinguir as longas bichas, estou lembrado por exemplo de uma mãe que morreu estrilhaçada pela montra de uma loja que vendia bonecas para crianças, naltura um previlégio dos deuses, poder ofertar as filhas meras bonecas, que hoje vendem-se por atados, em qualquer esquina de qualquer localidade a ‘meia duzia de patacos’ custou a vida de algumas mães.
O cartão de abastecimento para o dirigido, o cartão de abastecimento dos responsàveis e o cartão de abastecimento dos dirigentes, desde muito cedo a ‘plebe’ foi deixada para trás, mau grado o objecto de igualdade da revolução marxista-socialista, e a governação intitular-se de Proletária, isto é composta por operários, gente humilde que mais tarde tornaram-se em ‘Lobisomens’ a meia-noite da revolução Mpelista.
Com a queda do muro de Berlim a máfia Russa, que o poderoso sistema de repreensão policial Soviética não conseguiu desarticular, por ser parte inerente do sistema sobreviveu com toda a força e astúcia (mais manha que astúcia) a queda do Comunismo aliando-se estrategicamente aos desempregados do KGB e demais serviços de inteligencia da extinta URSS.
O que aconteceu nos territorios da ex-União Soviética, de onde brotou o monstro, tal fenomeno foi ante-camâra do que aconteceu nos Países com forte influência Marxista, como Angola e Moçambique, então considerados pelo Departamento de Estado Norte-Americano, como Países Africanos a gravitar fortemente na órbita Marxista ou Comunista. Porém um bocado antes da queda do muro de Berlim, foi absolutamente notório por todos os Angolanos, de que o sistema vigente naltura, a muito perdera o rumo SOCIALISTA optando a ‘átipica’ SOCIOLISTA, como então nos referiamos jocosamente, pois que parecia que só os ‘sócios’ do polvo ou da máfia tinham um certo traquejo para sobreviver com ‘alguma’ qualidade.
Cada componente do poder, constituiu-se de forma natural em ramos diferentes mas iguais da máfia. A medida que o polvo agigantava-se foi dando uma ‘ajuda’ ao poder, pois desde muito cedo os ‘Capos e Padrinhos’ da máfia, compreenderam que a sua sobrevivência estava ligado a sobrevivência do MPLA-JES e a sua manutenção do poder. Em contrapartida o poder isto é o MPLA-JES, cedo compreendeu que tinha no ‘polvo’ ou na máfia um estrâtegico aliado, daí transformar tal aliança em beneficio pessoal foi apenas um estalar de dedos; a corrupção tornou-se uma doutrina, o clientelismo e o nepotismo Lei, e naturalmente a opção a Ditadura, e ao retorno ao ‘socialismo democratico’, para melhor cimentar os lugubres interesses das diversas cadeias da máfia. Com o tempo, como acontece em todas as organizações mafiosas, elegeu-se o melhor posicionado na complexa estrutura mafiosa, acontece que em Angola; foi unanimente eleito o único e incontestável PADRINHO; José Eduardo dos Santos.
MPLA-JES, sobrevive graças a acção fraudulenta da máfia, esta presente em todos os cenários da vida nacional; recruta e forma os nóveis quadros, elimina aqueles que representam uma certa ameaça, policia as populações, mantém oleada a máquina da corrupção, organiza as eleições e trata-as de a fraudar escandalosa e impunemente.
O que vimos no nosso dia-a-dia, é a ‘dança com Lobos’ ou melhor a ‘dança com o polvo’, em que sector da vida nacional, o polvo não esta representado? Ou melhor é possivel que exista algum sector do País, onde a acção da máfia não se faça sentir? Vimos e acompanhamos como da noite para o dia, uma ‘meia dúzia’ de individuos milagrosamente iluminados, tornaram-se multimilionários, como a fámilia de JES assumiram o controlo da economia Angolana, a tal ponto de agora o proprio JES institucionalizar por um decreto, uma certa “Fundação Sindika Dikolo”, que o povo não conhece nem nunca ouviu falar, quando a fundação Agostinho Neto e a Sagrada Esperança, arrastam-se quase na mindicância, ultrapassados até por uma obscura AJAPRAZ.
O Ministro do interior denunciou com veêmencia aquilo que todos nós sabiamos, a MÀFIA na policia ou melhor no MININT, com particular realce nos Serviços de Emigração, posteriormente ‘ouvimos’ o caso BNA, seguido do caso Quim Ribeiro (casos ‘enterrados’ entre tantos outros – o julgamento é mera peça teatral para ‘inglês ver’), o caso de cerca de 22’000 fantasmas nas FAA que durante vários anos a fio, usurparam dos cofres do Estado, cerca de 9 milhões de Usd por mês, Alguém já imaginou o perigo letal que representou a existência desta densa nuvem de fantasmas, na estrategia de defesa nacional? Furtado que Furtou 40 milhões de Usd, no exercicio da chefia do Estado Maior General, Cabazes dos militares valorizado em mais de 25 milhões de Usd, desviados de forma grotesca e bizarra, antes ‘ouvimos’ da acção extremamente danosa do ex-chefe de estado maior da força aérea nacional a este ramo vital da defesa da Pátria e agora ‘apropriadamente’ acobertado na diplomacia nacional.
Integrar hoje as FAA, custa nada mais nada menos que, Usd 1’500.00, integrar o MININT cerca de Usd 2’000.00, integrar a Educação Usd 2’000.00, ‘conseguir’ um lugar na universidade pública Usd 2’500.00 escandalos de casos de as direcções de pessoal e quadros das FAA e do MININT, cobrarem de acordo a patente, avultadas somas em dinheiro para promoção, só para citar estes exemplos, quem manipula o movimento destas esferas na caixa de velocidade da corrupção? Quantos Bilhões de Usd o ‘polvo’ ou melhor a máfia em Todo o País e sectores, encaixa por ano? E Rui FalCão, insiste que os cidadãos devem denunciar tais actos “apresentando provas irrefutáveis” claro... o discurso não podia ser diferente.
Portanto combater a Máfia é combater o poder, por conseguinte combater o MPLA-JES, porque é o MPLA-JES quem pariu, criou e desenvolveu as teias tenebrosas da corrupção isto é da Máfia. Portanto é admissivel a seguinte equação Máfia = MPLA + JES.
O Nóvel e bem intencionado Ministro do Interior, Sebastião Martins, vai ser bem sucedido? O resultado da equação acima diz-nos que tal só é possivel, com a prisão do Padrinho da Máfia em Angola, José Eduardo dos Santos, e de todos os caudilhos.
“ O poder Tende inegavêlmente a corromper, o PODER ABSOLUTO corrompe absolutamente”.
Nguituka Salomão
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