Luanda – O representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Tomás Vera Cruz, felicitou hoje, terça-feira, o Executivo angolano pelos progressos realizados em prol dos direitos da criança e do seu desenvolvimento integral.
Tomás Vera Cruz fez este pronunciamento quando discursava no "Workshop Internacional sobre o Trabalho Infantil nos Países de Expressão Portuguesa", que se realizará até quarta-feira, sob o lema “Situação do Trabalho Infantil nos Países de Expressão Portuguesa Face aos Objectivos do Milénio”.
Segundo o responsável da OIT, os esforços do Executivo angolano em benefício e bem-estar da criança têm sido mais visíveis, fundamentalmente, em matéria de educação de base e da redução da mortalidade materno-infantil.
Sublinhou que o encontro, que se conta com especialistas dos países da CPLP, tem uma importância significativa, uma vez que a erradicação do trabalho infantil continua a ser um dos desafios fundamentais de desenvolvimento nos respectivos países e prioritário para todos.
“De acordo com o relatório - Intensificar a luta contra o trabalho infantil- lançado na Conferência Global sobre o trabalho infantil de Haia (Holanda), em 201, mais de 215 milhões de crianças trabalham no mundo e estima-se que metade destas estão confrontadas com as piores formas de trabalho infantil”, explicou.
Referiu que na África subsaariana, cerca de 58 milhões de crianças estão em situação de trabalho infantil. Tendo acrescentado que “os que mais sofrem com este fenómeno são as próprias crianças e as famílias pagam o maior tributo, e que a sociedade em geral sofre as consequências deste grave problema”.
“É nesta perspectiva que os países membros da CPLP adoptaram a declaração conjunta de Lisboa (Portugal), sobre o trabalho infantil no mundo de língua portuguesa, e na Guiné Bissau. Em conformidade com estes documentos, os estados comprometeram-se em cumprir as responsabilidades delas decorrentes”, frisou.
Nestas condições, disse ser importantes a planificação, implementação, seguimento e avaliação dos planos de acção nacionais de cada um dos países, de forma a não hipotecar as gerações vindouras pela persistência do trabalho infantil.
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