ECONÓMICO, com Lusa
Luís Amado considerou hoje inevitável integrar a influência dos países emergentes na gestão das instituições que regulam o sistema financeiro internacional.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros comentava à agência Lusa em Díli, onde participa no nono aniversário da restauração da independência de Timor-Leste, o processo de sucessão de Dominique Strauss-Kahn à frente do Fundo Monetário Internacional, afirmando-se "algo dividido sobre essa matéria".
O ministro português diz que "era bom que a Europa pudesse manter por mais tempo a presidência do Fundo, dada a participação europeia no capital", mas admite que "a reforma das instituições, na sequência da crise financeira, exige mais abertura, relativamente ao poder, à presença e à influência dos países emergentes, na gestão das instituições que regulam o sistema financeiro internacional".
"Sem maior equilíbrio nessa gestão, não estaremos a dar uma resposta adequada às mudanças muito profundas da economia mundial nos últimos 20 anos e que a crise mundial revelou com uma acutilância extraordinária", disse.
Para Luís Amado, "mais cedo ou mais tarde, esse ajustamento terá que ser feito e a influência dos países emergentes terá de ser mais integrada na gestão do Fundo".
"Se o momento é o exacto para o fazer, não estou ainda plenamente convicto disso, dada a relação de forças que temos no Fundo Monetário e a forte motivação que a Europa tem ainda para manter um candidato seu", concluiu.
Sem comentários:
Enviar um comentário