DEUTSCHE WELLE
Guido Mantega, ministro brasileiro da Fazenda, defende que FMI fiscalize mais os países desenvolvidos e alivie o cerco aos emergentes. Brasil não deve apresentar candidato a cargo de diretor-gerente.
No fim de junho, o Fundo Monetário Internacional deverá ter um novo diretor-gerente, sucessor de Dominique Strauss-Kahn, que renunciou ao cargo depois de ser acusado de abuso sexual. O prazo para os candidatos manifestarem interesse vence em 10 de junho, mas Guido Mantega, ministro brasileiro da Fazenda, já avisou: "O Brasil não está apresentando nenhum candidato para o posto de diretor-gerente do FMI", em resposta à Deutsche Welle, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (03/06).
Na última semana, Mantega recebeu em Brasília a francesa Christine Lagarde, ministra de Finanças que concorre ao cargo, e o candidato mexicano, Agustin Carstens, presidente do Banco Central do México. "Também teremos prazer de conversar com o candidato sul-africano, se ele vier até o Brasil", respondeu sobre a provável candidatura de Trevor Manuel, ex-ministro de Finanças daquele país.
Campanha sutil
Uma oposição não tão declarada se forma na disputa pela liderança do Fundo Monetário Internacional: de um lado estão os europeus, do outro, os emergentes críticos e ansiosos por mais espaço. "Essa regra de que tem que ser um europeu está superada pelo tempo. O Brasil irá analisar se os candidatos estão sintonizados com um FMI mais moderno, mais representativo dos problemas e dos interesses de todos os países, inclusive dos emergentes", adianta Mantega.
Por enquanto, a exigência dos "novos ricos" ainda não ecoou no território dos afortunados tradicionais. Angela Merkel, líder do governo alemão, já declarou apoio a Christine Lagarde – que teria o que ela chamou de "experiência ideal" – e pediu que os países em desenvolvimento tomem uma decisão imparcial.
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