sábado, 11 de junho de 2011

VIOLÊNCIA NA SÍRIA FAZ MAIS DE 4.300 CIVIS FUGIREM PARA A TURQUIA





Mais de 4.300 civis sírios fugiram para o Norte do país e atravessaram a fronteira com a Turquia para escapar dos conflitos violentos entre manifestantes e forças do governo. As autoridades turcas disseram hoje neste sábado que os números podem ser ainda maiores, já que muitas pessoas não foram registradas na fronteira.

Halit Cevik, do Ministério das Relações Exteriores da Turquia, disse que, por enquanto, o país está conseguindo lidar com a situação, mas que as autoridades podem vir a precisar de ajuda internacional, caso o conflito na Síria se agrave. A Turquia não considera os sírios que fugiram como “refugiados”, já que eles não pediram para ficar no país e estão apenas esperando a violência acabar para voltar para a Síria.

Manifestantes da oposição afirmam que pelo menos 32 pessoas foram mortas na sexta-feira (10) em novos confrontos entre opositores e forças do governo. A violência começou quando as forças do governo entraram na cidade vizinha de Jisr Al Shughour, onde o governo afirma que mais de 120 militares foram mortos por rebeldes nesta semana.

A onda de protestos começou no país há três meses. Sexta-feira foi um dia de manifestações contra o regime de Assad em diversas partes do país, após o período de orações. Desde março, protestos em massa contra o presidente sírio, Bashar Al Assad, se tornaram comuns após as orações de sexta-feira.

Em entrevista à TV, o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, condenou a repressão do governo sírio e disse que as ações militares são “desumanas”. A Turquia tem sido o destino imediato de sírios que tentam fugir do conflito. Erdogan informou que discutiu o assunto recentemente com o presidente Bashar Al Assad, mas alegou que a receptividade do vizinho foi “inadequada”.

Grupos de ajuda humanitária afirmam que mais de 1.300 mil pessoas — a maioria, civis desarmados — já morreram durante protestos contra o governo. O governo refuta e diz que 500 membros das forças de segurança foram mortos. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha pediu acesso imediato à população afetada pela violência e também aos detidos e feridos. Por ora, a entidade montou um campo na Turquia capaz de abrigar 5 mil pessoas.

Da Redação, com informações da BBC Brasil

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