sexta-feira, 22 de julho de 2011

Militantes socialistas começam hoje a escolher entre Assis e Seguro para a liderança do PS




PMF - LUSA

Lisboa, 22 jul (Lusa) - Mais de 20 mil militantes escolhem hoje e sábado entre António José Seguro e Francisco Assis para o cargo de secretário-geral do PS, depois de quase seis semanas de campanha interna.

Além da escolha do sucessor de José Sócrates na liderança deste partido, os militantes socialistas elegerão ainda 1850 delegados para o XVIII Congresso Nacional do PS, que se realizará entre 09 e 11 de setembro em local ainda a definir.

De acordo com o secretário nacional do PS para a Organização, André Figueiredo, o número de 20 mil militantes com capacidade de votar refere-se ao final do dia de quinta-feira e "tenderá naturalmente a aumentar na sexta-feira e no sábado, porque é possível a cada militante regularizar a sua situação de quotização até ao momento do exercício do direito de voto".

Hoje votarão maioritariamente os militantes da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), a segunda do país, enquanto que na maior, a do Porto, terá sobretudo eleições no sábado.

Nas eleições de março último, a última vez em que José Sócrates foi eleito secretário-geral, o PS contava com 35 mil militantes ativos (com quotas pagas), dos quais votaram nestas diretas com candidato único cerca de 31 mil.

Durante o último mês e meio de campanha interna, António José Seguro conseguiu o apoio maioritário dos presidentes de federações, de concelhias, de secções e de autarcas socialistas, enquanto que Francisco Assis teve vantagem sobre o seu adversário interno entre os membros do chamado núcleo duro de José Sócrates, recebendo o apoio de figuras como Pedro Silva Pereira, Augusto Santos Silva, José Lello ou André Figueiredo.

Em termos políticos, o principal ponto de divergência entre os dois candidatos à liderança de Sócrates relacionou-se com o universo eleitoral a definir para as futuras eleições diretas dos socialistas.

Os dois candidatos concordam que os futuros candidatos a deputados e candidatos autárquicos do PS deverão ser escolhidos em eleições primárias, mas Francisco Assis pretende alargar a capacidade eleitoral a cidadãos simpatizantes deste partido, tal como acontece nos Estados Unidos, alegando que esta é a única forma de desmontar "sindicatos de voto".

António José Seguro recusou esta proposta e entende que as eleições primárias deverão ser limitadas aos militantes socialistas.

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