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Díli, 28 ago (Lusa) -- O Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, considerou à agência Lusa que não houve "mudanças para melhor" dez anos depois do 11 de setembro de 2001, salientando que os problemas no Afeganistão, Iraque e Palestina continuam por resolver.
"Não me parece que tenha havido mudanças para melhor, pelo contrário, verificamos a continuação de uma guerra cada vez mais sangrenta com milhares de vítimas civis no Afeganistão", afirmou.
O Nobel da Paz recordou também a situação no Iraque, onde ainda não foram resolvidos os problemas da paz e da estabilidade.
"A seguir ao Afeganistão e à queda dos talibãs veio a queda de Saddam Hussein com intervenção americana e que trouxe uma maior abertura ao Iraque, mas que também não resolveu os problemas da paz e da estabilidade", salientou.
Para Ramos-Horta, também "não há solução à vista para o problema palestiniano".
"E a agravar, a somar a tudo isto temos uma crise económica e financeira mundial sem precedentes", afirmou.
Ramos-Horta salientou, contudo, que a crise financeira está centrada na Europa e nos Estados Unidos, mas pode vir a afetar as economias emergentes como o Brasil, Índia e China, que continuam a registar crescimento.
"As economias emergentes como o Brasil, Índia e China continuam a registar grandes níveis de crescimento económico, mas o prolongar da crise financeira americana e europeia pode travar esse crescimento e fazer recuar nos progressos já registados", disse.
"Não me parece que se possa dizer positivo", disse o chefe de Estado timorense sobre o balanço dos últimos dez anos.
A 11 de setembro de 2001, Ramos Horta encontrava-se em Jacarta, Indonésia.
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