segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Brasil: LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO SÃO “OSSOS DO OFÍCIO" – diz PR




ANGOLA PRESS

São Paulo - A luta contra a corrupção são "ossos do ofício" do cargo de presidente brasileira, afirmou Dilma Rousseff numa entrevista emitida pelo canal Globo de televisão. 
 
Na entrevista, concedida ao programa Fantástico, Dilma Rousseff salientou que o cargo de presidente tem vários "ossos do ofício", como sua "fama de durona" e o combate à corrupção. 
 
Ao ser questionada das razões pelas quais o Partido dos trabalhadores (PT), de que é filiada, não conseguiu cumprir a sua promessa de acabar com a corrupção no Brasil, Dilma Rousseff afirmou que "a actividade de controlo (da corrupção) jamais" termina. 
 
"Você não acaba com a corrupção de uma vez por todas, você torna-a cada vez mais difícil", disse a presidente brasileira. 
 
Dilma Rousseff está no poder há oito meses, período no qual três dos seus ministros foram afastados após denúncias de corrupção. 
 
Sobre este tema, a presidente salientou que os governantes afastados não foram julgados, "então não podem ser condenados" previamente. 
 
A presidente brasileira também negou ser "refém" dos partidos que apoiam o governo e disse que o Brasil precisa ter cuidado para não "demonizar a política". 
 
"Eu não dei nada para ninguém que eu não quisesse. Nós montamos um governo de composição", declarou. 
 
Dilma Rousseff considerou que "não é possível dizer que todos os políticos são pessoas ruins" e ressaltou que sua base aliada "é composta por pessoas de bem". 
 
Ao longo da entrevista não negou a sua fama de "durona" e afirmou que vincar a sua vontade "faz parte" do seu cargo. 
 
"Neste cargo que ocupo, tenho que exercer autoridade", disse a presidente.
 
Dilma Rousseff rejeitou, porém, que tenha havido qualquer ordem sua por trás da recente decisão do Banco Central do Brasil de cortar a taxa de juros da economia em meio ponto, para 12 por cento ao ano. 
 
Segundo a presidente, foi o aprofundamento da crise económica internacional que levou o Banco Central a reduzir os juros, apesar da ameaça da inflação no país. 
 
Para a líder brasileira, o país deverá combater os efeitos da crise com o crescimento do mercado interno. 
 
Admitiu que a indústria brasileira crescerá menos este ano do que em 2010, mas lembrou que o país criou 1,5 milhão de empregos no primeiro semestre. 
 
"Se fosse nos Estados Unidos ou em qualquer país da Zona do Euro, estariam a soltar foguetes", disse. 
 
A presidente considerou a decisão de distribuir gratuitamente remédios para todos os diabéticos e hipertensos como uma das decisões mais acertadas do seu governo, tal como o tinha sido redução de impostos para pequenos negócios. 
 
Na entrevista, Dilma Rousseff disse ainda que acompanha o cronograma das obras dos estádios e aeroportos para o Mundial/2014 de futebol, que será realizado no país, e garantiu que as infra-estruturas estarão prontas a tempo do evento desportivo. 

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