quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Macau e China são mercados onde as exportações portuguesas "podem crescer" - ANJE




DM - LUSA

Macau, China, 14 set (Lusa) -- Macau e a China afiguram-se como mercados onde as exportações portuguesas "podem crescer" por terem nichos "muito importantes", defenderam hoje dirigentes da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) no Fórum Sino-Português para a Cooperação Económica, que decorreu na Região.

"As relações entre Portugal e China estão a intensificar-se, havendo cada vez mais empresas nacionais interessadas em fazer negócios em território chinês", avaliou o presidente da ANJE, que trouxe à China a "maior" missão empresarial organizada, composta por 25 jovens empreendedores que hoje também participaram do Fórum.

Ao apontar que as exportações portuguesas para a China mais do que quadruplicaram na última década e que cresceram 67,9 por cento em 2010 atingindo, 571 milhões de euros, Gonçalo Carrington disse acreditar que a China pode comprar mais a Portugal.

Ao intervir no Fórum Sino-Português, que juntou várias dezenas de jovens empreendedores, o responsável afirmou que as exportações nacionais "podem crescer" em mercados como Macau e China, pois "reúnem excelentes condições para o investimento nacional", uma vez que as suas economias se encontram "em franco crescimento".

"Sempre houve" interesse na China mas, como anotou Pedro Pinto, vice-presidente da ANJE, este tem vindo a crescer perante "nichos de mercado muito importantes". "Há pessoas que gostam de produtos estrangeiros de qualidade e Portugal tem boa oferta, daí a motivação", explicou Pedro Pinto, ao constatar uma mudança de paradigma.

"Portugal está a apostar muito nas exportações, um dos pilares fortes da economia", e "grande parte" dos empresários "vem com o espírito de exportar, e não de importar" como no passado, disse Pedro Pinto, ao considerar que, neste âmbito, este tipo de iniciativa "é sempre muito importante", pois privilegia a troca de ideias para lá da parte negocial.

Neste sentido, a missão, "já está a ter bastante sucesso", havendo já "pessoas interessadas em aproveitar Macau como plataforma e criar empresas" no território para entrarem no mercado chinês e asiático, aliás, "apetecidos por todos", mas onde as empresas lusas "podem aproveitar a relação histórica com a China e com Macau para tentar que os seus produtos vençam".

A prova de que este tipo de intercâmbio tem vindo a dar frutos é que há empresários "repetentes", um sinal de que "já houve negócio" ou "interesse", realçou o vice-presidente da ANJE. Esse é o caso de Luís Oliveira, sócio-gerente da LINEVE, para quem a missão de 2009 foi "um sucesso".

"Foram desenvolvidos contactos que já deram frutos em termos de parcerias com (três ou quatro) empresas chinesas às quais estamos a comprar" matéria que depois é transformada em Portugal, explicou o responsável, ao indicar que, os negócios já representam entre 700 a 800 mil euros anuais.

Na China "há mais facilidade de escolha" e as matérias são de "mais fácil aquisição", explicou Luís Oliveira, o que "melhora a performance" da empresa em termos de mercado.

A LINEVE está atualmente a comprar, mas também procura vender. "Temos uma outra parceria com uma fábrica de quadros elétricos" mas "ainda estamos nos primeiros contactos", adiantou Luís Oliveira, ao referir que a ideia seria adquirir a matéria-prima à China para a transformar e otimizar e depois introduzir o produto no mercado chinês.

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