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A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou, esta quarta-feira, que Portugal "está firmemente disposto a impor" o programa de ajustamento económico negociado com a "troika".
A chanceler discursava antes da votação no parlamento alemão sobre o reforço do fundo de resgate europeu, que precede o conselho europeu e a cimeira de líderes da zona euro, esta quarta-feira à noite, em Bruxelas, para aprovar um pacote de medidas para estabilizar a moeda única.
Angela Merkel afirmou ainda que a Alemanha "não pode estar duradouramente bem se a Europa estiver mal", preconizando que o velho continente "saia da actual crise mais forte do que entrou".
Merkel defendeu uma "união de estabilidade para superar a crise e encontrar soluções sustentáveis" contra o endividamento e a falta de competitividade de alguns Estados, sublinhando que é também necessário "corrigir os erros do passado e evitar o contágio a outros países".
A chanceler prometeu empenhar-se no conselho europeu e na cimeira de líderes da zona euro "a favor de soluções sustentáveis", garantindo que tem havido "bons avanços" nas negociações.
A líder alemã defendeu que os tratados europeus devem ser alterados para a Europa combater de forma mais eficaz a crise da dívida soberana e admitiu recorrer a mais financiamento por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Merkel endereçou os parabéns à Grécia por ter encetado reformas "dolorosas, mas necessárias" e considerou que o país helénico vai enfrentar "um longo e duro caminho" até equilibrar as contas públicas.
A chanceler alemã afirmou que o sector privado deve aguentar um fardo "significativamente mais elevado" na reestruturação da dívida grega e que são precisas mais medidas para conter a crise da dívida, independentemente das decisões que sejam tomadas na cimeira desta quarta-feira à noite, em Bruxelas.
Após a intervenção da chanceler, o Bundestag iniciou o debate sobre o reforço do fundo de resgate europeu, e votará em seguida uma moção conjunta dos partidos do Governo, democratas-cristãos e liberais, e de dois partidos da oposição, sociais-democratas e Verdes, favorável às alterações, mandatando a chanceler para negociar com os parceiros europeus em Bruxelas, o pacote de medidas para estabilizar a zona euro.
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